Revisão e Edição: Tatiana Oliveira Botosso
O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores crises naturais de sua história recente, com enchentes devastadoras que deixaram comunidades inteiras submersas e uma contagem crescente de vítimas. As chuvas torrenciais que assolaram o estado resultaram em inundações generalizadas, deslizamentos de terra e uma situação de emergência que mobilizou autoridades e equipes de resgate.
O governador Eduardo Leite (PSDB) expressou preocupação com a possibilidade de que os números já alarmantes de mortos e desaparecidos possam aumentar ainda mais nos próximos dias. “Esses números podem mudar ainda substancialmente ao longo dos próximos dias, na medida em que a gente consiga acessar as localidades e consiga ter a identificação de outras vidas perdidas”, afirmou o governante.
A capital, Porto Alegre, foi duramente atingida pelas inundações desde sexta-feira (03), no centro da cidade, carros com autofalantes alertavam sobre o perigo, pedindo para a população abandonar suas casas. Houve cancelamento de viagens de ônibus devido ao alagamento da rodoviária e fechamento do Aeroporto Salgado Filho, por causa do elevado volume de chuvas, que agravaram ainda mais a situação, deixando muitos moradores isolados e incapazes de se locomover.
As ruas da capital gaúcha estão interditadas, e a Avenida Castelo Branco, uma importante via de saída, está parcialmente desabada. Equipes de resgate, incluindo a Defesa Civil, bombeiros e até mesmo o exército, estão realizando operações de salvamento, resgatando pessoas em áreas inundadas utilizando barcos.
No interior do estado, a situação é igualmente desesperadora. Devido à geografia acidentada, com áreas próximas a encostas de morros e rios, os danos são ainda maiores. Cidades inteiras estão sem água e luz. A falta de internet também dificulta a comunicação, deixando familiares sem notícias. E a defesa civil atualiza os números de desaparecidos que a todo momento aumentam, mas como existem áreas sem comunicação esse números podem ser ainda maiores.
Os impactos das enchentes também atingiram o sistema prisional do estado, com pelo menos seis casas prisionais enfrentando sérios problemas, incluindo o ilhamento de detentos. Cerca de mil pessoas presas tiveram que ser transferidas para garantir sua segurança.
Os números divulgados pela Defesa Civil são assustadores: 132 desaparecidos e 361 feridos. Mais de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pelos temporais. Há mais de 203,8 mil pessoas fora de casa. Desse total, 48,1 mil estão em abrigos e 155,7 mil continuam desalojados.
Relatos de moradores:
Recebemos depoimentos de duas moradoras sobre a situação precária causada pelas enchentes:
“Precisamos de água, comida, produtos de higiene e de limpeza. Estamos com vários pontos de coleta de doações. Muitas famílias perderam tudo. Todos os acessos estão bloqueados pelas águas pelos deslizamentos, ninguem entra ou sai. Está começando a faltar comida nos mercados.” – Mônica Kinczikowski dos Santos
“Olha só, a minha região onde eu moro não foi tão afetado, tá? As águas não chegaram, eu sofri, não teve enchente aqui na região onde eu moro, mas próxima da minha casa a devastação foi bem grande Tem bastante volume de água ainda, tá bem complicado e agora a gente tá começando a ter falta de água potável. Mas eu acredito que eu não sou uma das mais afetadas, sabe? Tem outras pessoas que estão passando por muito mais dificuldade.” – Professora Perla Santos
QUER AJUDAR?
Seguem alguns pedidos de ajuda que foram divulgados na internet:
Quilombo dos Machado e da Federação dos Quilombos no RS
CUT/RS e Sindicário dos Bancários de SP
Neiva, presidenta do Sindicato dos bancários, em solidariedade às vítimas da maior tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul infirmou que a CUT/RS está recebendo doações. Para doar via pix ou levar em pontos de coletas clique aqui!
🆘 Movimento Funk solidariedade aos irmãos(ãs) de Rio Grande do Sul.
Você também pode doar alimentos e roupas. Nosso endereço fica na Av. Conceição, 1923 – Zona Norte de São Paulo.
Cozinha Solidária
Para quem quiser ajudar o Rio Grande do Sul doe para Cozinha Solidária no PIX: enchentes@apoia.se. Mais informação entre no site aqui!
Frente Nacional Antirracisa / CUFA – Central Única das Favelas
Associação de Moradores do Residencial Dom Ivo Lorscheiter – AMDIL e Prerrõ
“Pessoal, o Grupo Prerrogativas está ajudando a arrecadar doações e envio de ajuda para a “Associação de Moradores do Residencial Dom Ivo Lorscheiter – AMDIL”. Gentileza enviar os comprovantes para o número: 11 99187-9603. Responsável: Marco Aurélio de Carvalho
Nu Pagamentos S.A / Agência 0001 / Conta 729511596 / Banco 0260 / CNPJ 24810134/0001-36
PIX 55 991949669 ~ Maria Isabel Pereira Dutra
Obs: Os recursos serão utilizados nas compras de: Colchões, Material de limpeza, Cobertores e Higiene Pessoal. Associação é seria e está trabalhando sob supervisão da equipe do Governo”