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Nagulha com Dj Leona

DJ Michelle Leona: Em 1988 teve seu primeiro contato com a música, época em que lidava com os discos dos pais e irmão, rádio e TV. 1994 – Sua afinidade com instrumentos musicais a levou aos estudos e pesquisas sobre teoria musical, cordas e teclas. 1996 – Foi aprovada em seu primeiro teste de aptidão musical na Universidade Livre de Música de São Paulo. 1999- Iniciou profissionalmente sua trajetória como músico. 2009 -Amante dos anos 80’s, Soul Music e linhas variadas, inicia sua trajetória como Deejay em São Paulo.

Jornal Empoderado: Os leitores querem saber sobre este primeiro contato com a música. Você menciona pais e irmãos, radio e TV, quem trabalhava e com o que? Como aconteceu sua ligação com a música?

R: Todos eram trabalhadores comuns de áreas variadas e pessoas com gostos musicais diferentes. Eu tinha cerca de 8 anos. Minhas primeiras lembranças estão relacionadas a infância e a vitrola que tínhamos. Eu escutava o que eles escutavam e em sua ausência pegava os discos para escutar. Eram ecléticos, comuns da época e mais acessíveis em relação aos importados e singles que sabemos, os Djs utilizavam para trabalhar; de trilhas sonoras, bandas até música clássica. Discos do Michael Jackson, Richard Clayderman, Ray Charles, Johann Strauss, dentre outros, são lembranças vivas. As trilhas sonoras dos filmes da época chamavam bastante minha atenção, pedia a minha mãe ‘para não dormir’ e assistir novamente alguns em Vhs, na realidade com a intenção de ficar voltando cenas para ouvir trechos de músicas. Hoje sei, que neste período, Dionne Warwick e Stevie Wonder foram os dois primeiros nomes responsáveis pelo princípio de minha ligação com a música antes mesmo de me relacionar com outros estilos. Rádio, cresci ouvindo por gosto pessoal, gravava diariamente minhas fitas.

Jornal Empoderado: Além de discotecar, você toca o que?

R: Piano, Violão e Guitarra.

Jornal Empoderado: Já produziu alguém? Qual é sua experiência com estúdio?

R: Apesar de estudar a parte técnica de produção a alguns anos no tempo livre, não trabalhei produzindo artistas o que pode se tornar um projeto futuro devido a gostar e ter facilidade para compor instrumentais. Minha ligação com o ambiente estúdio, não com sua administração direta, começou nos anos 90. Nos reuníamos entre amigos em estúdios, pagávamos aluguel, ensaiávamos repertórios e trocávamos experiências gerais sobre o que estudávamos em particular e o que seria apresentado.

Jornal Empoderado: Quando vai tocar você utiliza vinil ou interface?

R: Gosto de tocar com vinil e com interface em vinil que simula o mesmo. Na maior parte das vezes interface, até mesmo porque existem excelentes produções que não saíram em vinil isto a parte os anos 70,80 e 90, além de seu alto custo no Brasil atual. Porem, me preparei para trabalhar com qualquer plataforma disponibilizada pelo contratante do evento ou casa independente do formato pois nem sempre existe disponível toca discos. Quando trabalho sozinha em sociais/coorporativos onde levo meus equipamentos, na maior parte das vezes utilizo os toca discos, porem recomendo se possível for, que o profissional tenha mais de uma opção, o que facilita no transporte, logística e administração do trabalho dependendo do tamanho, tempo e perfil do evento. Esta concepção veio de viver experiências ao qual me propus diversas vezes, indo trabalhar só, com meus toca discos e sem auxiliar. Com o passar dos anos você se profissionaliza e ajusta as coisas para um resultado final melhor. Não é um caminho fácil.

Jornal Empoderado: Costumo ver você treinando bastante performance Scratch e construir beats. Você está treinando para entrar em algum campeonato de Dj?

