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Que tiro foi esse? O tiro não foi nada…

A ação contra a caravana do Lula, o tiro não é o fator principal e nem deve ser preponderante sobre a intencionalidade do evento, podendo ser  o tiro, apenas o mais letal dos instrumentos utilizados para agressão física, moral e constitucional.

O tiro é uma consequência de um ato de desgraça moral,  é a graça da brutalidade total.

Esse ato lembra os atos promovidos pela direita, como os feito pelo MBL e Bols.nar. Um atentado contra uma politica que beneficia os mais pobres, vulneráveis e visa uma disputa partidária da forma mais suja possível.  Contudo a tentativa fracassada deles de fazer um contra-ato em Curitiba em uma praça era um ato político legítimo, de tentar levar mais gente para a rua… Ninguém foi.

A interrupção pelas vias da violência como foi mostra que a ideia é apenas e exclusivamente ferir com pedras, barras de ferro, armas, ovos e tiros como forma de realmente tirar do jogo politico um adversário que eles transformaram em inimigo.

Não se extrai desse ato violento, uma frase alvissareira de justiça, um gesto de ideais nobres ou ideias promissoras. Nada de bom se vê, ouve ou aprende. Foi puro ódio transferido em desejo de ferir, matar e impedir a liberdade de opinião.

Uma tentativa de linchamento de classe, não apenas do Lula, mas de qualquer um que concorde com ele. Tais prerrogativas são tristes, infelizes e são tão ruins quanto aquilo que dizem ser contra.

Qual sentido de tentar fechar a estrada? Ovadas e pedradas como repudio, você pode atirar na caravana em movimento. Parar o alvo, para atacar é estratégia de extermínio de comboio. Reunir as armas e apontar é perigoso, mesmo que essas armas sejam pedras, pregos e barras de ferro.

Jornalistas nacionais e internacionais poderiam ter morrido, não apenas pelo tiro, mas pelos pneus furados, pelo estado de nervos e psicológico alterado do motorista, o qual com medo poderia ter tomado atitudes erradas, e até ter tomado uma pedrada ou atropelado alguém. E o que o motorista tem haver com a história?

Por aplicativo de celular, um grupo evoluiu de ovos para balas, nesse grupo seleto, organizado de forma secreta para não vazar, intencionaram fazer agressões, e não um protesto.

Aqui reafirmo a intencionalidade ser pior que a ferramenta. Imaginem, 50 pessoas impedirem com tratores   um comboio de andar. Escolher um alvo e com as mãos linchar um carro ou ônibus. Essa intervenção de ódio cívico, já é de altíssima gravidade, e a letalidade das armas e o risco contra a vida só aumenta o crime; cuja barbárie completa existe na base da única motivação desse agrupamento.

Mas, até onde vai o uso da força e da violência em um protesto? Enquanto mais longe de crimes contra a vida melhor.

Uma coisa é uma comunidade invisibilizada, tentando um canal de comunicação com o poder público ou a mídia e nunca ser atendida. Em contexto de urgência, esgotadas as alternativas de tentativas de diálogo, pegam um ônibus vazio e põe fogo para ser vista e escutada. Para protestar nesse contexto, entende-se a necessidade de escuta negada e um ato exagerado para reivindicar algo, seja justiça, saneamento básico prometido e nunca entregue, e etc. Ninguém estava sendo ameaçado, ninguém sai ferido, é apenas prejuízo material, por uma causa que a comunidade entende ser de extrema importância.

Às vezes, passeatas contrárias se cruzam, e entre  os mais exaltados de cada lado pode ocorrer confronto físico pontual. Mas a intenção das pessoas ao sair de casa era  reivindicar pelo que elas acreditam.

Outra coisa, é sair de casa armado para ferir.  Parece muito difícil crer que um aliado de Lula estivesse ciente desse ataque. Creio que se estivesse ciente, divulgaria nas redes, avisaria para policiais e para o Partido dos Trabalhadores, para fazer rota preventiva e o próprio partido criaria uma estratégia de escolta e proteção. E além do mais, um ato unicamente agressivo, exclusivamente violento, intencional de apedrejar cabe sim um atirador nesse contexto, porque duvidar?

