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Em 7 de Setembro de 2021, na esperança do fim da pandemia houve um grande sonho no ar, um desejo profundo de que o atual ocupante da Esplanada proclamasse Estado de Sítio, e via informações fidedignas das mais sinceras produtoras de “Fake News” bolsonaristas aclamaram, choraram o sonho realizado. Acreditaram em vão que a ditadura havia se instalado no país no dia da Independência do Brasil. O fim da pandemia não era a prioridade, e muito menos estar livre do vírus . Confirmado o engano, revoltosos eles, queimaram panfletos, se desalinharam dos grupos virtuais e se decepcionaram com a preservação da ordem e das instituições democráticas.

Em uma configuração transfigurada o ‘7 de Setembro’, comemorava então a Independência do Brasil, usavam os manifestantes a bandeira dos EUA, Portugal, Israel e a esperança de uma ditadura como liberdade e independência. Então fomos visitar os fatos da História buscando compreender esse momento. A busca continua nos comentários com ajuda de vocês leitores, toda informação é válida…

Independência?

  1. Dom Pedro I foi filho do Dom João VI, Rei de Portugal. D. Pedro I declarou a independência do Brasil em 7 de Setembro. E em outubro é outorgado Imperador do Brasil.
  2. O Brasil deixou de fazer parte  do reinado Português e passou a ser império de si mesmo, mas o imperador do Brasil era o filho do Rei de Portugal.
  3. Leitor me diga nos comentários que independência é essa?

Gramática:

Brasileiro é sufixo de trabalhador braçal = Marceneiro, Engenheiro, Ferreiro.  A Independência de 7 de setembro não trouxe o patriotismo no sufixo: AmericANO, AngolANO, FrancÊS, ChinÊS, curiosamente ninguém  tornou-se cidadão, todos continuaram extratores de Pau Brasil=Brasileiro.

O que essa gramática tem haver com a nossa matemática?

Se os brasileiros tivessem cidadania europeia teriam direitos, investimentos, infraestrutura, educação e sairia muito caro à coroa.

Por que o Brasil ficou  fora do ex-Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves?

O porquê de o Brasil em 1815, entrar no Reino Unido de Portugal e Algarves, responderá melhor o motivo do mesmo ter  saído  do Reino Unido.

Em 1808 o Imperador Francês Napoleão Bonaparte vencia todas as guerras, expulsava os Reis, a família Real e assumia o poder. D. João VI fez uma manobra tecnicista, criou o sub-reino no Brasil e se consolidou na colônia, sendo o único caso da história em que o rei comandava da colônia a metrópole. 14 anos depois…

  • Em 1822 os abolicionistas cresciam, a república no Brasil já tinha seus fãs, o iluminismo não convivia com a escravidão e ameaçava a coroa. Pela América Latina  Bolívar liderava a Bolívia,  Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela à independência.

A Europa se transformava radicalmente, a revolução industrial chegava em todos os lugares e pressionava o mundo a converter mão de obra escravizada em mão de obra consumidora dos excessos e subprodutos da indústria. Afinal para produzir em grande quantidade e barato precisa-se de mais consumidores. E EXATAMENTE por isso as abolições aconteceram mantendo suas convicções racistas na maior parte do mundo.

O Rei D. João VI, estava ameaçado no Brasil pelas insurgências de todos os lados em curto prazo e precisava se segurar no trono, onde Portugal estava descontente com a sua ausência. Os ingleses aliados de Portugal expulsaram os franceses do Imperador Napoleão e comandaram o país. Em 1820 Portugal revoltou-se, um movimento liberal cresceu e em 1822 expulsaram os ingleses exigindo a volta de de D. João VI e da família real.

O rei reinava da colônia, e os estrangeiros administravam a metrópole. Agora era preciso corrigir o erro que o salvou do perigoso francês Napoleão. Como tirar o Brasil do Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves, e se salvar das insurgências negras, indígenas, abolicionistas, republicanas do Brasil e os ideais latino americanos pela Independência e  se Bolívar cercasse o Brasil?

A revolta portuguesa exigia a volta do príncipe. Em caso de recusa haveria retaliações severas. Se o príncipe saísse do Brasil quem asseguraria o espólio da família? As notícias e as cartas tencionavam a relação entre Brasil e Portugal, geravam inimizades do Pai para com o filho. E o filho do Rei de lá se tornaria imperador de cá.

