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As mulheres no Forum Social Mundial 2018

 

 

O FSM poderá ser um marco de luta para a causa feminina. Os Jornalistas Livres acompanharam diversas atividades onde as protagonistas foram mulheres. Andando pela UFBA – Universidade Federal da Bahia, notava-se que o em quase todas as atividades sempre havia mulheres em ação, e todos os estilos, etnias, idades e até credos.

No prédio PAF III ocorreu um bate-papo intitulado “Mulheres no Hip Hop” que contou com a presença da paulistana Mc Sharylaine, a rapper Taz Mureb, do Rio de Janeiro além de grafiteiras, dançarinas e até um grupo de teatro feminino. Porém alguns fatores negativos foram observados quando estava se encerrando a atividade das palestrantes. Houve um pedido de entrega do espaço que elas ocupavam de forma um tanto apressada e sem a cordialidade que elas mereciam.

E o mais grave ficou pela denúncia feita por integrantes do integrantes do “RapDiMina ” que afirmaram que a promessa de estrutura para o show que fariam a noite não foi cumprida. Assim tiveram que se apresentar em condições precárias e até desrespeitosas, na visão dessas profissionais da cultura Hip Hop.

A qualidade ruim do som afastou o público e gerou revolta entre elas. Espera-se que para o próximo Fórum a organização seja mais sensível as causas dessas batalhadoras.

Já no período da tarde um papo sobre como os homens tratam mulheres e como lidar com temas sensíveis as mulheres como violência doméstica. A Professora Asenate Franco e sua oficina sobre: “Violência de gênero contra mulheres negras para além do imaginário social.”.

Arsenate deu uma verdadeira aula para as mocas e mulheres em sua maioria, e homens que aprenderam muito sobre universo da mulher que não aceita mais ser tratada como objeto.  

Já no fim da noite, mais uma aula agora com a professora emérita da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, que é uma das integrantes da comissão que elaborou o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) para as bases curriculares da proposta da Lei 10.639, que exige estudo de cultura africana nas escolas. Uma luta que dura há muito tempo e nem deveria existir, pois é um absurdo ainda existir briga para que se saiba sobre a cultura, costumes e hábitos africanos, enquanto existem escolas com ensino europeias e norte americanas.

E outra, o Continente africano é berço da humanidade. Dali saíram tecnologias que até hoje são usadas. Sendo assim, estudar sobre a história africana é estar ciente de uma grande parte da história do mundo. A professora ainda contribui com o debate quando expõem que não deseja que se negue a cultura europeia por exemplo e sim que se valorize e saiba sobre a cultura do povo negro(a).

Houve muitas manifestações pensadas por mulheres e que foram destaque. Como a réplica da casa de Carolina de Jesus feita pela professora da UFBA , Sandra Marinho, que foi um dos lugares mais visitados na Universidade. O trabalho minucioso da professora deixou tudo muito realista (o barraco onde morou Carolina e filhos), com destaque para a obra da grande autora que foi Carolina de Jesus.

Sem contar a marcha em memória da Marielle Franco e Anderson que emocionou Salvador, assim como foram todos os atos em homenagem a esta vereadora militante negra e lésbica que virou hoje símbolo de luta de um povo.

Um último evento com protagonismo feminino foi o que contou com torcedores de futebol do Brasil todo discutindo “A luta pelo Futebol Popular nos clubes e Arquibancadas”, no Pavilhão de aulas da Federação IV ( PAV IV), Ondina, na sala 306.

Dentre os vários temas abordados,  um  deles  “A resistência feminina na arquibancada” que contou com uma ótima intervenção da torcedora Bea, do Bahia que fez uma dura crítica ao que é o condicionamento da mulher no estádio. Ou seja, ela serve para ser do social ( administrativo) das torcidas e dos clubes, mas não podem ser diretoras ou integrar a bateria dessas mesmas torcidas que elas dedicam a vida.

A luta é dura, mas para o homem que parou no tempo, saibam que elas tomaram a cena, falam com propriedade acadêmica e têm vivência.  Respeitem as Minas!

NOTA

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