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1º Festival da Consciência Negra em Guaianases

Apesar da chuva e imprevisto, o festival chamou a comunidade de Guaianases para celebrar a cultura negra da periferia

Carregando o nome da pesquisadora Sheila Alice, que usou sua tese como mecanismo de conhecimento e valorização dos negros no bairro, o 1º Festival da Consciência Negra em Guaianases foi marcado pela força da união da comunidade em meio aos imprevistos e dificuldade.

Em um esforço conjunto das organizadoras Andréia Aparecida e Ana Paula Evangelista, da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, o festival foi pensado para ser realizado em uma escola pública da região, mas foi barrado pelo Estado e transferido para a rua, e depois, por causa do temporal, para o Vagão Dog & Fritas, lanchonete de Bia Araújo, que também fez parte da organização juntamente com Anelise Maiumi e Douglas Lesus.

Depois de muito corre-corre, o festival começou com a presença em peso de famílias do bairro e de diversos coletivos que lutam diariamente pela valorização da cultura da periferia.

A tarde se iniciou com a contação de histórias para as crianças e oficinas de identidade, com trancistas e a entrega de abayomis. Também com as crianças do bairro, rolou a oficina de grafite com Nômade Griot e Tody One.

A música, poesia e manifesto ficou por conta das meninas do Sarau Pretas Peri, formado por mulheres da comunidade do Camargo Velho no Itaim Paulista. O microfone aberto deu a oportunidade para que a comunidade pudesse participar da festa.

 

Sheila Alice e seu legado

O trabalho da homenageada do festival, a historiadora Sheila Alice, que em sua tese de mestrado mapeou a presença da cultura e imigração africana em Guaianases, foi debatido por Sueli Gomes, mãe de Sheila, e pelos membros do CPOC Guaianás, coletivo de pesquisadores da região.

A exibição do documentário Periferia do Samba, sobre as escolas de samba da região, trouxe mais enriquecimento para entender o que é a comunidade em Guaianases. Falecida em agosto de 2018, Sheila Alice trouxe á tona toda a influência da migração de negros para os bairros da periferia, legado apagado pela branquitude.

O encerramento ficou por conta da Cia. Fragmentos e Batakere, que arrastou o cortejo pelas ruas do bairro e chamou a comunidade para dançar e celebrar o que Sheila Alice chamou de mini Áfricas, o conjunto de comportamentos e costumes que, por mais que o racismo e a branquitude tentem apagar, sempre será característico de comunidades negras, não importa o lugar.

Por Talitha Benjamin

Musical

Palestras

Orgulho Crespo Infantil

E muitas crianças e Grafitti

NOTA

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2 respostas

  1. Sou mãe de Sheila Alice, historiadora, homenageada nesse 1º Festival da Consciência Negra em Guaianases. Esta iniciativa vai ao encontro de um dos objetivos de minha filha, que era dar visibilidade a cultura e memória do Negro na construção da história do Bairro.
    Agora em 2019, partimos para o segundo festival, contamos com a presença de todos que consideram importante mais esta ação.

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