A maior parte das pessoas lembra da princesa Isabel quando o assunto é a Abolição da Escravatura. A educação escolar acaba hoje por esquecer tantas outras figuras da história e seu maior protagonista.
No dia 19 de agosto de 1849 nascia no Recife, e particularmente no engenho de Massangana, o escritor, diplomata e um dos maiores estadistas que o Brasil já teve. Filho do senador José Tomás Nabuco de Araújo, era branco e pertencia à aristocracia pernambucana.
Na meninice, filho de senhor de engenho, teve o primeiro contato com a escravidão, sendo profundamente influenciado pela madrinha e pelos escravos do engenho.
Ainda muito jovem formou se em Direito em 1870 seguindo logo carreira diplomática como adido, primeiro em Londres e mais tarde em Washington.
Mais tarde, por orientação do pai, mudou se para a capital do país. Desde pronto defende as bandeiras da monarquia e da abolição da escravatura, causas tão distintas mas que se aproximavam na época. Nabuco pensava a frente de seu tempo. Acreditava, mesmo sob o âmbito da monarquia, num estado moderno sem escravos e com uma grande mão de obra.
Entre 1881 e 1884 viajou para a Europa produzindo, em Londres, “ O Abolicionismo”, sua maior obra. Em 1888, por influência de Joaquim Nabuco, do engenheiro André Rebouças e pressão de diversos setores da sociedade, a princesa Isabel assina a Lei Aurea, documento que abole a escravidão no país. De novo no Brasil, é reeleito deputado por Pernambuco. Com a proclamação da República, em 1889, perde espaço político, afastando-se da câmara.
Dalí até o fim da vida trabalha como diplomata, trabalhando de forma brilhante na melhora da relação do país com os países vizinhos e da Europa. Também nesse período ajuda, junto a Machado de Assis, a criar no Rio de Janeiro a Academia Brasileira de Letras.
Joaquim Nabuco foi peça fundamental na Abolição da Escravatura, sendo um dos maiores estadistas que o Brasil já teve e referência para a atualidade.