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Duas vezes melhor? Doce ilusão!

Aos nascermos de pele preta, origem preta ou em família preta, não adianta sermos apenas duas vezes melhores que os demais, precisamos ser dez vezes mais em tudo.

Dez vezes mais limpos, dez vezes mais inteligentes, dez vezes mais educados, dez vezes mais resilientes e daí por diante.

Precisamos nos inserir ou seremos simplesmente esmagados na tal “igualdade social”, igualdade essa que só existe nos diálogos igualitários que ignoram as marcas do racismo.

“Mas é doença mental”, eles dizem, ou mesmo “não era essa a intenção”, “vocês tiraram do contexto”.

Ora! Como tirar do contexto quando te dizem que você NUNCA terá o que eles têm ou que NUNCA será o que eles são?

Não me entendam mal, não sou da corrente radicalista que pede “fogo nos brancos”, embora a expressão “fogo nos racistas” me traga certa simpatia até certo ponto, afinal, racistas criam racistas e, assim, estamos com o mundo como está.

É óbvio que não digo isso de forma literal, mas seria importante colocarmos fogo em quem nos contou histórias que tinham por objetivo apenas nos diminuir e nos colocar no papel de servidão, não nas pessoas propriamente ditas, mas naqueles papéis indelicados que nos chamavam de coisas ou mercadorias.

Duas vezes?

Não somos mercadorias, mas também não somos todos iguais.

Difícil ler isso, eu sei, mas para sermos todos iguais não precisaríamos apenas termos o sangue vermelho e sermos feitos de carne e osso, precisaríamos de oportunidades iguais, respeito, empatia real, pois uma coisa é fato: um privilegiado nunca vai saber o que é ser um desfavorecido e, tampouco, o contrário.

Então, que nossa luta seja sobre respeito, afinal, somos plantadores de tâmaras, tal como dizia um provérbio cuja origem não me recordo agora, mas estamos plantando sementes cujo fruto somente gerações posteriores à nossa colherão, assim como nossos ancestrais plantaram e cultivaram para que hoje pudéssemos ocupar lugares que outrora nos foram negados.

Vamos seguir!

(Foto: Reprodução – Mateus Abreu Almeida Prado Couto durante discussão com frases racistas contra o entregador Mateus Pires, em um condomínio em Valinhos/SP)

 

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