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COPA DO MUNDO NA RÚSSIA 2018: QUARTAS DE FINAL

URUGUAI 0 X 2 FRANÇA

Faltou Cavani? Faltou raça? Faltou talento? Ou simplesmente o continente europeu está a frente do resto do mundo quando o assunto é futebol? O fato é que a França vem fazendo uma grande copa como a bastante tempo não fazia. Quando entrou em campo para enfrentar o Uruguai muitos ainda duvidavam da geração de Mbappé e companhia. Certamente essa dúvida se dissipou diante da bela apresentação dos franceses que coroaram a campanha quase perfeita até aqui com mais um triunfo e a vaga para as semis. O Uruguai vinha surpreendendo na Rússia apresentando um futebol até então desconhecido mostrando a já conhecida raça celeste mas dessa vez aliada a técnica e talento ainda não vistos em uma seleção uruguaia. Muito se deve ao grande mestre Óscar Washington Tabárez Silva que mesmo limitado por uma enfermidade colocou novas ideias na maneira de jogar da seleção celeste e vinha colhendo bons frutos. Claro que a desclassificação não apaga todo esse belo trabalho, apenas adia para um futuro que promete. Quanto aos franceses, Didier Claude Deschamps vem transformando o estilo de jogo e parece que vai longe na Rússia. Depois da vitória de hoje certamente a França se coloca como a favorita a conquistar a taça. Na partida a França sobrou, jogou mais, dominou as ações, criou chances e fez gols. Varani aos 40 do primeiro e Griezmann aos 16 do segundo tempo definiram o placar e a vaga em favor dos franceses. O Uruguai não conseguiu repetir as boas atuações que o trouxeram para as quartas de final e se despediram da copa. A França vai longe ou será que a Bélgica será capaz de pará-los. Que venham as semi-finais.

BRASIL 1 X 2 BÉLGICA

O sonho do Hexa mais uma vez ficou prá trás e muitas coisas serão ditas, muitas lamentações, muitas decepções com esse ou aquele, enfim, somos brasileiros e sempre achamos que estamos um degrau acima dos demais. Bom, mais uma vez, a grande resposta a tudo isso é: Não, não estamos um degrau acima dos demais e não somos temidos pelos adversários, respeitados talvez, temidos jamais. Essa história de quem vem jogar contra a seleção vem tremendo é história do passado e de um passado bem distante. Aqui nasciam craques, hoje não nascem mais, pelo menos não com a mesma frequência de antes. Nosso esquema de jogo não é mais nosso, imitamos os europeus e imitamos muito mal. Mais uma copa termina e a ideia que se prega é sempre a mesma: fica prá próxima. Não, não pode ficar prá próxima, precisamos repensar, precisamos aprender, precisamos descer do salto e humildemente procurar nos estruturar. Não se ganha uma copa simplesmente achando que vai ganhar. Seleções se preparam uma vida toda sonhando com a taça. O Brasil apenas vai ganhar e pronto. Precisamos reaprender a jogar futebol, com humildade buscar informações, aprender, aprender e aprender. Dar valor aquilo que se faz no país, temos um campeonato nacional muito abaixo da média com jogos de dar sono e times ruins demais, salvo poucas exceções. Enfim perdemos, com todas as dores e decepções que uma derrota em copa do mundo pode trazer. No jogo o Brasil foi melhor, criou mais chances de gol, dominou de certa forma o jogo mas não conseguiu marcar. Coutinho estava irreconhecível, Gabriel Jesus mais uma vez passou em branco e até Firmino que vinha entrando bem, foi mal. Neymar ficou devendo e muito. A defesa, até então elogiada, estava perdida. O gol contra de Fernandinho desestabilizou uma seleção que não sabe sair atrás do marcador. Talvez seja a maldita ideia de que ganharemos a qualquer momento. Pensando assim, quando se toma um gol acaba perdido mesmo. A bagunça na defesa e meio campo era tanta que o segundo gol veio de um contra-ataque que pegou o time de Tite completamente aberto e a disposição do adversário. De Bruyne se aproveitou e mandou um belo chute no canto de Alisson. Mas o segundo gol belga saiu aos 31 do primeiro tempo, ou seja, havia tempo de sobra para buscar o resultado. Demorou, mas Renato Augusto descontou aos 31 do segundo e ainda faltava mais de 15 para o final. Pelo menos três chances foram desperdiçadas e a seleção perdeu. Fim melancólico pra uma seleção que credita em seus craques e não no coletivo a sua força. Tite é formador de time e não bajulador de jogador em particular. Precisamos preparar times coletivamente e abandonar essa ideia de que os melhores jogadores são brasileiros e resolvem quando querem. Ganhamos mais quatro anos para mudar de atitude e, se os 7 x 1 não nos fez mudar, o que aconteceu hoje que seria capaz de fazer? Cenário difícil. A CBF tem outras prioridades, se livrar de processos de corrupção por exemplo. Enfim, precisamos aprender, se vamos ou não aí já é outra história. A nota mais ridícula fica por conta de alguns ditos torcedores que atacaram nas redes sociais principalmente Fernandinho com ofensas racistas. Primeiro que esse tipo de ofensa ou qualquer outra não cabe em uma civilização dita racional. Outra coisa é que Fernandinho não foi o culpado pela derrota. Dessa forma, tudo o que dissemos até aqui sobre a seleção brasileira vale também para a torcida que precisa aprender a torcer. O futebol é, simples e tão somente, um esporte e deve ser tratado assim. A vida segue e, se não aprendermos as lições, ela seguirá sempre do mesmo modo.

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