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O mundo quer entender como o Brasil com tradição e expertise em vacinação ficou na lanterninha do planeta, obtendo os piores resultados no combate a pandemia. O ‘Lowy Institute de Sydney’ numa lista de cem países, classificou o Brasil em 98, o ultimo em combate a pandemia.
Ficar em último lugar é pouco para o atual governo, precisa estar 2,2 pontos atrás do México.
https://interactives.lowyinstitute.org/features/covid-performance/
Apostando sempre nas ações erradas e dobrando as apostas mesmo contra a verificação e confirmação do erro, abre-se uma janela para ver se há ou quais são as supostas vantagens que o governo eventualmente veria em prolongar a pandemia. Juntando aqui e ali encontramos as seguintes possibilidades para responder a seguinte pergunta:
Quantos cadáveres Bolsonaro precisa para se reeleger?
1 – Enquanto mais a pandemia se alonga, mais problemática fica e enquanto mais mortes gera , mais Jair Messias Bolsonaro…
- A. Aumenta sua defesa eleitoral de que precisará de uma 2ª chance, porque não pode governar devido a pandemia.
- B. Permanece com o mandato, pois é improvável ter um impeachment, embora a troca de governo fosse uma solução. O processo complicado de alteração pode agravar a crise sanitária.
- C. Os escândalos de corrupção envolvendo sua família, assessores e Ministros ficam em último plano do debate nacional.
- D. Mais possibilidades de manipulação orçamentárias em caráter de emergência.
- E. Menos o POVO NA RUA pedindo #FORABOLSONARO.
- F. Jair Messias Bolsonaro se isola no debate internacional, tendo o foco negacionistas do mundo. Sempre obteve holofotes por ações , declarações estapafúrdias e controla as narrativas com essa estratégia.
- G. A sua capacidade de terceirizar responsabilidades e transferir a culpa se vitimizando, na análise do planalto facilitará a sua reeleição, colocando a quantidade de mortos nas costas de Prefeitos, Governadores e STF. Se eximindo de qualquer responsabilidade, podendo então eleger alguns Governadores aliados e repetir o efeito parlamentarista elegendo grandes bancadas.
- H. Impede uma organização de oposição sólida, seja via ampla de frente ou de campos políticos isolados. Ocupados em conseguir atender a população, deixam a eleição para o ano que vem enquanto ele, o mito, faz campanha todos os dias.
- I. Ele é o centro das atenções, tem mídia espontânea constantemente. Como essa agora, valendo-se do: “falem mal, mas falem de mim”.
- J. Todos os recordes negativos de emprego, o aumento excessivo do dólar, perda de poder da compra do consumidor, desindustrialização do Brasil, aumento de mortos pela polícia, bem como outras tragédias econômicas e sociais que ficaram sendo culpa da pandemia.
Enquanto a sociedade segue impedida de se organizar, ele percorre em campanha, passa boi e passa boiada desrespeitando o luto de centenas de milhares de pessoas, colocando-as em dificuldades incríveis e aumentando a miséria.
- K. Enquanto mais miséria mais igrejas serão celeiro de esperança de uma vida melhor, amparo para cestas básicas, enxovais, caixão, velório e garantirão votos dos fiéis a quem lhes convier.
- L. A miséria é onde reina a milícia, o poder paralelo, presente onde o Estado é ausente.
- M. A vulnerabilidade máxima faz com que as políticas públicas mínimas pareçam ser mais do que são. Barateando o custo das massas miseráveis sem mudança real da sua condição de vida.
- N. Reeleito com o país no FUNDO do POÇO, todo avanço será alardeado como espetacular.
O debate de um projeto de desenvolvimento e crescimento nacional fica enviesado, polarizado e as manobras de autoritarismo ficam em eminência de se deflagrar. O “militarismo democrático” já está em prática. O Brasil é o país democrático com o maior número de ministros militares e os mesmos em cargos civis na folha de pagamento do GOVERNO, recebem o salário de militares e do novo cargo.
- O. Em caso de caos e calamidade pública, o atual Presidente pode convocar a Lei de Segurança, para que o exército tome as ruas e até diminuindo o poder de Prefeitos e Governadores.
- P. A quantidade de militares alinhados, organizados e trabalhando junto ao Governo Federal ,que deveria ser civil, pode mobilizar mais rapidamente as forças armadas para uma ação de ruptura institucional.
- Q. Com militares em todos os comandos, todas as investigações cujas conclusões poderiam eventualmente criminalizar a família Bolsonaro e seus aliados serão anulados.
- R. Para fazer uma ruptura institucional leve e menos traumática pode ser pelo voto. O auxílio emergencial poderá dar popularidade aos militares levando-os a conquistar mais cargos no Executivo e Parlamento.
O atraso das vacinas e do auxílio emergencial são uteis para o “efeito obra eleitoral”, enquanto mais próximos do período eleitoral houver esses resultados mais o planalto tentará se beneficiar eleitoralmente dos efeitos positivos. Se vacinar todo mundo até junho de 2021, terminar o auxílio em julho de 2021 os outros temas da vida nacional ficaram em evidência, em Dezembro já estarão reclamando e reivindicando novas demandas e o governo tende a perder a popularidade por falta de respostas.
