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Dialogando sobre Carolina Maria de Jesus: Consciência, Política e Identidade Negra

A mestre em têxtil e moda, pela USP, Maria Do Carmo Paulino, juntamente com vários amigos de luta que a auxiliou no evento, homenagearam a escritora Carolina Maria de Jesus.  A filha de Carolina Maria de Jesus, Vera Eunice de Jesus, esteve presente contando sua história; e em breve farei uma entrevista com ela, pois muito tem a nos contar, além do que a Vera Eunice está a frente de uma mobilização para que os objetos e escritos de sua mãe sejam todos recolhidos de sua cidade natal para reunir todos em um único local, onde todos apreciadores da grande e guerreira escritora, possam admirar.

Carolina Maria de Jesus era uma moradora da zona Norte, na favela do Canindé. Ela construiu sozinha sua própria casa, um barraco feito de palafitas, sem banheiro e água encanada.  Para se alimentar e aos seus filhos, Carolina recolhia materiais recicláveis e os revendiam. Entre os recicláveis, havia muitos  jornais e revistas, que Carolina os lia quando retornava para casa, enquanto separava a matéria prima a ser revendido no dia posterior.

Foi numa dessas leituras que Carolina começou a escrever seus pensamentos, já que sempre debatia com o que lia, decidiu começar a por no papel seus questionamentos, que as vezes era em forma narrativa outra em forma de poema.

Sonhava em ser escritora e famosa, foi a luta e levou o poema que fez em louvor ao Getúlio Vargas para o Jornal Folha da Manhã, que acabou sendo publicado seu poema junto com sua foto, a partir desse ato Carolina ficou conhecida como a poetisa negra, e seus poemas sempre eram publicados no jornal.

Carolina escrevia todos seus pensamentos em um caderno diário, e este foi lido por um jornalista que se encantou e escreveu uma parte na matéria que fez sobre a favela. Como a matéria recebeu muitos elogios, Carolina foi convidada para escrever o livro “Quarto de despejo” que foi vendido rapidamente os exemplares e Assim Carolina ficou conhecida em alguns lugares do mundo, pois seu livro saiu na revistas “Time”, “Life”, “Paris Match” e do jornal “Le Monde”.

A escritora escreveu outros livros, após o “Quarto de despejo”, o que fez com que fosse a alguns países falar sobre suas experiencias, e proporcionou a escritora a sair da favela.

Refletindo sobre toda importância dessa mulher na luta dos negros periféricos, a mestre Maria do Carmo reunirá acadêmicos para um grande dialogo em torno da escritora. Essa reunião aconteceu no dia 10/11/2019 no Casarão da Vila Maria, que fica na Praça Oscar da Silva, 110, na Vila Maria.

Maria Do Carmo Paulino Mestre pela USP com a defesa “Moda Afro-brasileira, design de resistência: o vestir como ação política”

 

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