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Mês de setembro será dedicado a refletir e demonstrar como a filantropia pode fomentar transformação social

Ao longo do mês, atividades promovidas pela Rede Comuá, organizações membros e parceiros fomentam o debate e demonstram práticas da filantropia que atuam no apoio aos direitos humanos

A Rede Comuá, juntamente com suas organizações membro e parceiros, promovem, em setembro, uma série de atividades voltadas a demonstrar a potência e importância da filantropia comunitária e de justiça socioambiental para fomentar a transformação social apoiando organizações e movimentos da sociedade civil em suas lutas por direitos.

O movimento, iniciado em setembro de 2022 a partir do seminário de dez anos da Rede Comuá, passará a integrar o calendário da filantropia brasileira anualmente como espaço dedicado a abordar as práticas e a atuação estratégica dessa filantropia no sentido de fortalecer a sociedade civil e, desse modo, também a democracia.

Durante o mês serão promovidas atividades abertas ao público e outras que mobilizarão territórios e organizações da Rede Comuá, focadas em arranjos inovadores e públicos específicos, e cujo resultado poderá posteriormente ser compartilhado com o público em geral.

“A filantropia comunitária e de justiça socioambiental adota práticas que democratizam o acesso a recursos, atuando junto a movimentos e iniciativas da sociedade civil em relações de confiança e parceria. São esses movimentos e iniciativas que conhecem melhor as realidades e territórios nos quais atuam e por isso sabem onde os recursos devem ser aplicados para gerar transformação social. As organizações doadoras devem ser parceiras no processo, percebendo a filantropia como forma estratégica para apoiar as lutas por direitos”, avalia Graciela Hopstein, diretora executiva da Rede Comuá.

A Rede Comuá, que reúne 16 fundos que atuam desta maneira, busca disseminar essas práticas visando ampliar as doações para essas organizações, incidindo junto a doadores nacionais e internacionais em prol de uma filantropia mais estratégica, que contribua, junto com outros atores como poder público, academia e sociedade civil, para fomentar a transformação social.

As organizações que integram a Rede Comuá doaram, desde a sua criação até 2022, mais de R$670 milhões, totalizando quase 17 mil apoios a organizações da sociedade civil em suas lutas por acesso e reconhecimento de direitos. Iniciativas que se desenvolvem em territórios quilombolas, indígenas, ribeirinhos, áreas urbanas periféricas e rurais, em praticamente todos os biomas brasileiros, em todas as cinco macrorregiões do país.

O Mês da Filantropia que Transforma é promovido pela Rede Comuá e por seus membros – Fundo Baobá, Brazil Foundation, Casa Fluminense, Elas+ Doar para Transformar, FunBEA, Fundo Agbara, Fundo Brasil, Fundo Casa Socioambiental, Fundo Positivo, ICOM, iCS, Instituto Baixada, Instituto Procomum, ISPN, Redes da Maré e Tabôa Fortalecimento Comunitário, com apoio do Programa Giving for Change, Global Fund for Community Foundations, IAF, Porticus, Movimento por uma Cultura de Doação, Movimento Bem Maior, Wellspring. Tem como organizações parceiras GIFE, Ibase, Instituto ACP, Instituto Phi, Movimento por uma Cultura de Doação, Plataforma Conjunta, ponteAponte, Agência Pública, Stanford Social Innovation Review, WINGS, Philó e Iniciativa PIPA.

A programação completa está disponível no site

Filantropia independente está presente em todas as regiões do país
A Rede Comuá realizou, em parceria com a ponteAponte, um levantamento de organizações independentes que doam para a sociedade civil. O estudo, que traz 31 organizações, incluindo membros da Rede, será lançado no dia 05 de setembro, em webinar aberto à participação pública mediante inscrição prévia.

Organizações filantrópicas independentes são aquelas que não dependem de uma única fonte de recurso, como acontece no país com a maior parte dos institutos, fundações e empresas doadoras, vinculadas a uma empresa ou fundo familiar. As fontes de recurso podem ser de vários tipos, o que garante maior autonomia na destinação das doações.

A prioridade das organizações independentes doadoras mapeadas pelo levantamento é apoiar o fortalecimento institucional, o que pode ser motivado pela sua forma de atuação (articulada com a sociedade civil e com movimentos) e pelo entendimento que o investimento nessa linha é fundamental para o fortalecimento de organizações que atuam nos campos da defesa de direitos (socioambientais e humanos) e de suas agendas.

Na sequência, as doações priorizam ações de gênero e direitos das mulheres e cultura, desenvolvimento comunitário, agricultura familiar, agricultura urbana, agroecologia e agrofloresta e comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e tradicionais. Para a maioria das organizações mapeadas, as áreas de apoio são concebidas de forma interseccional e, certamente, essa tendência contrasta com o baixo percentual de apoio do Investimento Social Privado (ISP) com recorte de gênero, raça, etnia etc.

O levantamento é pioneiro no campo da filantropia brasileira, um dos primeiros trabalhos desenvolvidos com esse recorte no país de que se tem conhecimento. Seu objetivo é traçar um panorama atualizado da filantropia independente no Brasil, com a finalidade de conhecer as as organizações que apoiam iniciativas da sociedade civil nos campos de desenvolvimento comunitário, justiça socioambiental e direitos humanos, como atuam, se estruturam e se relacionam com o campo de incidência sociopolítica.

