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As operações financeiras envolvem uma grande diversidade de riscos. Em geral, nós acreditamos que as ações carregam muito risco e por isso escolhemos a poupança ou o tesouro direto, mas ambos também carregam. Para se precaver, é importante compreender cada tipo de risco e os minimizar tanto quanto possível.

Liquidez

O risco de liquidez é o mais comum, presente inclusive na poupança, e foi explorado no texto anterior. Ocorre quando realizamos um depósito e, na hora de sacar, a instituição não dispõe de moeda em caixa. Pode parecer um risco muito remoto, mas no Brasil a falência de pequenos bancos é relativamente comum. Se falir o banco no qual tivermos saldos,  será complicado para resgatar o valor. Por isso, é fundamental deixar valores de alta prioridade em bancos consolidados.

Crédito

O risco de crédito é a possibilidade do devedor não possuir capacidade financeira de quitar a dívida. É o que ocorre no Tesouro Direto. Quando aplicamos na plataforma, recebemos um título de dívida. Isto é, um documento digital para assegurar o posterior pagamento pelo Tesouro Nacional. Teoricamente, há o risco de crédito. Ou seja, o Estado pode não ter dinheiro suficiente para pagar o título. Mas há um detalhe específico dessa modalidade de investimento: o vínculo com o Tesouro Nacional torna este risco extremamente remoto, pois é o próprio Estado quem emite moeda. Também pode emitir mais dívidas para pagar as atuais, a chamada rolagem. Claro, tudo isso pode resultar em problemas graves para o país, mas o Estado é a “instituição financeira” mais sólida que existe.

Mercado

Quando vamos para a temida bolsa de valores, o risco predominante é o de mercado. Consiste, basicamente, na variação do preço das ações e outros ativos. Como não há nenhuma forma de regulação quanto a estes preços, qualquer variação é possível. Portanto, não podemos prever quanto custará uma ação no futuro. Do risco de mercado vem o nome “renda variável” para descrever os investimentos na bolsa de valores. Mas há estratégias simples para diminuir este e todos os demais riscos. Atenção: só podemos os diminuir, nunca zerar. Como dito no texto anterior, o próprio fato de se possuir dinheiro carrega riscos. O desafio é encontrar equilíbrio adequado entre Risco, Liquidez e Juros.

Antes de conhecermos as estratégias, precisamos entender como avaliar o risco. Devemos agrupar a chance de ocorrer a perda com o valor do risco associado. Ainda que a chance de prejuízo seja muito baixa, um valor muito alto assusta, pois o risco também se eleva. Por exemplo, um jogador de roleta russa possui 84% de chance de vitória (ou 5/6). Uma chance de perda baixa. Mas, caso esteja com azar na sua vez de disparar, qual o valor da perda…?

O contrário também é verdadeiro. Nas máquinas de caça-níqueis ou jogos de loteria, o valor da perda em geral é baixo, de apenas alguns reais. Porém, a chance de perda é muito alta e por isso consideramos a loteria um jogo bastante arriscado.

Estratégias contra o risco

Da loteria tiramos nossa primeira estratégia: aplicar valores baixos em eventos de alta probabilidade de perda. Quando investimos em ações, vamos separar um valor que não gere problemas em caso de desvalorização. Outro motivo para aplicar pequenos valores: a necessidade de Liquidez é amiga do risco. Se temos um valor elevado em ações, mesmo que na média exista boa rentabilidade, alguma emergência pode nos obrigar a vender em um momento de queda do preço e engolir o prejuízo.

Além de diminuir o valor aplicado em alto risco, é uma boa estratégia aplicar em diversas modalidades de investimento. Assim, mesmo que entre em falência o banco no qual temos poupança, perdemos apenas uma fatia do patrimônio e podemos nos recuperar com facilidade. No mercado de ações, mesmo que uma empresa tenha péssimo desempenho, as demais podem equilibrar o resultado.

Com boa diversificação os riscos de crédito, mercado e liquidez diminuem consideravelmente, pois são atrelados a cada Instituição individualmente. Ou seja, não é porque o Banco A faliu que o Banco B falirá. Mas, independente de quantos bancos temos poupança, pode ocorrer uma massiva crise que afete todo o sistema financeiro. É impossível zerar o risco. Mas, claro, essa possibilidade não deve nos impedir de investir. Primeiro, por ser extremamente remota. Segundo, nesse caso provavelmente nosso salário e até mesmo nossa alimentação estará em perigo, afinal quase todos os trabalhadores e comerciantes depende do sistema financeiro.

Há também uma forma de se proteger do risco catastrófico: possuir bens materiais de valor estável, como ouro, obras de arte ou dólar em espécie. Mas, claro, esta é uma diversificação para se atingir a longo prazo e também exige meios de proteger estes bens, como um cofre contra roubos, por exemplo.

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