Este é o texto 002018, diria nosso menino de tantas trincheiras. Que ao se acidentar não deixou se abater e continuava sua cruzada jornalística informando a todos (as) sobre tudo que ocorria no pais politicamente. Estamos falando do Cidoli que parte para Portugal em nova jornada em sua eterna militância.
Aparecido Araújo Lima, ou simplesmente, Cidoli que foi por muito tempo profissional da Editora Abril e depois dedicou sua militância no Barão Itararé sai do Brasil como o guerreiro verde, amarelo e vermelho que teve como seu calcanhar de Aquiles uma flecha chamada: golpe. Os alvos dessa flecha ainda se recompõem, outros se reconstroem e muitos ainda lutam e sobrevivem nessa batalha que Homero classificaria como “heróicos brazucas”.
Aretê é uma palavra grega que trata da virtude. Dialoga com o princípio de herói que vai à guerra e pelo simples fato de lutar a guerra se torna virtuoso. A ideia não é vencer a guerra, mas estar nela e lutar de forma mais honrosa possível.
Cidolis é um jornalista do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé com décadas de dedicação a causa do povo e da mídia independente. Hoje ele sai como o herói grego que fez da sua pátria sua missão de luta não foi em vão, pois é sabido que ele vive para ajudar os vulneráveis e ajudou a mídia independente ser respeitada.
Em uma conjuntura tão adversa na qual perdas se sucedem, algumas vitórias são inquestionáveis. Uma delas é que a real herança que se deixará para gerações futuras é que o golpe não venceu, sim não venceu. Ele tomou o poder, bens e ceifou algumas ótimas vidas, mas não arrancou a determinação, a criatividade, a esperança e vontade de um mundo melhor em quem acredita no direito universal humano.
Cidoli lutou sua guerra e sai com a missão cumprida. Outros continuam empunhar suas armas contra esse sistema opressor, inculto, manipulador, escravocrata e higienista. Diferente dessa corja nefasta que tomou o poder esse brazuca que vai para Portugal sai pela porta da frente.
A tempestade pode ter maltratado algum dos bravos militantes, mas há de nascer a primavera com novas flores. E quando ela chegar essa terra que hoje sangra se tornará mais forte e unida com o protagonismo do povo para o povo. Pois números são frios, mas a mão estendida é quente e é o que move esse relógio social. As horas passam e o tempo dos déspotas está contado.
Cido faz lembrar que se vive a era das perdas. Um dia se acorda e descobre que a Caros Amigos acabou. Não se ouviu lamentos, parecia o prenúncio de algo.
Há pouco tempo a chama da esperança da política do povo para o povo leva uma derrota quando assassinam mais uma guerreira que fez da Maré seu campo de batalha.
O raio caiu mais uma vez e assim aniquilou as forças desse guerreiro brasileiro. Viajará a terra de Camões e como o poeta lutara a luta pela escrita. Sabemos que receberemos suas notas afiadas.
Ele é a nossa Reuters da esquerda e sabemos que não nos deixara órfãos. Só irá acalmar o corpo na sua terra mãe.
Nota que fica que uma parte do povo não possa optar pra sair dessa escravocrata nação. Posto isso, só resta pros pretos (as) lutarem aqui juntamente com os favelados e aqueles que aqui ficaram não por opção, mas por obrigação.
Chorou-se pela rosa guerreira da Maré, perdeu-se a primeira revista a esquerda e hoje parte um filho da luta que o corpo já dá sinais de cansaço, mas como as duas primeiras deixa um legado que devemos endurecer, gritar, subverter, exigir, mas sem perder a ternura jamais.
Respostas de 2
Linda e merecida homenagem à este fantástico guerreiro, amigo e militante. Sim, sentiremos falta desse que, sem dúvida é único , especial e muito, muito querido !!!❤️❤️❤️
Obrigado por ler a matéria Cristina. O Cidoli é uma pessoa fantástica!