O presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol Association) Gianni Infantino pediu proibições de presença de torcedores racistas e derrotas automáticas para os times dos torcedores que tenham condutas “abomináveis” após casos de racismo na Itália e Inglaterra essa semana.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) promete punir os envolvidos em atos de racismo com uma série de sanções, dentre das quais a perda de pontos para os times envolvidos com esse tipo de crime.
O torcedor vê o futebol como uma válvula de escape das suas frustrações na vida, é um prazer indescritível, capaz de isolar do que a sociedade, pois ele se acha no direito de querer ofender qualquer integrante do time rival, como se fosse um ritual para saciar o seu desejo de ser vitorioso pelo menos naquele momento.
Só que o racismo como todos sabemos é um crime mortal que destrói tudo que passa, sem nenhum pingo de dó e já passou da hora de se ter uma conscientização nacional de evitar esse mal que carrega esse país há 524 anos.
Vimos casos isolados que os times foram punidos, mas o principal foi o Grêmio em 2014, no jogo contra o Santos na Copa do Brasil diversos integrantes da torcida fizeram ofensas raciais ao jogador Aranha, com isso o time foi eliminado da Copa do Brasil, muitos acham que só teve essa punição por ter vivido um ano de Copa do Mundo no país e que precisava dar uma resposta exemplar a esse tipo de crime.
Muitos falam que os times não tem responsabilidade de ter torcedores racistas, mas o time é o principal elo que o torcedor tem com o futebol e por isso a responsabilidade é triplicada, com isso os times poderiam fazer campanhas intensas e sinceras (pois sempre acontece campanhas oportunistas) além de precisarem serem profundas contra o racismo, contratar historiadores, sociólogos, pensadores negros e porque não pessoas comuns para ensinarem a toda a gama dos times (jogadores, torcedores, dirigentes, funcionários do clube, etc.) a como combater o racismo de uma maneira definitiva.
Pois como já disse o historiador Diego Tonini, doutor em História Social pela FFLCH-USP “As pessoas não se assumem racistas. Casos assim são sempre ‘excepcionais’, ‘nunca’ fazem parte de uma prática costumeira. Essas são as justificativas”, ou seja, a hipocrisia é latente em nosso país, por isso os times precisavam de fato tomarem a atitude de fazer esse trabalho contra o racismo, tenho plena certeza de que seria um passo importante para a igualdade racial acontecer no país e se eles não pensassem em ter essa consciência no país, poderiam em fazer esse tipo de trabalho pensando no próprio umbigo que seria a de não serem punidos pelas Federações ou pela CBF.