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Mulheres Educafro premiam pesquisadoras negras em vários segmentos

Educafro que é uma entidade que luta pela inclusão de negros, em especial, e pobres em geral, nas universidades públicas, prioritariamente, ou em uma universidade particular com bolsa de estudos, com a finalidade de possibilitar empoderamento e mobilidade social para população pobre e afro-brasileira, presidida pelo Frei Davi Santos.

As mulheres Educafro que  fazem parte da coordenação se reuniram em nome de todas mulheres Educafro para pensarem em um evento que valorizasse as mulheres negras em geral e idealizaram uma premiação para que as mulheres negras pesquisadoras falassem sobre sua trajetória até a defesa de suas teses, seja no mestrado ou no doutorado. Após várias reuniões essas mulheres da coordenação promoverem essa linda premiação. O evento ocorreu no salão nobre da Faculdade de Direito da Usp no Largo São Francisco. Durante toda a tarde e adentrando a noite do dia 17/08/2019. Grandes mulheres mestres e doutoras relataram seus passos até a defesa de suas teses, relatos esses emocionantes.

Na Organização do evento estão várias mulheres que merecem uma contextualização pelo Jornal Empoderado falando de suas vidas acadêmicas assim como suas lutas, em breve teremos essa contextualizações, são elas Elenir Fagundes, Heloísa, Nerilene Evangelista dos Santos, Cléia, Ivone, Enilda Lúcia Suzart, Márcia Mendes, Sandra R. R. Braz, Ester, Jaqueline Rodrigues, Andreia, Regiane, Priscila, Heloísa, Vilma Guimarães, Damiana, Glória, Lu, Vera, Cícera, Lilian Bonfim, Dra Ketlein Souza.

Foram 11 premiadas no total, grandes mulheres com suas lutas diárias, seja na vida ou seja na academia, como disse uma delas, “defender uma tese não é nada glamoroso como pensam muitos e sim uma solitária luta de conflitos e aflições, ” já que ao pesquisar o objeto, sendo que na maioria das vezes é humano, fazem vários questionamentos de toda razão de terem tantas dificuldades.

Uma das idealizadoras, Sandra R. R. Braz, disse uma frase emblemática sobre o evento e sobre o local em que foi realizado “Durante o século XX surgiram várias associações, entidades e outros formados por libertos afim de incidirem a lugares majoritariamente branco, e com muitas lutas conseguiram ocupar determinadas espaços. Ontem foi mais uma conquista. Quero parabenizar cada uma das mulheres que fizeram e tem feito história com suas dedicações e luta, por uma sociedade melhor! Parabéns!“.

Assim como a Heloísa Chagas deixou seu depoimento no vídeo abaixo, sobre a importância de se fazer o evento num local onde Luiz Gama estudou Direito como ouvinte, pois por ser negro não pode frequentar como aluno regular, e só obteve seu diploma 133 anos  após sua morte.

Na platéia estavam os ilustres familiares das premiadas e convidados, além das ilustres pessoas como o Frei Davi Santos que teve um momento de fala, a Doutora Carmem Doria Freitas ex-presidente da igualdade racial  da OAB, a promotora Edna da PLP, Adriana e filha Ana Luíza que tocam iaagogo no Ilu e a professora Sônia da rede Estadual de São Paulo e faz parte do Instituto CCP. A atriz Vera fez duas apresentações artísticas junto com o músico Cosme.

Para reflexão foi anexado a frase emblemática de Patricia Hil Collins “Grupos oprimidos são frequentemente colocados numa situação de só serem ouvidos se moldarmos nossas ideias numa linguagem que é familiar e confortável para os grupos dominantes. Esse requerimento muitas vezes modifica o significado das nossas ideias e trabalhos para elevar ideias dos grupos dominantes”.

Premiadas:     

Berenice Assunção Kikushi é Doutora em Saúde e Desenvolvimento (UFMS 2014) com o Título: “Avaliação do processo de implantação do programa de triagem neonatal em doenças falciforme”. Mestre em Educação (UNICIDSP-2003), especialista em saúde pública Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde (1983), graduada em enfermagem pela (UMC-1979), presidenta da Associação de anemia do Estado de São Paulo – AAFESP.

Célia Regina Reis da Silva é Doutora em história (PUC-2016) com o Título: “Crespos insurgentes, estética, revolta, memória e corporeidade negra paulistana, hoje e sempre” neste em História (PUCSP-2003). Especialização em educação pela (UFMS/Três Lagoas 2000) graduada em História e Pedagogia pela Faculdade Integrada Ruy Barbosa (1989-1992).