A bandeira, como nota-se modificou-se “radicalmente” entre Império e República. O centro do losango mudou, e não alterou as cores, as formas e nem a família que decidiu qual Bandeira o país teria. Mesmo no quesito família só mudou de pai para filho o decisor da flamula pátria, embora a bandeira da República seja elaborada na ditadura do Golpe Militar dado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que  se tornou  o Presidente Militar e sem guerra expulsou o “velho” império, que criou base da nova bandeira, e foi um artista brasileiro, o Raimundo Teixeira Mendes, contudo que assina a pequena alteração atual, por mais que se esmerasse o povo continuou de fora da bandeira e no lugar do brasão da corte entrou o Céu do Rio de Janeiro e o Cruzeiro do Sul, a frase positivista:  “O amor por princípio e a ordem por base, o progresso por fim”, entraria da seguinte forma “Amor, Ordem e Progresso”, o amor foi vetado pelos Marechais e Generais, ficando somente “ORDEM e PROGRESSO” SEM AMOR. O que é possível ver  seria uma tentativa de ordem mal sucedida com progressos duvidosos na esmagadora maioria das vezes sem amor.

É bom lembrar aos patriotas que se emocionam pela independência imperial  que a bandeira foi concebida pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848), fundador da nossa Academia de Belas-Artes, nem a nossa Bandeira primária homenageia nossos artistas, nem nossas etnias e nem as nossas lutas. Desenhada por mãos francesas e costurada por mãos escravizadas, que possivelmente, plantaram, colheram o algodão para o símbolo pátrio que não o libertou e nem os representa em forma, símbolo e cor.

Dinheiro de pinga, não tenho!

O Brasil em 29 de agosto de 1825 paga a Portugal 2.000.000 (dois milhões) de libras esterlinas. D. Pedro I ajuda ao pai D. João VI a pagar suas dívidas nos botecos da Inglaterra; isso para que Portugal reconhecesse uma independência: a do país do filho do Rei de Portugal.

Esse acordo foi apelidado de “Tratado de Paz e Aliança“, nele D. João VI, manteria mais um título,  o de Imperador do Brasil. Agora além de Independente teríamos dois imperadores pai e filho. A coisa só melhora.

O Brasil não tinha esse dinheiro. A Inglaterra empresta. O Brasil não recebe o empréstimo. Portugal devia esse valor a Inglaterra. Portugal fica sem o Brasil, mas com título e sem a dívida com a Inglaterra. Dizem que nesse jantar do tratado de paz serviram pizza sabor portuguesa para comemorar a independência do Brasil e seus prejuízos agregados. E a liberdade de Portugal das dividas adquiridas. E deve ser por essas “vantagens” do Brasil em se tornar independente que chamam os portugueses de “pouco espertos”.

Essa ruptura híbrida de nações, hereditariamente subordinadas, e mercenariamente independente, mas economicamente dependente, manteve até hoje praticamente as mesmas famílias no poder do Brasil.

Independência? Leitor você conhece na sua cidade algum herdeiro escravocrata ainda no poder?

Você sabe com quem você está falando?

Dom Pedro I chamava-se:

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Serafim de Bragança e Bourbon.

Como legado da independência temos a família Andrada do patriarca José Bonifácio, até hoje fizeram 15 deputados e senadores, 4 presidentes da câmara, oito ministros de Estado, 2 Ministros do STF, prefeitos, vereadores entre outros 20 políticos de alto escalão.

Neves, Sarney, Matarazzo, Collor/Mello, Magalhães, Marinho, Alcântara, Bragança, Frias, Mesquita e outros seguiram da independência até os dias de hoje no poder, mesclado poder político com poder econômico em todos os governos, sendo hora um, hora outro o pivô de uma crise. Sendo um a salvação para a crise gerada pelo outro.

Respiração:

Algarves ficou independente de Portugal?

Não. Em 1910 a República foi implementada e Algarves voltou a ser só um distrito.

Foi uma manobra nominal. Esse reino nunca existiu. Era um mero distrito de Portugal, que para não ser um simples reino, e ser um Reino Unido transformou Algarves em um império. Depois justificou que Algarves era o Reino que unia as colônias, exceto a Brasileira. Algarves sem instituições próprias , sem autonomia e economia relevante nunca foi significante. Aproximadamente  3 reis apenas visitaram a região de Algarves segundo o site Barlavento:

https://barlavento.sapo.pt/opiniao/107-anos-depois-de-implementada-a-republica-ainda-existe-o-reino-do-algarve

Tradição de hibridez familiar e independência subordinada familiarmente:

A História oficial narra a adversidades entre D. João VI e Dom Pedro I, o desejo de D. João VI de se manter dono do Brasil, e de seu filho D. Pedro I de se distanciar da metrópole. A narrativa é forte, mas o que se dá pelas manobras, pelos movimentos liberais parecem ser um alter ego da coroa dando ao povo uma esperança e ao credor uma promissória, se livrando dos conflitos por acordos criativos transitórios sem enfrentar e resolver o problema a fundo, empurrando com a barriga a contrariedade para frente tentando deixar todo mundo feliz a curto prazo, porém  deixando a todos infelizes a longo prazo.