Inscrições para o lançamento no dia 05/09: https://redecomua.org.br/_prog-filantropia/lancamento-da-pesquisa-filantropia-que-transforma-mapeamento-de-organizacoes-independentes-doadoras-para-sociedade-civil-nas-areas-de-justica-socioambiental-e-desenvolvimento-comunitario-no-brasil/

Programa Saberes apresenta pesquisas produzidas por lideranças sociais e especialistas que atuam nos campos da filantropia comunitária e de justiça socioambiental

No dia 14/09 a Rede Comuá promove um debate sobre o Programa Saberes, que oferece apoio para a sistematização de saberes produzidos por lideranças sociais e especialistas que atuam nos campos da filantropia comunitária e de justiça socioambiental.

O evento, online e aberto ao público mediante inscrição prévia, contará com a participação das pessoas integrantes da primeira turma do Programa, que abordarão percepções, vivências, resultados e achados sobre a produção de conhecimento valorizando saberes e experiências com filantropia em suas comunidades e territórios.

Os temas abordados pelas pessoas bolsistas incluem círculo de doação, apoio a microprojetos em territórios indígenas como prática filantrópica, fortalecimento de organizações de base por meio de consultorias, narrativas de mulheres negras sobre o campo da filantropia no Brasil desde as regiões Norte e Nordeste, inserção das comunidades de terreiro nos ecossistemas filantrópicos e sistematização da experiência da criação do fundo regenerativo de Brumadinho.

Inscrições para o evento: https://redecomua.org.br/_prog-filantropia/construindo-saberes-locais-filantropia-comunitaria-como-caminho-para-justica-social/


Atividades voltadas a públicos variados

Em São Sebastião, no estado de São Paulo, acontece, no dia 11/09, o seminário Clima, reparação socioambiental e filantropia comunitária: cenários do litoral norte de São Paulo. A atividade, aberta ao público mediante inscrição prévia, é realizada pelo FunBEA (Fundo Brasileiro de Educação Ambiental).

Em Brasília, no dia 15/09, será promovida, pelo Fundo Casa Socioambiental e pelo ISPN (Instituto Sociedade População e Natureza), a mesa Diálogos sobre a importância da filantropia comunitária na conservação do Cerrado e da cultura de seus povos. A mesa é parte do X Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, aberto ao público.

O Fundo Positivo promove webinário sobre Como a filantropia LGBTQIA+ tem contribuído para a construção de políticas públicas no Brasil no dia 27/09. A atividade é aberta ao público pelo youtube do Fundo.

O Fundo Brasil e o Fundo Casa Socioambiental integrarão, em 25/09, a roda de conversa sobre Estratégias de apoio à agenda do acesso à justiça como ferramenta de defesa dos defensores e defensoras de direitos humanos. A atividade faz parte da programação do 2º Segundo Fórum Anual Sobre Defensoras e Defensores de Direitos Humanos em Assuntos Ambientais da América Latina e Caribe no Panamá.

O Fundo Elas+ Doar para Transformar promove, no dia 29/09, a atualização dos dados da pesquisa Ativismo e Pandemia no Brasil, apresentando o relatório Ativismos Feministas e Filantropia Transformativa Pós-Pandemia. A atividade, online, é aberta ao público mediante inscrição prévia.

Durante o mês serão também promovidas atividades focadas em fortalecimento e construção em territórios e alianças.

A Aliança Territorial, formada por sete organizações membro da Rede Comuá (Tabôa, Casa Fluminense, Procomum, ICOM, FunBEA, Fundação Baixada e Redes da Maré), promoverá atividades dedicadas a seus membros, visando fortalecer a iniciativa e realizar planejamento estratégico.

Redes da Maré, no Rio de Janeiro, realizará um curso de formação em incidência política e filantropia comunitária, voltado a pessoas que moram no conjunto de favelas da Maré.

A Casa Fluminense promoverá o Circuito do Guia para Justiça Climática em Nova Iguaçu, São Gonçalo e Rio de Janeiro. A atividade é voltada a alunos do Curso de Políticas Públicos da Casa Fluminense, novas lideranças apoiadas pelo Fundo, coordenadores dos pré-vestibulares apoiados no Juventude Popular na Universidade e coletivos parceiros envolvidos na organização das oficinas.

A Tabôa Fortalecimento Comunitária realizará uma Feira de iniciativas comunitárias em Serra Grande, Uruçuca, na Bahia, voltada a às comunidades locais.

O Baobá – Fundo para Equidade Racial promoverá uma live com o objetivo de discutir a importância de medir o impacto da filantropia transformadora, com foco especial nas ações da filantropia negra.

Haverá também o lançamento de campanhas e produtos ao longo do mês, como o podcast sobre comunicação inclusiva e acessibilidade digital no Brasil, da Brazil Foundation. O mapeamento das organizações, formalizadas ou não, instaladas em áreas vulneráveis do território da Grande Florianópolis e o lançamento de uma campanha de comunicação, informativa e educativa, para popularizar o conceito de filantropia comunitária na região de atuação do ICOM (Instituto Comunitário Grande Florianópolis).

Ainda durante o mês de setembro será disponibilizada para acesso público a plataforma Transforma – hub de conteúdo da filantropia comunitária e de justiça socioambiental. O espaço reunirá conhecimento produzido sobre o tema em diversos formatos e por diversas organizações que trabalham com essas práticas filantrópicas. O objetivo é ser referência nesse tipo de conteúdo temático e facilitar o acesso de organizações, movimentos e pessoas interessadas nesses temas.
Informações sobre as atividades podem ser obtidas no site do Mês da Filantropia que Transforma.



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