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Aconteceu em junho deste ano de 2019 no Espaço Cultural de Pirituba foi realizada uma mostra e um lançamento de artes de rua relacionadas ao hip-hop. Carlos Xavier com seu álbum “Osiris” fala sobre as mazelas urbanas e sociais diretamente de Pirituba na Zona Norte de São Paulo. Com vários convidados rimando e interagindo numa cypher local, (Pirituba, Jaraguá e Perus), reavivando a cultura local a partir das ruas.

No campo das artes plásticas e visuais uma mostra de grafitti em telas mescla a expressão artística bidimensional hip-hop com a linguagem tradicional das galerias de artes. Esta interação e transposição de suportes artísticos remete-nos aos precursores Jean Michel Basquiat, Banksy, ou no Brasil com Alex Vallauri e Waldemar Zaidler. A história de grafittis no Brasil destaca Carlos Matuck e Binho Ribeiro, este último um grande expoente do hip-hop, também se destacam artistas de vanguarda como: Os Gêmeos: Otávio e Gustavo, Boleta, Nunca, Nina, Speto, Tikka e T. Freak.

Ainda me lembro do tempo em que o grafitti era visto somente como mais uma “traquinagem” dos pichadores. Grafitti é uma expressão urbana das comunidades oprimidas que aos poucos ganhou status de artes plásticas e visuais, passando de vandalismo e crime ambiental a arte de rua ou pública.

A lei  lei 9.605/98 – lei dos Crimes Ambientais, dispõe, no parágrafo 2º. do mesmo artigo 65 (que considera crime a pichação), que “não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado, mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, no caso de bem público, com autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional”.

Neste evento no bairro de Pirituba os artistas são regionais e tem várias e diversificadas referências. Fazem parte de um coletivo local, a Crew Epidemia Suburbana, existente de 1997/98 é formada por Venec, Enoak, Mandré e outros. Estas informações procederam de Vinicius Espirito Santo Soares o Venec, desde 1998 na ativa. Pirituba não é conhecida pelas expressões artísticas populares. Considerado um bairro de classe média baixa a maioria de suas manifestações artísticas são provenientes de nichos culturais de resistência ou de grupos elitistas em bolsões culturais.

As características dos trabalhos desenvolvidos pelos grafiteiros expostos são as Urbanismo, skate, hip-hop e o rap, além de uma influência midiática e das artes plásticas convencionais. O Jornal Empoderado esteve lá dando voz aos invisíveis e dando visibilidade às suas obras.

NOTA

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