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E-book lançado pelo Fundo Baobá divulga resultados do Programa Marielle Franco

“Não mais seremos interrompidas”. Este é o mote que move todas as mulheres e organizações femininas que participaram da primeira edição do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, iniciativa do Fundo Baobá para Equidade Racial com apoio da Kellogg Foundation, Ford Foundation, Instituto Ibirapitanga e Open Society Foundations.

 

O Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco foi lançado em setembro de 2019, passado um ano e seis meses do assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes. Ele aconteceu em duas vertentes. A primeira, um edital de Apoio Individual, e a segunda, um edital de Apoio Coletivo. Cerca de 200 mulheres foram impactadas na união das duas vertentes do edital.

 

As mulheres negras compõem 28% da população brasileira. Porém, sua representatividade nos espaços de poder e tomada de decisão está muito aquém da potencialidade que têm. Um cenário que, obrigatoriamente, precisa ser modificado. Com base nisso é que o Programa de Aceleração foi elaborado e busca fazer com que grupos de mulheres negras, coletivas e organizações sejam fortalecidos em todas as suas capacidades, além de despertar em cada uma delas o desejo de desenvolvimento de suas habilidades, com a meta de expandir a liderança de mulheres negras por meio do investimento em planos de desenvolvimento individual.

 

Resultados

 

Os resultados da primeira edição do Programa, que corresponde ao biênio 2020/2021, foram colocados em um e-book elaborado em parceria com a Revista Afirmativa, e que será lançado em 31 de Maio, juntamente com um hot site. O Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco teve  investimento direto  de mais de R$ 4 milhões, além de R$ 400 mil em investimentos indiretos. Os dados estatísticos estão colocados em gráficos, tabelas explicativas e linha evolutiva com dados numéricos. Mas as entrevistas com as participantes do Programa, os podcasts em que contam suas experiências de vida e suas transformações, além de vários depoimentos escritos podem ser tidos como os grandes diferenciais desse documento. A segunda edição do Programa acontecerá no biênio 2022/2023.

 

Alguns aspectos interessantes marcaram essa primeira edição. No edital de Apoio Individual, entre as 59 apoiadas 28 eram de nove estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. As idades delas variaram entre 22 e 69 anos, sendo mulheres cis e trans atuantes em áreas tão diversas quanto seus perfis: arte e cultura, ciência e tecnologia; comunicação; desenvolvimento humano; desenvolvimento sustentável;  direitos da população jovem; direitos da população quilombola; direitos das mulheres; direitos humanos; educação; empreendedorismo e saúde. Com relação à escolaridade: 2% tinham o ensino fundamental; 7% tinham o ensino técnico; 13% haviam concluído o ensino médio e 78% concluíram o ensino superior, o que demonstra que, independentemente do grau de escolaridade, a liderança, o fato de ser protagonista de sua própria história e o compromisso em engajar outras numa proposta de transformação coletiva são prioridades. Esse desejo fez com que a maioria delas (92%) investisse os recursos ofertados pelo Programa em mais aprendizado que ampliasse suas competências técnicas.

 

No capítulo da autoavaliação, as apoiadas reconheceram o aprimoramento das chamadas soft skills (habilidades interpessoais). Algumas delas são:  Interesse em aprender; disposição para dividir responsabilidade e poder; capacidade em estabelecer novas parcerias; tomada de decisão em tempo oportuno; leitura política e análise de contextos; planejamento; gestão financeira; comunicação; marketing pessoal; negociação e gestão do conhecimento.

 

Edital de Apoio Coletivo

 

Como descrito acima, o edital teve duas vertentes: Apoio Individual e Apoio Coletivo. No Apoio Coletivo, foram beneficiadas 14 organizações, dentre as quais 9 da região Nordeste. As áreas de atuação destas organizações, grupos ou coletivas eram: comunicação, educação, arte, cultura e lazer, proteção e defesa dos direitos das mulheres. O recurso destinado pelo Programa para cada uma das organizações selecionadas foi reconhecido como fundamental para que pudessem alcançar propósitos estabelecidos quando da criação das mesmas, mas que por motivos diversos não puderam ser buscados até então. Cada organização recebeu entre R$ 70 mil  e R$170 mil.

NOTA

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