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De Olinda-PE para o mundo e atualmente em Mogi das Cruzes, João Paulo Batista, popularmente, JP Batista, além de maior reboteiro, é o jogador mais eficiente do NBB (Novo Basquete Brasil). Aos 37 anos, o pivo do Mogi Basquete, classificado direto as quartas de final da competição, cedeu espaço de seu precioso tempo para um bate papo com o Jornal Empoderado. Confira:

JE: Jota, você tem apresentado nessa temporada números excelentes, além do alto nível de rendimento nos jogos desde o início da temporada. Consegue nos explicar, o porquê da rápida adaptação?

JP Batista: Já ano passado com o flamengo eu comecei a temporada bem, e aqui no Mogi estou conseguindo dar continuidade. Acredito que seja consequência do meu tempo de quadra que aumentou consideravelmente, juntamente com a experiência. Não estou fazendo nada de diferente. Sempre me cobrei e trabalhei muito.

JE: Qual a importância e o papel da comissão técnica nisso?

JP Batista: A comissão tem um papel importantíssimo com tudo isso. A confiança que eles passam pra mim todos os jogos e de extrema importância.

JE: De que forma o grupo recebeu a punição imposta para o técnico Guerrinha e o auxiliar Danilo Padovani?

JP Batista:Todos nós fomos pegos de surpresa. É uma situação difícil de entender e completamente fora do nosso controle. Estamos todos juntos e focados em não deixar isso virar uma distração nessa reta final.

JE: Como chega JP Batista para os playoffs do NBB?

JP Batista: Preparado, com fome de bola e focado em fazer o que for necessário para ajudar o Mogi.

JE: Qual a relação do atleta JP com o público de Mogi das Cruzes no dia a dia?

JP Batista: Muito boa. Sou uma pessoa tranquila e super transparente. O público de Mogi tem sido sensacional comigo desde meu primeiro dia. Sou muito grato por todo carinho.

JE: Você esteve nos últimos jogos que garantiram a classificação do Brasil para o mundial. Como está a expectativa para uma possível participação na China?

JP Batista: Nunca escondi o que significa vestir a camisa da seleção brasileira. Se a convocação vier, ficarei muito feliz, se não, estarei torcendo pelo meu país da mesma forma.

JE: O que achou do grupo do Brasil, composto por Grécia, Nova Zelândia e Montenegro?

JP Batista: Grupo difícil, aliás, campeonato mundial não existe jogo fácil. Um Brasil com saúde e bem preparado tem condições de brigar por um primeiro lugar do grupo.

JE: Você deve ter acompanhado o caso do Russel Westbrook, que sofreu insultos racistas em um jogo da NBA recentemente contra o Utah Jazz. Como você enxerga esse tipo de situação num campeonato onde mais de 74% dos atletas são negros?

JP Batista: Acho triste, porque já estamos em 2019 e esse tipo de acontecimento vem ocorrendo com mais frequência. O tipo de coisas que nós jogadores temos que escutar é um absurdo. Mas tudo isso vem com o território.

JE: Em uma entrevista recente para um canal no YouTube, você revelou que sofreu racismo na Lituânia. Poderia nos detalhar o caso? Como reagiu e o que te deu força para seguir de cabeça erguida?

JP Batista: Infelizmente não vou poder entrar em detalhes porque não tem necessidade. Mas é uma realidade que nós jogadores vivemos e temos que ter a inteligência de saber lidar. Um acontecimento comum em países do leste europeu. Não fui o primeiro nem o último. Foi uma experiência difícil que me fez abrir os olhos e enxergar esse tema com outra perspectiva.

JE: Você é natural de Olinda-PE e já rodou o mundo jogando basquete. Na sua visão, qual o nível atual do basquete brasileiro, que vem se popularizando a cada ano que passa?

JP Batista: Nosso basquete vem evoluindo muito. O Brasil é uma mina de ouro. Apenas, não temos a estrutura para lapidar as joias que aqui são feitas. Mais e mais vemos jogadores jovens saindo para Europa, Estados Unidos e até mesmo Argentina e outro países sulamericanos. O que nos separa das outras potências do basquete é justamente o investimento na modalidade e principalmente na base.

JE: Onde e o quanto evoluiu o basquete nacional, comparando o início da sua carreira no Recife até o momento atual?

JP Batista: Basquete nacional evoluiu da água pro vinho. No tempo em que eu estava fora, não tive muita oportunidade de acompanhar o crescimento ano a ano. Mas hoje tem jogo quase todos os dias na tv ou internet. Jogadores com carteira assinada. Jogos internacionais. Enfim, a evolução vem acontecendo gradativamente em todas as áreas.

JE: Jota, obrigado por ceder um tempo de seu dia para nos atender. Gostaria que encerrasse deixando um recado aos nossos leitores que sonham chegar aonde você chegou.

JP Batista: Eu que agradeço. Eu diria pra toda garotada que nunca é tarde demais pra realizar seu sonho. Eu saí de Olinda, Pernambuco para o mundo inteiro. Me falaram inúmeras vezes que eu nunca realizaria meu sonho de ser jogador de basquete. Eu apenas ignorava e trabalhava. Uma mensagem simples que um ex treinador falou pra mim quando eu tinha 15 anos e me marcou sempre foi “NUNCA, NUNCA, NUNCA, DESITA!”

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