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Pesquisa mede opinião dos paulistas sobre a relação entre pauta racial nas redes sociais e ofertas de emprego

Após manifestações por Vidas Negras em 2020, as empresas estão revendo as questões raciais internamente.

Atentos ao aquecimento no mercado de trabalho, pessoas negras têm buscado capacitação profissional e relatam novas oportunidades

A eclosão do entendimento de raça que remete principalmente ao ano passado, após o assassinato de George Floyd e as manifestações pelo mundo, também está chegando nas empresas. Segundo a Cia de Talentos, a contratação de jovens negros para estágio e trainee mais do que dobrou em 2020. O aumento foi de 118% de janeiro a dezembro de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019.

Com esse cenário, o Outdoor Social, mídia OOH especialista em comunicação para a periferia, realizou uma pesquisa para entender o que a periferia pensa sobre a influência da pauta racial e os desdobramentos no mercado de trabalho. Cerca de 10 mil pessoas que passaram por terminais movimentados de São Paulo, como Grajaú, Parque Dom Pedro, Vila Nova Cachoeirinha, Tiradentes, entre outros*, responderam à pesquisa através da rede Power-Fi, responsável por fornecer wi-fi para esses terminais da SP Trans.

Pessoas respondendo à pesquisa

Entre os entrevistados, 64% acreditam que a presença da pauta racial nas redes sociais tem influência no aumento de oportunidades para pessoas negras. Andressa Santos Monteiro, de 17 anos, residente de Itaquera, Zona Leste de São Paulo, foi recentemente contratada como jovem aprendiz em uma empresa internacional de tecnologia, e concorda que a discussão do tema racial gerou um novo comportamento no mercado. “Na vaga que me inscrevi, estava bem evidente a prioridade de contratação para pessoas negras, uma forma de buscar mais equidade dentro da empresa. Acredito que as empresas estão olhando de uma forma diferente por conta desses acontecimentos recentes. Eles pararam para olhar mais para nós, jovens negros da periferia”, conta.

Outro dado da pesquisa revela que, entre os entrevistados, 65% acreditam que os critérios de seleção como idiomas, faculdade, curso técnico, entre outros, dificultam o ingresso de pessoas pretas em grandes empresas.

Sabendo dessa defasagem de ensino, o Instituto Ser +, organização sem fins lucrativos que trabalha com capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade social, está com projetos específicos para jovens pretos e pardos em parceria com grandes empresas como Itaú, Deutsche Bank e Câmara Brasil-Alemanha. As capacitações incluem ensino de línguas (inglês), mercado financeiro, tecnologia, entre outras aptidões.

Jovem estudante do Instituto Ser +

“O instituto nasceu com o propósito de favorecer a inclusão, o protagonismo e equidade social para todos os jovens. Dentro deste contexto, aproximadamente 70% da população é composta por negros (as), então atender essas diversidades sempre foi essencial nos nossos projetos. Além disso, desde o ano passado, recebemos muitas demandas para investimento em desenvolvimento humano e profissional para jovens negros, bem como, para o encarreiramento profissional, sobretudo em grandes empresas”, conta Ednalva Moura, Diretora de Educação e Diversidade do Instituto Ser +.

Vagas de Liderança

O estudo também aponta que 39% dos entrevistados afirmaram que existem pessoas negras em cargos administrativos e de liderança na empresa onde trabalham. “Acredito que o cenário atual de maior conscientização sobre a pauta racial está mudando essa realidade aos poucos. Trabalhando em contato direto com a periferia, vemos profissionais qualificados e com muita vivência, prontos para ocupar espaços de maior autonomia e relevância”, conta Emília Rabello, fundadora do Outdoor Social.

Sobre o Outdoor Social®

Criado em 2012, o Outdoor Social® é um negócio de impacto que atua no mercado brasileiro de publicidade como uma mídia OOH para a comunicação com a periferia e no desenvolvimento de pesquisas de opinião e consumo com este público. Presente em 6.200 comunidades em todo o país, a empresa conta com 150 agentes comunitários, responsáveis pela análise do local, cadastramento e contato junto a moradores de comunidades que cedem seus muros para a colação de painéis publicitários, grafites ou promoções, de forma remunerada. Com uma economia circular e gerando renda dentro das favelas, o sistema já beneficiou mais de 30 mil famílias. Para mais informações: www.outdoorsocial.com.br ou pelo Instagram @outdoorsocial

Tide Social – Assessoria de Imprensa do Outdoor Social®

Beatriz Mazzei | beatriz@tidesocial.com.br | 11 97616-0953

Camila Guimarães | camila@tidesocial.com.br | 11 94261-8286

Mariela Rodrigues | mariela@tidesocial.com.br | 13 98177-9898

*locais ouvidos pela pesquisa: Grajaú, Parque Dom Pedro, Vila Nova Cachoeirinha, Tiradentes, Campo Limpo, Varginha, João Dias, Pinheiros, Jardim Angela, Guarapiranga, Lapa, Bandeira, Sacomã, Capelinha e Santo Amaro

NOTA

Não deixe de curtir nossas mídias sociais. Fortaleça a mídia negra e periférica

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