Em 10 de março de 1826 D. Pedro I herda também o trono de Portugal. Seria Portugal colônia do Brasil? Um imperador e dois impérios separados pelo oceano? Ao assumir em Lisboa torna-se D. Pedro IV.

Como tal confusão não agradou nem lá nem cá. D. Pedro IV, ou D. Pedro I, abdica sem “interesse algum” do trono em nome de sua própria filha D. Maria II nascida no Rio de Janeiro, a Maria da Glória, Rainha de Portugal, tinha então 7 anos. O regente da rainha foi o irmão de D. Pedro I / IV, o tio da rainha: D. Miguel que coordenaria o Reino até ela completar 18 anos, e, para isso ambos se casariam. D. Miguel tentou se tornar rei absoluto e ficou pouco tempo no poder. Em 1834 o tratado de Londres coloca a carioca Maria da Glória, de 15 anos, no trono de Portugal. Durante seu décimo primeiro parto em 1853, faleceu. E assumiu o trono D. Pedro V, neto de D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal. D. Pedro V educado longe do Brasil e de Portugal era um abolicionista, e, faleceu em 1861. Seu irmão assume o poder, D. Luís I cria mais distância do Brasil e do avô no aspecto cultural, D Luís I governou no segundo período com o  Partido Socialista Português (1875), com o nome de Partido Operário Socialista, e o Partido Progressista (1876), que chega ao poder em 1879. Em 1883, dá-se a realização do Congresso de Comissão Organizadora do partido Republicano. No final do seu reinado, o Partido Republicano apresenta-se já como uma força política perfeitamente estruturada.

Abolição em Portugal:

Começa em  19 de setembro de 1761, pela mão de Sebastião José de Carvalho e Melo, então Conde de Oeiras e assinado por D. José, foi emitido um alvará libertando todos os escravos negros provenientes da América, África ou Ásia assim que chegassem à metrópole . Esta lei  não era válida nas colónias portuguesas, sendo ainda assim um primeiro passo para a abolição da escravatura no mundo. No início do século XIX, por pressão da Grã-Bretanha, Portugal proibiu o comércio atlântico de escravos, em 1854, por decreto, foram libertados todos os escravos cativos, e dois anos mais tarde, também foram libertados todos os escravos da Igreja Católica nas colónias. O Brasil não era mais colônia, então ficou mais 30 anos no primitivismo escravista porque era “livre” e “independente”. 

D. Luís I, retifica a abolição no decreto de 25 de fevereiro de 1869:  “fica abolido o estado de escravidão em todos os territórios da Monarquia Portuguesa desde o dia da publicação do presente Decreto”.

D. Pedro II imperou de 1831 até 1889 nos últimos reinados de Portugal ficou moralmente mais distante, preso a elite escravista conservadora o Brasil se tornou um pária mundial e uma vergonha lucrativa para Portugal, unindo e sustentando a família real até os dias de hoje.

 

 

 

 

 

Genealogia a parte, o que nos levou a comemoração confusa da independência foi a história do Joãozinho:

Ao chegar atrasado, Joãozinho contou a professora que estava cuidando do cãozinho. Depois, outro dia, usou o cachorro como álibi por ter comido a lição de casa, em seguida faltou pra levar o animal ao veterinário. A professora que não era punitivista resolveu chamar a mãe para conversar.

A mãe sobrecarregada e culpada sem saber se chorava ou brigava com João, já chegou se desculpando de não ter dado um cachorro para o filho pois ela não teria tempo de cuidar. A mãe sabia que a professora tinha dito para todas as crianças adotarem um cachorrinho, o menino havia lhe contado. O João com vergonha tentou com que a professora confirmasse a mentira para não apanhar em casa. A professora que não era cruel entendeu que era tão grande o sonho de Joãozinho de ter um cachorrinho que ele inventou uma realidade paralela.