- S. Enquanto o lema dos Governadores é: “A Economia a gente trabalha e recupera, as vidas não” o lema do Presidente é: “Economia em 1º lugar mesmo que você morra”. O medo é perder as eleições por resultados pífios na economia, pois quem sobreviver votará avaliando o quadro econômico vigente, e quem morrer não votará.
A cloroquina.
- T. A APSEN recebeu R$ 153 milhões do BNDES para colocar mais cloroquina no mercado da necropolítica e que está matando mais pessoas por intoxicação por uso indevido.
- U. A APSEN é do Renato Spallicci que é apoiador, patrocinador da Campanha de Jair Messias Bolsonaro.
- V. A medida que remédios ineficientes para COVID-19 alimentam os caixas dos patrocinadores da campanha de Bolsonaro, mais mortos fazem a campanha ficar rica e os ricos mais ricos.
A Desigualdade:
- X. Durante a pandemia quem mais morreu foram pobres e negros, público-alvo de ataques verbais de Bolsonaro, e sua minoria eleitoral
- Y. A maior vitória desse governo contra as universidades foi no ENEM, onde a ausência foi recorde culminando também em uma evasão recorde do ensino formal.
- Z. As condições de sobreviver a essa situação é maior para quem tem mais renda.
- Z1. Sobrevivem mais as classes eleitoras do Bolsonaro, morrendo os eleitores das classes dos seus concorrentes.
A lista não tem fim, o alfabeto sim. Bolsonaro vem se beneficiando de adventos trágicos para manipular sua escalda ao poder e agora para se manter. Sagaz consegue reverter em seu benefício situações inusitadas e extremas para organizar uma narrativa a seu favor custe quantas vidas custar.
Ao se aprofundar nas razões pelas quais a pandemia brasileira pode ser vantajosa para família Bolsonaro ficamos estupefatos, e tudo aponta que tanta incompetência pode ser a estratégia eleitoral.
A pior notícia é que esse governo liberal, fundamentalista e militarizado fracassa em todos os aspectos, menos no eleitoral. Melhor seria trazer empregos, crescimento e desenvolvimento, elevando o IDH da população poderia continuar na gestão do país. Por hora fica o nosso cuidado com vocês, lavem as mãos, usem máscaras, evitem aglomerações, tomem sol e muita água enquanto esperamos a vacina.
Respostas de 8
Como todas as matérias do Max, essa também está muito bem escrita e numa reflexão profunda de organização para qualquer debate vigente neste assunto! Pensar que tudo é pensado e permitido, que estamos onde estamos porque o governo é favorecido me deixa perplexa! Obrigada, Max! ☀️
Muito obrigado. Nos ajude a divulgar nosso jornal e nossa matéria para que mais pessoas possam refletir conosco e construir um pensamento que nos proteja e cuide do bem comum.
E aí, o país fica nas mãos dos negacionistas, que não se importam em ir pra rua sem motivo, mostrando sua ignorância e colocando em cheque todo o sofrimento dos esclarecidos que se mantem isolados a mais de um ano.
Se vc olha pela janela, na porta do boteco lotado de imbecís, vê uma foto de um mundo real que foi deixado pra trás, que não tem prazo pra voltar. A não ser na cabeça pequena dos ignorantes, que não se incomodam com os efeitos colaterais que seu próprio prazer momentâneo trará a toda sociedade. E a coisa vai ficando cada vez pior. Com o apoio incondicional dos bolsonaristas e afins, que se valem do motivo de estarem cansados de ficar em casa, bradando que a vida tem que seguir. E isso só prolonga o sofrimento. O sofrimento daqueles que, cansados de toda essa loucura, se calam em casa e parecem nem existir mais.
Mas que não se enganem esses genocidas. Os esclarecidos existem sim, estão protegidos em casa, e serão ouvidos com muito mais força e propriedade nas próximas eleições. Assim eu espero. Por que é a única esperança palpável que eu encontro hoje, pra me segurar.
Precisasmos sim nos proteger, nos cuidar e votar em quem se cuida com bom senso e ciência. Usar o ódio nos deixou desamparados de uma gestão sanitária estratégica, que confunde a população e as vezes a engana perversamente.
A população precisa entender o momento que estamos passando. Crítico. Sua matéria é esclarecedora. Vivemos momentos de genocídio por parte do governo, infelizmente não sabemos até quando.
Mas esse governo recebeu um presente que é a grande pedra no sapato.
Vamos nos livrar do mal .
Parabéns.
E vamos continuar na nossa batalha! Muito obrigado!
Excelente reflexão, destaco o item B e o item da cloroquina e o lucro da fabricante Aspen.
Nós agradecemos, continue acompanhando nosso Jornal.
Nos ajude a Divulgar. Nosso jornalismo depende da divulgação de nossos leitores.
Muito agradecido.