Sendo bem objetivo, tanto as mudanças na previdência quanto a terceirização da forma como propostas pelo Governo Temer são notórios atentados aos direitos sociais do povo brasileiro.
Trata-se de uma agressiva escalada para desmontar o nosso sistema de proteção social, precarizar mais ainda as relações de trabalho e em última análise, deformar a constitucional federal.
26,8% dos trabalhadores do País são terceirizados e recebem, em média, 24,7% a menos. Além disso, 60% dos terceirizados ganham até dois salários mínimos e apenas 2,9% ganham acima de 10 salários mínimos. Os terceirizados trabalham, em média, três horas a mais por semana.
Enquanto a permanência no trabalho é de 5,8 anos para os trabalhadores diretos, em média, para os terceiros é de apenas 2,7 anos. Em um único ano, das 79 mortes ocorridas no setor da construção, 61 foram de trabalhadores de empresas terceirizadas.
Em suma, que os patrões chamam de terceirização, não passa de precarização. Também, está tramitando no Congresso Nacional a PL257 que pode demitir servidores públicos concursados.
Não existe um projeto de nação. Existe um projeto que consiste unicamente em saquear os cofres do Estado, transferindo recursos do orçamento da área social para o serviço da dívida pública. Todas as medidas (reforma trabalhista, da previdência e PEC dos gastos públicos) servem para desviar recursos da saúde, da educação e da aposentaria para os parasitas que consomem as reservas produzidas pelo conjunto da classe trabalhadora.
Barrar as reformas passa necessariamente pela retirada desses golpistas do poder. Eles já demonstraram que não querem diálogo algum. Ou saímos à ruas e barramos esse projeto, ou amargaremos décadas de sofrimento. O futuro está em aberto, não sabemos quem irá vencer a luta. O que não dá é para morrer de joelhos.