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Estudantes universitários fazem “Caminhada Negra”

Por Professor Carlos Machado

Um grupo de estudantes universitários chamado de Cartografia Negra realizaram ontem, sábado 20 de Outubro, uma caminhada pelo centro da cidade de São Paulo denominada Caminhada Negra com o objetivo de mostrar a presença africana na Capital Paulista nos séculos 18 e 19 que foi invisibilidade pela elite e administrações municipais brancas desde então. Esta caminhada foi possível graças a descoberta de um mapa do século 19 mostrando a maioria dessas localizações.

Os sinais da escravidão ficaram ocultos na cidade como se não tivéssemos passado por esta instituição que durou cerca de 350 anos e moldou a sociedade brasileira.

Caminhamos pelo Ladeira da Memória aonde pessoas negras foram vendidas, atrás da Praça da Sé onde havia o Pelourinho, na Rua da Glória a onde estava localizado o primeiro cemitério público da Capital Paulista e onde eram enterradas as pessoas escravizadas, os pobres, os criminosos e os animais.

Os ricos eram enterrados dentro das igrejas para ficarem mais perto do céu e de Deus. Neste local só sobrou uma Capelinha no fundo da rua chamada Capela dos Aflitos. O restante do terreno foi vendido e o dinheiro serviu para se construir a Catedral da Sé nos anos 1950 do século passado. Depois fomos na localidade aonde ficava a forca, em frente à Igreja dos Enforcados.

 O local atualmente é a estação Japão-Liberdade este nome foi dado pelo atual Governador Márcio França para agradar a comunidade nipónica da região. Depois fomos até a bolsa Mercantil de Futuros a onde estava localizada a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos que foi retirada da região central para a chamada “modernização” da cidade que na realidade foi a retirada da comunidade negra de uma área a ser valorizada. posteriormente esta igreja essa Irmandade do Rosário se estabeleceu numa região de difícil construção que hoje é o Largo do Paissandu.

 É necessário a população negra tenha contato com essa história oculta nos meios de comunicação e nos materiais didáticos para descolonizar o conhecimento de si e dos seus semelhantes. Nem tudo era italiano e japonês.

NOTA

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