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Falamos com Mannuh Dias e Geovanna Borges, ambos da Cufa (Central Única das Favelas).

O Jornal Empoderado falou com um líder comunitário da zona leste de São Paulo, Manoel Dias R. da Silva, mais conhecido como Mannuh Dias e  a presidente estadual Geovanna Borges, da CUFA – Central Única das Favelas, de São Paulo, dois ativistas que estão na linha de frente contra a pandemia que assolou o mundo e em especial as favelas brasileiras. 

 

JE: Fale um pouco de você: Qual bairro mora, em qual lugar nasceu, idade e  escolaridade? Qual sua profissão?

MD: Olá Anderson, sou Manoel Dias R. da Silva,mais conhecido como Mannuh Dias, tenho 35 anos. Sou Sambista, fundador de alguns projetos sócio culturais na Cidade de  São Paulo, sou articulador, músico, chef de cozinha e artesão. Atuo como freelancer, faço parte, hoje ,de 4 escolas de samba em SP ,porém, aqui, já desfilei em mais de 20 ,e no RJ 2 vezes , sou formado em web design pelo Senai e Anhembi Morumbi e curso gastronomia, sou candomblecista .

Moro atualmente na vila rica ,região do Aricanduva z/l. Nasci na favela  Vila Flávia, São Mateus onde atuo também como voluntário no São Mateus em movimento liderado pelo Negotinho. 

Atuo profissionalmente como chef de cozinha em eventos fechados e meus eventos são ligados à samba. Ainda não exerço em restaurantes porque não conclui o curso e minha meta é abrir algo meu, sou artesão faço artigos ligados ao candomblé e umbanda e sou músico. 

JE: Você trabalha com música?

MD:Trabalho com música… atuo como freelancer em shows barzinhos etc 

JE: Fale como começou a fazer ações sociais? Já fazia isso antes da pandemia?

MD: Não tenho trabalho ligado ao social. Faço ações nos meus eventos, onde desde 2005 arrecado alimentos e faço almoços comunitários. Atuo em projetos de samba na zona leste e zona norte onde fazemos doações .

JE: E como conheceu e quando entrou na CUFA?  

MD: A CUFA já conhecia a tempos, porém entrar com essa parceria foi uma indicação  de um amigo. 

JE: A Cufa está fazendo um grande trabalho nas favelas por causa do Corona Vírus. Como está sendo feita está logística de entrega e arrecadação?

MD: A CUFA tem feito um trabalho extraordinário, ao confiar mais de 200 lideranças de favelas em SP., onde nos é disponibilizado recursos  que repassamos ao povo das nossas favelas. A CUFA repassa e a logística é por conta de cada liderança. Nós conseguimos através de solidariedade de amigos e parcerias 

JE: As famílias que você atende na maioria são de qual perfil e quais são suas maiores  carências?

MD:As famílias são extremamente pobres e moram  em barracos ou casas de alvenaria em  áreas de risco etc. Percebi que falta informação e muita. Porque nem todos possuem celulares e por fim não tem acesso a internet. Falta ainda muita alimentação, o povo está literalmente passando muita  fome.

JE: Quem quiser ajudar com (doações e ser voluntário), como faz?

MD: Quem quiser ser parceiro ou ajudar é só entrar em contato comigo via Whats 11 957549672. De lá passo as informações., estamos fazendo uma página no face que ainda não tem nome definido, porque essa ação contra o covid 19 irá perdurar futuramente. 

JE: Quais são as maiores necessidades das quebradas?

MD: Hoje todos  querem  alimentos ,não tem está escasso. O povo não trabalha devido a quarentena e está passando fome.

JE: Tem alguma restrição para quem vai ser ajudado (a)?

MD: Ajudamos o povo pobre que não está sendo auxiliado por nenhum programa social e está em extrema pobreza. 

JE: Quantas pessoas te ajudam?

MD: Somos um coletivo que conta com as principais lideranças de favelas de São mateus ,músicos  e artistas etc .

 

Geovanna falou ao Empoderado que a Cufa está em 27 estados, no Brasil, incluindo do Distrito Federal.   Acrescentou  que não existe restrições para quem deseja ajudar, além de mencionar que:“A favela precisa que a renda direta chegue(aos moradores). Conforme estudo do Data Favela: 50 % deste território são autônomos e 8 % são informais, ou seja, esse território não aguenta uma semana na crise e neste caso muitas mães ,no atual momento ,estão passando fome. Se antes nesses territórios já existiam problemas, agora eles (as) sofrem mais”.
 
E sobre o Isolamento das pessoas concluiu: “Conforme o Data Favela 97 % dos moradores mudaram seus hábitos de higiene e estão pensando nos mais velhos. Porém existem muitas favelas que não tem água, por exemplo. E nestes momentos de campanha entendemos que quem mais sofre com esta tragédia são as mães. Um outro problema é que além de terem que ficar com os filhos, a maioria são diarista e perderam seus empregos. Pensando nisso, á Cufa criou uma campanha chamada “Mães das Favelas”. Onde além das contribuições com cestas básicas daremos voucher de R$ 120,00, através do aplicativo de celular,  onde entendemos que elas tem outras necessidades como gás, remédios…”.
 
Além da Cufa existem inúmeras entidades e pessoas que estão ajudando neste momento tão difícil que as favelas passam devido a Pandemia mundial.
 
Outra matéria nossa sobre esta Pandemia:
link externo: jornalempoderado.com.br/servico-de-utilidade-publica-ajudem-associacao-dos-moradores-de-vila-brasilandia-salvar-vidas/
 
 

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Segue mais matérias deste assunto:

 

Serviço de utilidade pública: Ajudem a Associação dos Moradores de Vila Brasilândia a salvar vidas.

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