Claudete Alves é Mestre em Ciências Sociais (PUC/SP-2008) com o Título: “A solidão da mulher negra: sua subjetividade e seu preterimento pelo homem negro na cidade de São Paulo”. Graduada em Pedagogia, especialização em Gestão Escolar, Presidenta do SEDIN (Sindicato dos Educadores da Infância), foi Vereadora Municipal da cidade de São Paulo, de 2003-2008, é autora da Lei Municipal que institui o 20 de Novembro e da Ação Civil Pública contra o estado Brasileiro , por impactos sociais ocasionados pela escravidão no país.

Claudia Rosalina Adão, Mestre em Mudança Social, Participação Social e Participação Política (USP – 2017) com o Título: “Territórios de morte: homicídio, raça e vulnerabilidade social na cidade de São Paulo”. Lançou o livro no mesmo tema. É doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela USP e graduada em Serviço Social.

Diná Da Silva Branchini, Mestre em Ciência da Religião Metodista de São Paulo (SBC/SP – 2008) com o Título: “Religião e Identidade: um estudo sobre negros metodistas da região metropolitana de São Paulo”. Possui vários artigos publicados em revistas acadêmicas, exerceu a coordenação do Ministério de Ações Afirmativas Afrodescendentes da Igreja Metodista (2005-2012). É assistente social no tribunal de Justiça de São Paulo no Fórum de Itaquaquecetuba.

Eunice Aparecida de Jesus Prudente é Doutora em Direito (USP 1996-1993) com o Título: “Direito a personalidade integral: cidadania plena Dalmo de Abreu Dallari”. Mestre em Direito (USP 1975-1980), graduada em Direito USP (1968-1972), especialização em Direito agrário, cadastro e tributação e Direito Municipal (USP 1973-1975).

Joana D’arc Félix De Souza, Doutora em Química (UNICAMP, 1990-1994) com o Título: “Síntese de (+) Cularina, (+)Sarcocapnina, (+)Sarcocapnidina e (+) Crassifolina)”. É docente e pesquisadora na ETEC Prof Carmelino Corrêa Júnior, em Franca, desde 1999. Atua em pesquisas científicas envolvendo reaproveitamento e aplicação de couro e pele suína entre outros. Doutorada e Mestrada em Química. Possui vários cursos extracurriculares.

Jussara Nascimento dos Santos, Doutora em Educação (2015-2018, UFSCar). Com o Titulo: “Infâncias negras e mídias digitais: uma análise de canais de YouTube realizados por meninas negras”, Doutora em educação Mestra em educação (2015 – 2018), Graduada em Pedagogia (Makenzie).  É professora universitária de educação infantil, sociologia da infância, práticas de ensino e multiculturalismo nas relações escolares no curso de Pedagogia. (Instituto Sumaré de ensino Superior). É professora de educação infantil e ensino fundamental no município de São Paulo ( PMSP). Presta assessoria pedagógica em espaços formais de educação infantil no município de São Paulo.  Foi professora convidada na pós graduação do instituto SEP cursos.

Maria do Carmo Paulino dos Santos. É Mestranda do programa de pós-graduação em Têxtil e Moda – USP. Além de ser Especialista em Moda e Criação, pela FASM – Faculdade Santa Marcelina (2007) e em desenho industrial (UnG). Graduanda em Pedagogia – UniCEU Caminho do Mar / São Camilo /PMSP. Especialista em Desenho de Moda e Criação e em Docência Superior (FASM e Estácio de Sá). Bacharel em Desenho Industrial. Ativista Social eleita no Conselho Participativo do Município de São Paulo / gestão 2016 a 2017. Participante das Pastorais Sociais de Fé e Política, e Pastoral Cristo Operário.

Mariana Carvalho, é Mestre em Educação, Em Psicologia da Educação (PUC/SP-2019) com o Título: “Negritude na escola: Compreensões e práticas de educadores de um Centro Integrado de Educação de Jovens e adultos em São Paulo”. É professora da rede Estadual de São Paulo, e membra do coletivo de pesquisadoras/es negras/os Neuza Santos.

Simone da Silva é Mestre em Direitos Humanos(USP 2010-2013), Doutoranda Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Mestra em Direitos Humanos (USP, 2010-2013), Especialista em andamento em Compliance, Coimbra (bolsista do IBCCRIM, Brasil (2018), Especialista em Direito Processual Civil (Fadisp, 2008-2009), Especialização em Educação Tecnológica (2010 -2011), Licenciada em Direito pelo Centro Paula Souza e Fundação de Amparo à Tecnologia ( FAT, 2010-2011), Extensão Universitária (Aperfeiçoamento e prevenção do uso de drogas – 2013), Orientadora do curso de direitos fundamentais do IBCCRIM de Coimbra (2017), Bacharel em Direito (Mackenzie, 1998-2003), Professora de Direito Constitucional, Administrativo, Difusos e Coletivos, Empresarial, Civil e Processual Civil em cursos de graduação em Direito da Região Metropolitana de São Paulo.

NOTA

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