Passaram-se dias, meses e mais de dois anos até o retorno presencial do maior festival de jogos eletrônicos da América Latina, a BGS (Brasil Game Show). A última edição ocorreu em 2019, pré-pandemia de COVID 19. A ansiedade de muitos estava estampada nas faces e nas mentes daqueles que preparavam suas fantasias cosplay, passaram a pandemia na jogatina eletrônica e nos jogos de tabuleiros e cartas; ou ainda assistindo a produções cinematográficas ou televisivas nas mais diversas plataformas de streaming.
As fantasias cosplay podem ser relacionadas ao mundo dos Games, mangas, animes ou da cultura pop ocidental em geral. Uma fantasia divertida de em sua maioria jovens e adultos que brincam extravasando suas ansiedades, alegria, frustrações e até tristezas em momentos apoteóticos cujos “deuses” poderiam ser os criadores dos jogos, personagens, atores e dubladores e até mesmo jogadores profissionais.
Nessa edição de 2022 vimos pelo menos dois anos de evolução e avanços tecnológicos nos jogos, periféricos e equipamentos e no desenvolvimento mecânico e visual de jogabilidade e design gráfico. Mas, ainda observamos o recorte étnico-racial e social dos participantes e visitantes de acordo com o fosso social que impera no Brasil. A pobreza exclui muitos da participação de eventos como esse e faz morrer fantasias e sonhos de alguns, mas instiga outros a compartilhar e apresentar esse mundo aos excluídos. Que tal promover a ida de algum excluído na edição de 2023. Vamos pensar e planejar isto?!
Vilmar Junior – Historiador e Artista Visual