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Futebol, espelho da sociedade! Intolerância e violência!

Ontem tivemos alguns exemplos que o futebol é um grande reflexo da sociedade, dando eco a violência e a intolerância que podemos observar nas ruas, nas redes sociais e em todos os lugares na atualidade.

Hoje a intolerância faz parte do nosso cotidiano, seja em brigas de trânsito ou amizades de décadas sendo desfeitas por preferências partidárias até alunos agredindo professores em escolas. Hoje qualquer debate vira intolerância e violência. Discussões que viram pancadaria simplesmente por não concordar com uma opinião diferente.

A discussão do momento dentro do futebol é sobre a provocação. Atletas fazem gols, provocam e devido a sensação de impunidade e a intolerância, as situações se repetem.  Vamos aos fatos:

1 – Comemoração de Vinicius Junior em uma partida entre Flamengo x Botafogo, que rendeu uma pequena confusão e um cartão vermelho ao atleta

https://www.youtube.com/watch?v=vZnBoMsBwFc

2 – Jogador do Operário agride gandula em um clássico Sul Matogrossense por comemorar um gol

https://www.youtube.com/watch?v=iDqCyDCl7ak

3 – Jogador do Bahia provoca a torcida adversária com dança e intimidação

https://www.youtube.com/watch?v=nU5jLEXxC8k

Notem que o que causa a atitude do goleiro não tem como ponto de partida a dança. Tive o cuidado de pegar a imagem para ver que quando o jogador dança,  o goleiro está de costas para ele. O atleta Vinicius do Bahia já comemora dessa maneira há muito tempo. Depois da dança, o atleta em questão intimida com gestos e dizendo “Eu sou Pika…”

Essas reações não são comuns, mas refletem a ausência de educação de um povo que reflete em todas as áreas, inclusive no futebol.  Provocações se multiplicam e devido a intolerância, facilmente viram pancadaria. Algumas provocações, como a do Vinicius, por exemplo, não tem grande repercussão, o jogador acaba sendo punido com cartão amarelo. O Gandula, por exemplo, foi punido por comemorar o gol da sua equipe (é goleiro das categorias de Base do Comercial). A punição para ele deveria, no entanto, ser a exclusão do jogo por parte do árbitro.

Redes sociais espalhando o ódio, provocações de todo o lado. É preciso acabar é com a sensação de impunidade, de que nada vai acontecer. Agressão é sempre, em todos os casos, uma reação completamente injustificada. A reação a provocação é completamente desproporcional a reação, sobretudo nos dois últimos casos.

Quando punimos as atitudes provocativas, tem uma turma da intolerância que acha que o futebol é “sem graça”, citando Túlio, Romário e etc… Essas pessoas em geral são jovens e só viram essas imagens no Youtube. Eram outros tempos. Ainda sim algumas provocações terminavam em brigas. Nessa década, a educação no país não era tão sucateada como é hoje e havia uma tolerância a brincadeiras e punição severa aos excessos.

O futebol tem regras e o país tem leis que devem ser aplicadas nesse caso. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê nesses casos:

1 – Caso de provocação

Art. 258-A. Provocar o público durante partida, prova ou equivalente. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).

PENA: suspensão de duas a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).

2 – Agressão

Art. 254-A. Praticar agressão física durante a partida, prova ou equivalente. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).

PENA: suspensão de quatro a doze partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de trinta a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).

  • 1º Constituem exemplos da infração prevista neste artigo, sem prejuízo de outros:

I – desferir dolosamente soco, cotovelada, cabeçada ou golpes similares em outrem, de forma contundente ou assumindo o risco de causar dano ou lesão ao atingido; (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).

Temos que aplicar a regra, para diminuir o impacto. Está mais do que no momento de se tomar um posicionamento claro como sociedade contra esses atos. Inclusive responsabilizar criminalmente os agressores, no caso do gandula e no caso de Salvador.

Isso também não pode se restringir as pessoas físicas envolvidas, mas também aos clubes, que procuram encobrir ações irresponsáveis de seus atletas. Se não for tratado, seguirá a sensação de impunidade e coisas piores ainda virão. O jornal Empoderado repudia essas ações e cobra as autoridades envolvidas (Federações, Justiça Desportiva e clubes)  a tomarem as medidas para todos os envolvidos, aplicando a Lei para quem provoca e quem agride.

Pelas informações que temos, o atleta Jeferson que agrediu o Gandula foi afastado de maneira definitiva e não vestirá mais a camisa do Operário. O primeiro passo já foi dado.

NOTA

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