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De invisíveis notáveis até a Comic Con Experience

Ainda me lembro dos tempos em que encontrar um cartunista ou quadrinista negro/ameríndio era uma raridade. Pelo menos em termos profissionais.

Desenhistas negros como eu e alguns de meus colegas do período, final dos anos 1980, estavam relegados a um ostracismo cultural derivado de uma visão racista, etnocêntrica e corporativista das empresas, instituições e mídia da época, reflexo de uma cultura excludente.

Visitante da última edição mostra a sua emoção por estar na CCXP - Confira no vídeo!
Visitante da última edição mostra a sua emoção por estar na CCXP – Confira no vídeo!

E o que dizer, então, da representatividade feminina no seleto panteão de ilustres quadrinistas, cartunistas e ilustradores, por anos hermeticamente e predominantemente masculino? Ou então da diversidade sexual, religiosa, etc.? Não que temas e artistas desta monta não se fizessem expressar, mas eram relegados a guetos editoriais e a produções independentes e fanzines.

Sem deixar de considerar as mazelas advindas da violência simbólica sobre aqueles que não detinham o perfil estipulado pelo complexo de vira-latas do brasileiro médio, o eurocêntrico, o que foi assimilado pela indústria cultural na época. Alguns eventos prefiguraram as mudanças na mentalidade dos amantes e profissionais da cultura pop.

E dentre estes, a maturidade das histórias em quadrinhos ao lançarem as Graphic Novels, séries de qualidade gráfica superior e o surgimento da internet.

O que a Comic Con me fez enxergar!

Antes invisíveis, atualmente estas minorias entre desenhistas tomam de assalto eventos de grande porte, como a Comic Con realizada no Brasil desde 2014, como sua homônima estadunidense.

A cada edição a diversidade se faz mais representada e projeta um País mais amadurecido democraticamente, pelo menos no que tange a cultura pop, ao ofício de ilustradores, arte-finalistas e quadrinhistas dos “Artists Alley”, onde tudo começou.

Conheci alguns destes “invisíveis notáveis” de ontem: Jailson Jorge, Marcelo Rodrigues, Maurício Pestana, assim como os de hoje, Régis Rocha, Estevão Ribeiro, Ana Cardoso, Alex Mir, etc. Uma revolução digital e informacional que impulsionou o empreendedorismo quadrinhístico entre os desprestigiados.

Enfim, a Era da Informação deu visibilidade e facilitou a produção de trabalhos não massificados, mas autorais e diversificados.

Prevista para os dias 7, 8, 9 e 10 de dezembro de 2017, no São Paulo Expo, a Comic Con Experience, além dos tradicionais “Artists Alley”, tem apresentado a mais diversa gama de editores e produtores de histórias em quadrinhos e derivados.

Participem e celebrem a diversidade artística!

Confira o vídeo a edição anterior:

 

NOTA

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