R: O Turntabilismo foi algo pelo qual me interessei a alguns anos após assistir pessoalmente algumas edições do Dmc Brazil e antes disto, alguns trechos de apresentações mais versáteis de Djs de performance dos anos 80’s que ainda estão na ativa porem atuantes no segmento festa. Comecei sozinha pesquisando apenas com a pretensão de evoluir como DJ, porém, um novo sentimento nasceu e apesar das dificuldades serem grandes, o que engloba questões sérias, variando entre equipamentos a reclusão, tenho vontade de futuramente participar de algo. O que pode variar dentre campeonatos alternativos ou não, voltados para mixagem/festa/criação/scratch ou outros.

Jornal Empoderado: Você foi premiada pela Secretaria da Cultura e Núcleo do Hip Hop do Estado de São Paulo. Conte pra nós esta experiência e sobre a premiação?

R: Receber o prêmio Sabotage 2018 na categoria DJ, foi muito especial. Primeiro pela memória e grande importância do Sabotage para o cenário nacional e cultura, quanto real Artista transformador. Segundo, porque diante ao regulamento, o prêmio visa também, o reconhecimento de artistas que foram julgados como revelação no segmento, terceiro e acima de tudo, por compreender que foi um reconhecimento do universo dizendo que determinadas situações vividas ao longo dos últimos anos, pela dedicação a música em geral e por não ter ‘desistido’, incluindo o trabalho realizado durante algum tempo em pró da propagação da cultura do Vinyl e da boa música em diversos estilos, apesar da ênfase em Black Music, um dia seria reconhecido e creio que foi. Porém, com a firme consciência de que há sempre muito a evoluir, estudar, pesquisar e aprender constantemente. Isto não acaba nunca.

Jornal Empoderado: É DJ residente de alguma casa de show hoje?

R: Residente atualmente não, algo raro no circuito atual que hoje ao que entendemos, em maior parte, visa trabalhar com uma maior rotatividade dando oportunidades a mais profissionais. Trabalho como Open Format em lugares variados, de eventos ao ar livre culturais a eventos coorporativos ou casa noturna. Profissionalmente comecei como residente em uma festa itinerante chamada Back to The Future voltada a clássicos dos anos 80’s em SP, posteriormente trabalhe como residente, após reabertura da casa noturna Paulista Madame Club até 2015 e como convidada em eventos e casas, alguns deles: Nova Nostro, Hotel Cambridge, Dynamite Pub, Gosto Pessoal, Newz Club,The Cube, DJ Ban, A Loca Club, Hotel Prince Tower, Hip Hop Celebration 3 ,Mês do Hip Hop encerramento, Fatiado Discos, Matilha Cultura, Saraus de Rima, Cerimônia Korean Women’s Int Network, para membros do consulado Coreano, Desfiles, dentre outros.

Jornal Empoderado: Um sonho a ser realizado?

R: Na música, um deles é lecionar aulas de Disco Jockey para crianças aprimorando sua visão, capacidade e o exercício da criatividade através da música e discotecagem. E também uma residência onde possa colocar em prática com maior frequência, a bagagem que adquiri até aqui.

Jornal Empoderado: Quando é contratada pra tocar, costuma tocar o que?

R: Sou eclética. Mas quando contratada procuro conciliar meu gosto pessoal com o perfil do que o contratante deixa claro ser adequado para seu evento e o que o público gosta de ouvir. Quando tenho total liberdade, consigo variar mais. Indo do R&b ao Jazz, do Hip Hop ao Soul, da House Music aos 80’s, do velho ao novo, não há como prever, é analisado, sentido, sempre no momento, foi assim desde a primeira vez em que toquei. Cada situação pede uma trilha, trabalhamos com sentimentos, com pessoas e o grande objetivo é que todos saiam satisfeitos. A música é o espírito condutor, combustível de uma festa. Pode eleva-la para algo agradável, feliz ou eufórico ou arruiná-la tornando uma experiência desagradável, por este motivo, um bom repertório, vem sempre em primeiro plano.

Jornal Empoderado: Deixe sua mensagem aos leitores do Jornal Empoderado.

R: Nunca deixe de tentar fazer na vida algo o qual acorda e dorme todos os dias pensando mesmo que tenha que conciliar com outras atividades. Acredite em você, tenha sonhos mas procure estar preparado e o mais importante: Nos piores momentos, continue. A vida é uma longa jornada e nada é por acaso, é preciso trabalhar, mas ter fé é fundamental

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