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Frente Nacional Antirracista promove atos no Brasil todo no dia da “abolição”

Ontem completou 133 anos do que o movimento negro chama de “falsa abolição”. Nesse dia aconteceu a assinatura da Lei Áurea para abolir a escravidão do Brasil, pelas mãos da então Princesa Isabel, em 1988.

A chacina no Jacarezinho (Rio de Janeiro) e a situação do povo negro e negra na pandemia foram combustíveis para o Movimento Negro saírem para as ruas em todo país gritando contra a falsa abolição e o fim do genocídio do povo negro.

Frente Nacional Antirracista e a Cufa estiveram distribuindo cestas, solidariedade e afeto nas favelas e comunidades ao redor do Brasil todo. Foram distribuídas mais de 300.000 cestas básicas, e só em São Paulo 10.000 e no Rio de Janeiro mais 10.000.

Estiveram presentes entidades como CUFA, Educafro, Movimento Negro Unificado/RJ,  Instituto Equânime, Impacta Periferia, Rede Quilombação, CEAP, Unegro, Prof. Ivanir dos Santos entre outras entidades e integrantes da Frente nacional Antirracista.

“E ecoa noite e dia… É ensurdecedor…Ai, mas que agonia…O canto do trabalhador…Esse canto que devia…Ser um canto de alegria…Soa apenas…Como um soluçar de dor” 

“O dia de hoje foi histórico! Nós do movimento negro do Brasil, em especial a Frente Nacional Antirracista que conta com mais 600 organizações e coletivos, juntos ressignificamos o 13 de maio, que é conhecido pela Abolição da escravatura, que é denunciado há anos pela comunidade negra por sua incompletude, hoje se tornou o Dia Nacional de denúncia contra o Racismo. As nossas vozes ecoaram pelo país, através das nossas reivindicações por ações de denúncia contra o racismo, por manifesto, reivindicações e na prática, atuando na base pelos nossos.” – Letícia Gabriela, do Impacta Periferia.

Edson França, da Unegro.

Karla Recife, do Frente Favela Brasil, falou ao Jornal Empoderado: “Para o Frente é mais uma ação que demostra o poder de luta, de autogestão e de possibilidade de criar novos marcos civilizatórios através de práticas do povo preto. Uma demonstração que um país democrático de fato não existirá enquanto não for pensado e gerido por nós.”.   

Ato no Jacarezingo, no Rio de janeiro contou com integrantes de diversas entidades: Geraldo Henrique dos Santos Coelho, da Frente Favela Brasil; Clàudia Vitalino, da UNEGRO; Adriana Martins, do Movimento Negro Unificado – MNU/RJ, Marcelo Santos e Ivanir dos Santos, ambos do Centro de Articulação de População Marginalizadas – CEAP.

E já que iniciamos esta matéria com música de Clara Nunes (Canto das três Raças) terminaremos com uma letra que virou hino de luta negra que é o samba de enredo da escola de samba Mangueira, de 1999, o “História Pra Ninar Gente Grande”:

“Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati”

Axé a FNA e todas as entidades que participaram desse dia histórico de doações.

Nota: Esta matéria contou coma colaboração do Bruno Vater, Leticia Gabriela e Josiane Alcântara. Foto de capa das doações na Brasilândia, em São Paulo.

“Olha aí, ai o meu guri, olha aí…”

Jacarezinho chora mar de sangue provocado pela Policia Civil do Rio de Janeiro

NOTA

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