A professora propôs a sala adotar um cão, e aplicar a metodologia da “corresponsabilidade” e do “animal de compromisso” Joãozinho daria o nome, realizando o sonho dele e todos cuidariam do animal na escola. A professora que era Freireana(metodologia proposta por  utilizar como ponto de partida a linguagem e o diálogo, e se caracteriza por ser dinâmica, que se faz e refaz a partir da interação coletiva ,entre professores e estudantes),explicou ao João a importância de falar a verdade, como pedir desculpas e viver a realidade. Assim nem a professora e nem o João foram em 7 de setembro de 2021 comemorar a falsa independência pedindo intervenção militar para ter mais liberdade, pois o garoto aprendera a não criar realidades paralelas para confirmar ou compensar seus desejos frustrados.

Realidade Paralela:

A melhor mentira é aquela que é 100% mentira do início ao fim. Essa é mais difícil de desmentir. E mais fácil de contornar a cada falha.

Dizer que existe uma conspiração insólita em algum lugar ditando normas absurdas por alguém, é uma informação impossível de desmentir. É impossível de comprovar. Assim é fácil criar um Brasil Paralelo para os alunos que não estudaram com a professora do Joãozinho, fazendo eles se sentirem heróis da pátria lutando contra um inimigo inexistente empunhado flâmulas pouco coerentes.

Família modelo de esperança e liberdade:

  • Em 2020 a Família Orleans e Bragança perdeu definitivamente um processo da Princesa Isabel para reaver Palácio Guanabara – R.J. Onde era o Paço Isabel,  a casa da Princesa e do Conde d´Eu. Foram 124 anos que durou o processo mais longo e mais caro da história para cair a ficha que a Monarquia acabou.
  • Em 14/11/2019 – a revista “Isto é”, publicou uma matéria com a seguinte manchete: ” Herdeiro de Dom Pedro II busca princesa para manter a Dinastia” Esse Herdeiro é o D. Rafael Antônio Maria José Francisco Gabriel de Orleans e Bragança.
  • Em 13/11/2019, terça feira, Bolsonaro revela que preferia o “príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança como vice.
  • Luiz Philippe é Deputado Federal pelo PSL; influencer desse Brasil Paralelo, Olavista e colaborador do Terça-Livre.
  • Em 1993 em um plebiscito 13% das pessoas optaram para o Brasil retomar a Monarquia. A República venceu com 66%.

A pseudo independência coloca o Império presente no hino da República, nas instituições permeando todos os espaços da vida pública.

Pai & Filho x Economia Criativa

O Brasil administrado pelo filho do Rei de Portugal poderia ser explorado sem sobrecarga para a coroa preservando os bônus da coroa.

E mais uma vez o gigante acordou.

O Brasil deixou de ser uma atrasada Monarquia escravocrata de monocultura de açúcar, para ser um “moderno” Império escravocrata de monocultura de açúcar subordinado hereditariamente ao rei de Portugal, mas sem Portugal se responsabilizar pelo desenvolvimento do Brasil.  Portugal e Inglaterra passaram a explorar o Brasil. A Inglaterra já exigia do imperador a conversão dos escravizados para consumidor subempregado. Em 1831 viria a primeira Abolição, que Luiz Gama batizou de lei para inglês ver. Em 1851 outra abolição, outra Lei para Inglês ver.

Independência de 1822 não trouxe:

  1. – Abolição.
  2. – Inclusão dos indígenas
  3. – Democracia.
  4. – República.
  5. – Direito das mulheres.
  6. – Educação Universal.
  7. – A Revolução Industrial iniciada em 1801 na Inglaterra.
  8. – Reforma Agrária.
  9. – Projeto de nação, unidade e união.
  10. – Crescimento econômico.
  11. – Exigência de reparação e indenização ao colonizador.
  12. – Mudança de classe política no poder.
  13. – Luta popular

Mas não mudou nada?

Mudou para pior. Quando D. João VI, vem ao Brasil em 1808,  o eleva ao Reino Unido, autoriza novas empresas, cria um banco, o Banco do Brasil, moderniza o país . Quando D. Pedro I assume ampliam os conflitos e com pouco reconhecimento perde no cenário internacional, a força de negociação, as guerras da Cisplatina, fica sem recurso e de tão insatisfatório é obrigado a abdicar do trono para o seu filho “experiente” de 5 anos e 4 meses D. Pedro II. O regente, ou tutor de D. Pedro II foi o abolicionista José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da família que está até hoje no poder, cuja família abastada detinham bastante gente escravizada vide os ‘da Silva’. Em 23 de Julho de 1840 deram um golpe, o “Golpe da Maioridade”, e com 14 anos D. Pedro II assumiu, mesmo contra a lei que exigia 18 anos para dirigir o império. Assumiu meio ilegalmente.

É só no parlamento que há vestígios de subordinação cultural do Brasil a coroa portuguesa?