Caso alguém do ônibus se afastasse; descesse e  atirasse no próprio ônibus, provavelmente seria visto e filmado. E estaria em risco de ser linchado. O tempo e o trajeto de sair  do ônibus se posicionar em 3 pontos distintos, disparar, voltar para o ônibus ou carro seria entre 3 a 6 minutos , e  alguns dos agressores o veriam. Seria muito risco e pouco provável ninguém filmar e observar um comboio esperado e monitorado pelos agressores.

Se você aprova essa barbárie, saiba que sua civilidade já foi corroída, que seu senso de justiça, já virou justiçamento e que uma democracia não pode conviver com essa permissividade.

Mas e tudo o que o Lula fez de mal para o Brasil?

Pare e pense, você tem o mesmo direito de achar que ele fez mal para o Brasil do que 51% dos eleitores tem de dizer que ele fez bem. Isso é liberdade de opinião. Discordamos, mas não calamos, e nem silenciamos os que discordam de nós; e o Lula está sendo julgado pela lei, onde concordar ou não também é um direito de cada um.

Tão triste quanto a violência impressa contra a caravana, que beira ao fascismo covarde; é ver um policiamento incapaz de ter inteligência preventiva. Em um país dividido como o nosso,  lideranças de opinião que despertam paixões,  por si só já deveriam estar sob um maior cuidado da Polícia Federal; isso vale para Lula, Aécio Neves, Bols.nar. e inúmeras outras lideranças.

Nem vale a violência contra a caravana, e nem a da policia contra os violentos. Precisamos ser contra a violência; não usando a violência, acabaremos com a violência.

Em fases de cólera; frases como essa última, óbvia, nítida e até engraçada, parecem ter que ser repetidas mil vezes para que possamos entender que dessas táticas não mudará nada, não trará solução alguma e nem curará o ódio semeado nesses corações.

Embora todas as vidas importem igualmente e muitos atentados existam. É muito relevante o dado inédito que nunca antes na história desse país houve tão grave atentado contra um ex-presidente ou um candidato a presidente.

Nunca se viu tamanho desrespeito as leis e a liberdade de opinião por parte da população.

Nasce então nesse dia um capitulo inédito, que esperamos que acabe rápido, sem tragédias políticas.

Caro leitor se para você; se foi tiro ou não, ou, saber quem deu o tiro for mais importante do que a intenção violenta e virulenta do ato. Do que o desejo em si de ferir, coagir e impedir a liberdade de opinião e o direito de ir e vir desse agrupamento. Ao menos proteja-se contra o excesso de Fakenews.

O Monitor do Debate Político no Meio Digital, que mapeia os conteúdos mais compartilhados e com mais interação na rede social ligado à USP coordenado por Pablo Ortellado,  professor de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo, descreve sobre a veracidade das informações no El País: Ver FakeNews

 

NOTA

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6 respostas

  1. Voce disse tudo.
    Mas uma vez parabéns pela matéria.
    Pena que esse País é encoberto e está sendo dirigido por essa burguesia podre.
    Que faz de tudo para combater os que querem ocupar o Poder, ainda mais qdo os ideais são totalmente diferentes dos deles.

    1. Que bom que gostou do texto.
      Vamos continuar criando textos reflexivos que possam dialogar com todas pessoas e quem sabe um dia produzir um consenso do quê é justiça e jutiçamento. A matéria foi editada, pode reler se quiser.

  2. Quaisquer políticos, até mesmo rivais ideológicos, se manifestaram em repúdio aos atos violentos, pois entendem que se fazer silêncio é o mesmo que liberar o passaporte para uns atirarem nos outros. Estamos um pais livre e democrático, portanto Lula está sendo julgado (mesmo que parcela da população ache injusto) não se vai atirando por ai ou impedindo as pessoas de irem e virem e muito menos atirando nelas. Bols.nar. causa repulsa e nojo por suas falas e ideias malignas, e isso não dá o direito a ninguém de tentar contra sua vida. Esse texto é elucidativo quanto a exemplificar como funciona o estado de direito.

    1. Bem vinda, ao nosso jornal.
      Seu comentário é muito importante para todos nós. Juntos podemos refletir e colaborar para harmonizar situações tão adversas.

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