mais Conversamos com Cintia Rodrigues que nos relatou o ocorrido com seu sobrinho, em uma instituição de ensino.
A Cintia de Sousa Rodrigues – Engenheira de Alimentos (tia) entrou em contato com o Jornal Empdoderado para relatar um caso de injuria racial contra seu sobrinho, de 10 anos. Sua irmã, Nayara a, está tão abalada e desgastada que pediu ajuda a irmã (Cintia), que vai nos relatar o ocorrido:
“Situação de Injuria Racial e omissão da Instituição de ensino onde a criança estuda. O menor “J. E. R. de A.” (meu filho) foi reiteradas vezes por dias seguidos, gratuitamente, ofendido em seu ambiente escolar* por uma aluna de 10 anos de nome “A. B.” (Menor) do 5° ano A.
Foram ofensas de cunho racial como “seu preto”, “sai daqui seu lugar não é aqui”, “macaco”, entre outros.
Os profissionais da escola, cientes dos fatos lamentáveis, não tomaram nenhuma atitude. Ou seja, não protegeu a vítima nem tão pouco repreendeu o agressor, muito pelo contrário a professora Lídia Gualesi do 5° ano A, professora de “A. B”, proibiu os seus alunos de brincarem com o J. E.(vítima )“porque ele conta tudo pra mamãe” evidenciando seu despreparo e incompetência.
Foi solicitado uma OI (Ocorrencia Interna) para a diretoria da escola e o fato ocorrido está devidamente proferido e assinado no documento.”
*A injuria foi contra uma criança de 10 anos, J. E. R. de A., que estuda na E.E. Moraes Barros, na Cidade de Piracicaba/SP.
Observação: os nomes foram abreviados, pois são menores de idade.
Curiosidade sobre a escola Moraes Barros
Versão da escola foi enviada pela Diretora, Silmara:
“Venho informar sobre o caso de racismo na E.E. Morais Barros, a saber: – No dia 06/10/2023 o aluno “J. E. R.”, do 5º ano B e a aluna “A. B. L.” , do 5º ano A tiveram um desentendimento verbal, onde a aluna “A. B.” chamou-o de preto e o “J.” revidou a ofensa chamando-o de puta. Os dois alunos foram chamados para uma conversa com o vice-diretor Marcelo Fernandes, e confirmado a fala de ambas as partes os alunos foram orientados a não cometerem o mesmo erro jamais. Foi dito que ninguém tem o direito de ofender o outro pela cor da pele, tipo de cabelo ou forma/maneira de se vestir. O aluno “J.” foi questionado sobre sua fala e disse para o vice-diretor que a mãe o orientou a agir assim quando se sentisse ofendido. Foram orientados também que quando tivessem problemas , procurassem sempre um profissional do pátio (inspetor de alunos) ou da gestão (diretor, vice-diretor ou professor coordenador. “A. B.” reconheceu o seu erro, disse que estava arrependida e pediu desculpas ao “J. E.”. “J.” fez o mesmo, se desculpando. Os dois disseram que eram amigos e foram embora.
Já no dia 21/10/2023 a mãe de “J. E.” (Nayara) esteve na E.E. Morais Barros , juntamente com seu esposo para tratativas da maneira como a professora Lídia, da aluna “A. B.” se referiu ao caso explicitado. A professora Lídia, do 5º ano A solicitou aos seus alunos neste dia do ocorrido, e diante dos fatos apresentados, que os alunos não se aproximassem do “J. E.” para evitar conflitos e confusões, pois os alunos do 5º ano A estavam sempre em conflito com os alunos do 5º ano B, e que o aluno “J.” contaria para sua mãe. A professora Lídia foi chamada a participar da reunião, momento em que a mãe de “J.”, Nayara questionou se ela achava correto a atitude tomada por ela de pedir o afastamento dos seus alunos, de seu filho “J.” e a professora Lídia disse que não via nada demais, visto que no dia citado evitaria confusões no relacionamento dos dois alunos. A professora disse ainda que os dois alunos voltaram a ser amigos e conversaram normalmente no decorrer dos dias. A mãe de “J.”, Nayara se opôs à atitude da professora, porque acredita que o filho estaria sendo punido sem merecer. A professora Lídia disse que cuida de 35 alunos na sala, intermedia conflitos entre eles, ensina conteúdos do currículo e disse que os alunos contam sim tudo para as mães porque faz parte da rotina deles. Mas diante da mãe se sentir ofendida pediu desculpas a mesma. A reunião terminou e todos foram embora.”
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