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Como vimos, as operações de crédito geram Liquidez e seu custo se chama Juros, podendo ser determinado por diversos fatores, alguns deles, as taxas Selic e CDI. Agora veremos outro fator importante na definição do Juros: o Risco.

 O Risco

Todo investimento que fazemos está sujeito a algum risco. Quando o banco nos empresta dinheiro, também está sujeito. Não há como escapar. O mero fato de possuir dinheiro na carteira nos expõe ao risco de roubo, por exemplo. A forma mais comum de risco no cotidiano e no mundo dos investimentos é a chamada inadimplência: quando o devedor não paga o valor devido.

Quando tomamos empréstimo, representamos risco de inadimplência para o banco. Este risco é analisado profundamente por profissionais da área de Ciências Atuariais. Muitas medidas estão envolvidas e cada empresa faz sua própria análise. Talvez considerem sua idade, estado civil e município. Com certeza utilizarão o Score Serasa, pontuação de extrema importância e amplamente utilizada no mercado financeiro. No site da Serasa Experian é possível explorar nosso Score com mais detalhes.

Risco x Juros

A relação com a taxa de Juros é a seguinte: em geral, quanto maior o Risco, maior o Juros. É uma lógica de incentivo e podemos pensar de maneira pessoal. Por exemplo, os cassinos. Todos sabem que os jogos de cassinos tem altíssima probabilidade de gerar perda para nós. Para manter o interesse dos jogadores, é oferecida uma pequenina probabilidade de prêmios milionários. Quanto maior a chance de perda, maior deve ser o retorno possível para a operação se tornar interessante.

Da mesma forma pensam os bancos e cartões de crédito. Quando um cliente apresenta alto Risco de inadimplência, as empresas cobram Juros mais elevados para, caso haja inadimplência, o montante recebido até o momento compense o valor. Outros clientes com perfil semelhante também cobrirão parte do prejuízo.

Investimentos

Devemos pensar assim quando se trata de investimentos. A poupança é um investimento de baixíssimo Risco e altíssima Liquidez. Por isso, os Juros pagos são muito baixos. É possível encontrar títulos de Renda Fixa que pagam muitas vezes mais que a poupança, por exemplo os CDBs.

Investimentos no banco Itaú, grande banco, baixo risco, costumam render menos que a taxa CDI. Porém, não é difícil encontrar investimentos que rendem 100% do CDI em diversos bancos, como o Nubank ou Sofisa. Há também taxas explosivas como 210% do CDI no PicPay.

                           

Por que pagam valores tão diferentes?

Devemos notar que o Picpay não possui uma estrutura bancária, que é naturalmente robusta. Outro elemento é ser uma empresa nova. Ou seja, possui menor base de clientes, menor fluxo de caixa, precisa expandir seus negócios, consolidar sua marca. Outro fator muito importante: diferente dos grandes bancos, o PicPay não divulga seus resultados financeiros auditados publicamente.

Então temos uma empresa relativamente desconhecida em busca de clientes, e sem informações públicas. Qualquer pessoa pode abrir conta e movimentar saldos. Também permite parcelar compras de modo imediato – ou seja, fazem empréstimos sem análises do cliente. Qual o problema de aplicar dinheiro no PicPay, ou em qualquer outra empresa? Ela pode falir ou não ter Liquidez – dinheiro em caixa – para pagar nosso empréstimo e seus rendimentos no tempo devido.

Ainda há algumas informações sobre os diferentes tipos de Risco e especificamente sobre o Tesouro Direto, por ser um produto oferecido pelo Governo Federal. Mas por fim, concluímos com a seguinte provocação: a escolha que devemos fazer é sobre quanto Risco podemos correr e quanta Liquidez precisamos garantir. Claro, há diversos outros elementos envolvidos.

  • Importante lembrar: O texto acima, de forma alguma, pretende recomendar investimentos específicos ou desqualificar qualquer empresa. São questões de objetivos e estratégias, somente. Tudo deve ser planejado conforme os interesses e possibilidades adequadas a cada caso. 
Editado por: Manuh Pereira

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