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TRIBUTO AO AMOR PRETO!

Neste texto, lança-se a reflexão de que, talvez, seja preferível ver duas pessoas de etnias diferentes mergulhadas no amor, do que se matando pelo mesmo motivo.

Isto posto, surge a indagação:

O que podemos falar do “nosso” amor? Ou ainda, do amor entre duas pessoas pretas?

A despeito do imaginário e do discurso das elites hegemônicas, nós, pretos e pretas do Brasil, somos pessoas naturalmente bonitas, charmosas, inteligentes e atraentes. À soma disto, somos adeptas do trabalho honesto, da vontade de vencer e de prosperar social e civicamente.

Já provamos que quando oportunidades justas são criadas para a nossa mobilidade social, encaramos os muitos desafios que nos são apresentados com determinação e fibra e, não raro, costumamos a superar as expectativas de olhares outrora duvidosos e desconfiados.

Por razões que remontam à estruturação do processo civilizatório do Brasil, as relações afetivas entre nós, pretos e pretas, foram e tem sido impactadas e afetadas, entre outros motivos, pelo paradigma do status social.

São comuns [embora NÃO SE TRATE DE UMA REGRA ESTANQUE] os casos de ascensão social (entenda-se, robustez em sua sustentabilidade econômica), onde um homem ou uma mulher afrodescendente assume ou opta por uma relação afetiva fora de seu eixo comunitário de origem.

A constituição e dinâmica patrimonial de famílias inter-raciais é um aspecto característico da formação do povo brasileiro, desde o início da História do país.

Contudo, seria ingênuo ignorar a constatação de que somente o fortalecimento das relações de afetividade entre pessoas pretas haverá de se tornar um dos pilares para a efetivação de uma comunidade afro-brasileira mais coesa e uniforme, em sua legítima busca por cidadania de primeira classe.

A constituição, representatividade e perenidade de famílias pretas, conscientes que se tornem de seu legado histórico e de sua herança cultural, podem ser fatores de blindagem do arcabouço de demandas objetivas e subjetivas (dignidade, respeito, igualdade, segurança, emprego, educação, moradia, segurança, etc…) pelas quais a nossa ancestralidade lutou desde quando aqui chegou, e pelas quais nós continuamos a reivindicar em pleno século 21.

Do ponto de vista legal, o Estado Brasileiro tem que garantir os direitos civis dos casais (Afro) LGBT e (Afro) Homo afetivos. E do ponto de vista do amadurecimento comunitário, nós homens pretos heterossexuais podemos (talvez até devamos…) considerar o hábito e a ATITUDE de valorizar, promover, proteger, acompanhar e alavancar o protagonismo e a representatividade das Mulheres Pretas de nossas comunidades no campo afetivo, doméstico, parental, social, econômico, dialético, militante, político, espiritual e afins…

Este artigo propõe que somente com a devida elevação e dignificação da Mulher Preta como “liturgia de Homem Preto”, haveremos de ter, no Brasil, um Movimento Preto efetivo, de resultados, coerente, lógico e legítimo.

O amor entre pessoas de etnias diferentes é bom, bem-vindo e (porquê não dizer?) bonito. Vivemos no Brasil, um país que exclui, subestima e releva as pessoas de pele escura.

Portanto, o amor entre duas pessoas pessoas pretas É LINDO! E também, um ato revolucionário de unidade e resistência.

Que o amor entre a nossa gente também seja a emoção que abençoe e unifique os nossos movimentos!

Um feliz 12 de Junho pra tds NÓS! Por NÓS…”

fotógrafa norte-americana Jade Beall
fotógrafa norte-americana Jade Beall

Por Durval Arantes  

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