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Somos espelhos da vida que vivemos e como tal refletimos em nossos herdeiros, consanguíneos ou não, aquilo que somos. Quando digo espelhos da vida que vivemos, me refiro a tudo, não apenas a dura realidade que muitos vivemos, seja numa infância desfasada por ausências ou escassez, seja por uma percepção do que essa ausência ou escassez representou sua vida toda.

Lhe faltou o pai na mesa a noite, mas foi para que tivesse a comida ou apenas porque o mesmo faltou? A mãe que era dura em palavras e dizia: “estude meu filho, a vida não lhe será tão generosa quanto eu!” Esta o fazia porque seus própria vida fora dura demais ou porque apenas queria que você parasse de desperdiçar tempo com coisas que não acrescentariam com sua formação enquanto pessoa?

Tudo na vida tem mais do que apenas um lado e quando falamos da criação de crianças, especialmente de crianças pretas, periféricas ou não, o que geralmente encontramos é um cenário de cobranças excessivas:

“Seja sempre 2 vezes melhor!”

“Faça mais em casa!”

“Se arrume bem para não ser seguido por seguranças em loja!”

“Cuidado com o comportamento.”

“Você precisa passar despercebido, apenas por ser preto já chamará a atenção”

“Apenas lhe digo isso para que nunca tenha que passar pelo o que passei.”

E é verdade. Muitas vezes nossos pais pretos nos feriram em palavras, mas na tentativa de nos educar e preparar para a vida no mundo real, pois eles sabiam que, independente da condição social, nós pretos somos testados pela sociedade diariamente na tentativa de nos provarem o nosso não pertencimento em todas as esferas e fazem isso das maneiras mais dolorosas, seja com olhares diretos ou indiretos que transmitem a indagação sobre o que fazemos em determinado local, seja questionando nossa capacidade intelectual, seja nos batendo a porta das oportunidades na cara de forma a nos levar a acreditar que nossos caminhos são limitados, mas limitadas é a visão do homem que acredita ser uma coisa só ou que não há no mundo espaço para mais, para sair do padrão e ganhar a vida, para se transformar naquilo o que quiser. Por isso quero lembrar a você, leitor, seus filhos, seus reflexos.

Podemos e devemos trazer nossas dores para nosso contexto de vida, compartilhar inseguranças, mas devemos também mostrar nossas potencialidades e nossas armas para lutar contra o sistema e, aos poucos, no lugar de “não pertenço a esse lugar”, pregaremos mais pensamentos do tipo “me esforçarei para chegar onde eu quiser, pois vi meus pais lutarem para que assim o fosse.

Sim, seu reflexo pode ser invertido, pode lhe mostrar detalhes que perdera em momentos de dor ao contemplar a própria imagem, mas é disso que a vida é feita, os nossos são a evolução de nós e nós somos a evolução do reflexo dos que nos educaram.

E aí?

O que você deseja passar para a sua próxima geração?

Nos unindo somos mais, nos incentivando podemos ser tudo.

NOTA

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