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Exposição “Além do Limite” mostra como vencer obstáculos fazendo arte

Aconteceu na última sexta-feira, dia 10 de janeiro, no espaço “Espacio Uruguay”, região central de São Paulo, a exposição “Além do Limite”, com curadoria de Mauricio Moura.

O momento atual do país está levando muitas pessoas a reclamarem e fazerem as previsões mais pessimistas do futuro. É plausível quando olhamos o cenário atual, mas existe um momento que você leitora e você leitor pensa se sua vida é realmente ruim?

Já voltamos a esse ponto, agora falaremos da exposição. Conversando com a responsável do Espacio Uruguay, Carla Mourão e  com o curador da exposição, Mauricio Moura que revelaram ao JE que o que norteou a escolha dos artirtas foram seus talentos e não suas deficiências.  Isso mostra o respeito da curadoria do evento em pensar primeiro na valorização profissional dos artistas.

Os artistas ao longo dos oito anos do espaço, onde ocorreu a exposição, já tinham participado de outras intervenções, nos disse Carla. Isso ajudou na escolha dos profissionais. Ou seja, a seleção foi pelo talento.

Entre os artistas participantes estava Osmar Santos, o ex-radialista e locutor esportivo brasileiro conhecido como o “Pai da Matéria”. Que após sofrer um traumatismo no cérebro, no ano de 1994 e ter parte do corpo paralisado e ter dificuldade na fala, ele acabou impedido de narrar. Assim começou a pintar quadros que hoje são muito elogiados. Alhuns de seus clientes são Ronaldo Fenômeno, Fernando Henrique Cardoso e até Washington Olivetto. 

Dois momentos marcantes na vida do ex-radialista foi ser o “locutor das Diretas” por ser enganjamento politico na campanha  das “Diretas Já”, em mais um capitulo de luta democratica e pedido de eleições diretas para escolha de presidente da república.  E outro momento histórico foi sua narração emocionante do gol, do Corinthians, em 1977 no jogo contra a Ponte Preta, onde o clube do Parque São Jorge estava mais de vinte anos sem levantar a taça do Campeonato Paulista.

 

Um outro ponto que chamou a atenção dos organizadores da exposição foram as trocas de experiências entre os artistas. Deu para notar que existiu, também, em cada obra um sinergia que se fazia presente assim que você adentrava ao espaço, Realmente foi uma experiência renovadora e que emocionou pelo talento das obras e otimismo pelas palavras de cada artista. As obras feitas por mãos, bocas e pés talentosos carregavam superação, fossem elas de deficiências visuais, auditivas, intelectuais, físicas, motoras…

A exposição “Além do Limite”, marcou o encontro da arte de boa qualidade e a vontade do bem viver.  Essa ponte sociocultural que desde as cavernas e tempos imemoriais foi a porta e caminho do diálogo social expressado em amor e comunhão. Um rito que serve como o grito do bem em detrimento as dificuldades. 

Nos disse Mauricio, o curador e organizador:

A “diferença” não faz parte do vocabulário desse nosso grupo de artistas, embora a manifestação artísticas e linguagem sejam individuais e diversas.

A técnica é pessoal, e na maioria das vezes, inicialmente, resultado de tentativa e erro, e não de formações acadêmicas.
As formas, as cores, os tamanhos são distintos, mas o cuidado é o mesmo, e com alto nível de exigência. Com tantos aspectos contrastantes, o que de fato reuniu os participantes dessa Mostra? Todos têm como alvo a perfeição”. E continua, Mauricio: “aqui (na exposição) se construiu uma ponte de igualdade, com alicerces de sonhos realizados.”

E por fim, cada artista além de expor suas obras ainda puderam vender seus trabalhos. E, segundo Carla, mais de 70% das obras foram vendidas, até para compradores de fora do Brasil. E uma das artistas a Cida nos falou o quanto é feliz mesmo com deficiência visual. Ela que tinha tudo para reclamar da vida e parar de pintar após perder a visão, hoje sorri e faz lindos trabalhos.

Nota: 

O Brasil tem mais de 45,6 milhões de pessoas que possuem algum tipo de deficiência, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas apesar das dificuldades ainda impostas, como a extinção da secretaria do Ministério da Educação que cuida da educação de surdos e até calçadas com buracos que atrapalham a acessibilidade de quem tem pouca ou nenhuma mobilidade, existem os avanços que acontecem através de políticas públicas. Por exemplo, existe hoje maior inclusão de deficientes em universidades, mercado de trabalho e até os sites hoje se preocupam mais com a acessibilidade, por exemplo.

Sobre a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), de 2016: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm , A LBI pode ser dividida em três grandes partes:

O Jornal Empoderado deseja e espera que 2019 seja lembrado por um ano que o povo pegou em pincéis, microfones, sapatilhas, versos, rimas, letras, canetas…e mostrou que ninguém vence a cultura, arte e educação.

https://www.youtube.com/watch?v=ihD4Wre7T4c&feature=youtu.be

Fotos: Valdir Gonçalves, do fotógrafo profissional (cadeirante)

 

 

NOTA

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