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Germano Black Society faz festa para comemorar seus 54 anos de profissão

Germano Souza, mais conhecido como Germano Black Society, é jornalista, radialista e produtor de eventos e festas de várias temáticas há mais de quarenta e cinco anos na cidade de São Paulo. Uma personalidade carismática e emblemática que se empenha em promover a sociedade negra paulistana. Gosta de colocar em evidência as pessoas Negras que, com muita luta, conquistaram posições de destaque. Como radialista, apresenta o programa Germano Black Society No Tapete Vermelho toda terça, às 19h e 22h e aos domingos, às 20h, na Tapete Vermelho WEb Rádio noticiando feitos, divulgando acontecimentos, apresentando personalidades e fazendo seu público reviver grandes momentos da Black Society.

Com a chegada da Pandemia, Germano, assim como a maioria, fez uma pausa nas festas e eventos. Agora, retomando as atividades, está promovendo o Coquetel Dançante em comemoração aos 54 anos de sua Coluna Social Germano Black Society, que será realizado no dia 20 de maio, a partir das 20h30, na suntuosa Mansão Manaus situada à Rua dos Franceses, 518, Bela Vista. Estarão presentes grandes personalidades da elite negra de São Paulo, Rio de Janeiro, Argentina, Paris e Nova Iorque.

Germano Black Society convida todos e todas a passarem pelo tapete vermelho que estará a disposição na chegada dos convidados e assim celebrarem juntos e em grande estilo. Para sabermos mais sobre seu trabalho e sobre a Coluna, conversamos com Germano que nos conta toda a história dessa iniciativa.

Jornal Empoderado – Como nasceu a Coluna Social Germano Black Society?
Em meados do ano de 1976, trabalhei como vendedor de sapatos para um senhor Judeu e via a necessidade do povo negro em adquirir itens caros, e isso me abalava. Percebi que alguns iam à loja depois de alcançarem posições de destaque na sociedade, e mesmo assim não eram tratados bem. Então decidi dar destaque a eles. E depois que entrei para o Camisa Verde e Branco, como destaque de alegorias e ativo nas quadras, pude falar com propriedade da luta do nosso povo, das travestis, dos gays e todos que precisavam ser reconhecidos.

JE – O Coquetel Dançante de 54 anos da sua coluna social é uma homenagem, também, aos tempos de ouro dos bailes em São Paulo?
Com certeza! A maioria das pessoas que participaram das minhas festas e puderam ter seus nomes e feitos divulgados pela minha Coluna Social, vão estar presentes, e falam que vão poder reviver uma época que os bailes eram bailes de verdade. Eu gosto de trazer ao meu público lembranças boas.

JE – Sr. Germano, quantas histórias já não foram vistas pelo senhor… Sendo assim, qual história o senhor guarda com mais carinho?
Seria impossível pontuar uma. Como você mesmo falou, foram muitas e tenho gravado em minha mente algumas que aconteceram em momentos diferentes da minha vida. Tenho um carinho especial por todas elas.

JE – A mansão Manaus já recebeu inúmeros eventos importantes da comunidade negra. Seu evento lembra as grandes reuniões do lendário “Aristocrata Clube”. Concorda?
Sim, e faço parte até hoje do Clube. Antigamente, todos iam muito bem vestidos, mostrando seus cargos com orgulho. As mulheres belíssimas em seus longos, os homens todos de blazer… Tempos bons que não voltam mais.

JE – Podemos dizer que se a mídia convencional branca tem Amaury Jr, nós (negros) temos Coluna Social Germano Black Society?
Sim… Porém me responda, quantos anos Glória Maria demorou para ser âncora de um jornal nacional? Quanto tempo demorou para Maju Coutinho ser a repórter do tempo? Eu e Amaury, exercemos a mesma profissão. Mas, eu sou Negro…

JE – O que mudou na forma de retratar eventos depois das mídias sociais ?
Ficou mais fácil. Porém, as pessoas dão menos importância. Antigamente, você colava os lambe-lambes pelos postes do centro de São Paulo, deixava os convites para serem vendidos nas lojas do subsolo das galerias também no centro. Ia às rodas de samba rock no Viaduto do Chá e entregava nos circulares. As pessoas tinham o prazer de levar para casa e colar em cadernos ou em álbuns e escreviam “Eu fui!” com orgulho e carinho. Hoje os tempos são outros.

Foto de capa: Divulgação do Germano Black Socity (Facebook)

Texto: Anderson Moraes com colaboração da Vanessa Felippe

Revisão: Eliane Almeida Mtb 39.832

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

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