Não.

No braço, no brasão da PM- Polícia Militar do Rio de Janeiro e de outros Estados também.

No Brasil de 2021, em 7 de Setembro, Bolsonaristas pediram empunhando também as bandeiras de Israel e Portugal mais patriotismo. Mas qual patriotismo há de bom senso numa independência imperial escravocrata, subordinada hereditariamente a metrópole? Porque a República fica invisível nessas manifestações que se balizam no império para reivindicar hora a Monarquia, hora uma Ditadura. Espero que o leitor me explique nos comentários.

Nosso Hino Nacional da República remonta aos gritos do filho do Rei de Portugal as margens do Ipiranga para ser o Imperador, nem o grito dos Guaranis pela vida, nem dos Pataxós pela língua, nem dos Quilombolas pela resistência e nem dos Republicanos pela igualdade do voto. Ao entoar no hino e celebrar uma independência imperial durante a republica, de um  império teoricamente extinto, por uma suposta República sem eleição, pois o Presidente era um Marechal que logo fechou o congresso, observamos transições politicas mal feitas e mal acabadas. O afã de ter um “Príncipe” para Vice-Presidente de uma Democracia sem monarquia ressalta as aspirações da Monarquia que mesmo sem direito ao Paço Isabel ou Palácio Guanabara vive encubada desejando a coroa que nunca teve para impor a “ordem” que nunca houve em prol de um “progresso” duvidoso.

O dia 6 de Setembro de 2018 transformou o 7 de Setembro do mesmo ano, e o dia da independência foi marcado quase que na sua totalidade por manchetes sobre a facada em Bolsonaro impulsionando a campanha dele. O fato grave de nossa história contra o candidato mais próximo da PM do RJ cujo brasão da coroa leva no braço e sonhava com um príncipe para chamar de seu; ‘seu vice’. O ataque foi esquecido, suprimido pelos bolsonaristas caminhoneiros que não eram alunos da professora do Joãozinho, e por isso, no aniversário da facada eles choraram de felicidade ao imaginar que a Democracia e as Instituições Democráticas tinham levado uma facada chamada: Estado de Sítio.

https://www.youtube.com/watch?v=jaucomU59ek

O que é independência?

Independência deveria ser um novo  projeto de nação criado pelo povo, que tira o Rei e a família real do poder, e cria um novo modelo de país. Às vezes pode até ser uma elite contra a outra. Uma família contra a outra. Por exemplo, e, um exemplo não é um desejo, se Napoleão vence-se a guerra mudaria radicalmente a elite no poder.

Mas de Monarquia para Império, de pai para filho, o troço ficou meio jabuticaba azedada.

Essas briguinhas de família no natal para ver de quem é a culpa, de quem é a melhor vaga de carro, tudo na mesma família parece mais falta de terapia do que independência de um povo a ser comemorada. Me parece que o gigante nunca acorda só se espreguiça.

As Bandeiras:

A Bandeira Brasileira da República representa o Brasil, a Bandeira dos EUA representa o sonho patriótico de morrer pela pátria pelo país da liberdade. A bandeira de Israel representa “A Terra Prometida” em um trecho a Bíblia cita: “Deus dá Terra Santa ao povo judeu”, setores dos evangélicos entendem que essa Terra é de Deus, é santa e é de Cristo. Essa ultima compreensão faz os Judeus mais ressabiados temer um novo antissemitismo em Bolsonaro, que se aproxima estrategicamente de Israel para manter sua base evangélica próxima, mas que se tiver maior poder e influência poderá ser fiel a uma Israel sem os Judeus. Parte  significativa da comunidade judaica refuta o uso da Bandeira, tornando público suas preocupações e incômodos. Outra parte não se incomoda e uma pequena parte apoia. Israel e EUA tem muito interesse nos armamentistas, são países interessados em vender armas, juntos seu potencial bélico é grande. Esse alinhamento não tem trazido ao Brasil dólar baixo, crescimento econômico, juros baixo, emprego ou investimentos importantes. Símbolos podem ser só manobras políticas, lembra do Reino de Algarves?

 

 

Eu,

Só comemoro a independência quando o IDH do mais pobre no Brasil for a média digna do Estado de Bem Estar Social.

Pós- Script

Passou uma Rainha correndo no final do texto, ela tinha 7 anos e riu dizendo:

– E o Reino de Algarves nuca existiu… E a independência do Brasil existiu?

Gargalhando, a Rainha deu cambalhotas e foi brincar no balanço real do parquinho.

E assim morreu o Brasil Paralelo.

 

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