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CEMJ e UNEGRO oferecem curso gratuito para jovens periféricos

 

São dez disciplinas que abordam temas relacionados à juventude, trabalho, cultura periférica e cidadania.; inscrições estão abertas até 30 de setembro

O CEMJ (Centro de Estudos e Memória da Juventude) em conjunto com a UNEGRO (União de Negras e Negros pela Igualdade) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado de São Paulo, lançam o Projeto “Juventude e Cultura Periférica: Trabalho e Cidadania”, voltado, principalmente, para jovens da periferia de São Paulo.

O projeto é composto por dez disciplinas com conteúdos relacionados à cultura na periferia, racismo estrutural, juventude e trabalho, além de abordar também a construção de habilidades, com a criação e gestão de projetos, comunicação digital e empreendedorismo social.

O curso é EaD, em uma plataforma responsiva, que pode ser acessada pelo desktop e pelo celular também, e é composto por videoaulas, leituras orientadas, fóruns de discussão, atividades de criatividade e mediação e orientação cultural.

Para Euzébio Jorge, presidente do CEMJ, o curso apresenta reflexões e aponta caminhos, ao aprofundar temas que fazem parte do cotidiano das periferias e da juventude negra, além de oferecer uma formação específica que amplie o acesso ao trabalho.

“Por meio das disciplinas, o cursista poderá ter a experiência de fortalecer a apropriação de sua cultura, das suas narrativas de si mesmo e comunitárias, assim fomentar a liderança dos jovens em projetos sociais, engajar ao associativismo e possibilitar o acesso ao emprego decente”, avalia.

Alguns depoimentos sobre o curso:

“O projeto tem como objetivo tratar das temáticas mais relevantes sobre as questões urbanas e da periferia das cidades que compõem o estado de SP. E ele faz parte de uma integração entre a Unegro e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de SP.

Ao tratar de questões raciais e do mundo do trabalho, ao passo que oferecemos também cursos e disciplinas de habilidades necessárias para o mundo do trabalho, entendemos que o projeto leva à uma reflexão sobre a cultura e as periferias e traz acesso aos empregos de qualidade para jovens de todo o estado.

Foi construído a partir de um projeto pedagógico que está muito sintonizado com a forma como os jovens acessam informações e conhecimento, mas também possibilita debates, reflexões, encontros, ainda que por meio digitais, há bastante interação.
São ao todo 10 temáticas, com vídeos curtos, bibliografia, conteúdos diversificados, que ajudam  professores na sala de aula, jovens a ingressarem no mundo de trabalho, pesquisadores e gestores que buscam familiaridade com as temáticas da juventude, periférica, racial e de trabalho.” – Euzébio Jorge, presidente do CEMJ.

“Em 2018, o conselho nacional de educação aprovou as diretrizes das extensão universitária. O foco dessas políticas são os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Neles, a formação educacional em diversos espaços de aprendizagem é uma ação transversal. Creio que esse é o cenário do curso proposta: formação teórica, técnica e ética-deontológica, em fluxo contínuo, no formato remoto, para a construção de uma rede formativa cidadã. Por essa razão, é um baita projeto, recomendo.” – Prof Dr Juarez Xavier

“A disciplina de Raça, juventude e brasilidade é uma tentativa de mostrar que a construção da identidade nacional estabeleceu relações muito complexas entre as identidades de gênero, raça, classe e geração de modo a garantir que as hierarquias do período colonial se perpetuassem na construção do Brasil república. Por isso, a disciplina trabalha muito com a noção de imagens de controle que possibilita entender que esteriótipos de raça são modos de garantir a marginalização da população negra até hoje. Mas tento também mostrar que o povo negro não ficou passivo a essas estratégias coloniais e encontrou suas formas de reestabelecer o orgulho de ser negro e brasileiro.

“Este curso foi pensado e é formado por Professoras e Professores membros das comunidades para as comunidades, pois quando falamos em comunidades, damos ênfase a importância de suas relações no processo de aprendizagem, pois a Educação comunitária, no ponto de vista cultural, nos prepara para um mundo que exige uma grande colaboração. No ponto de vista cultural da identidade negra, principalmente nas escolas de uma forma ampla, enfrenta diversos empecilhos, pois o preconceito e o racismo estrutural impedem o acesso a história do Brasil completa quando se trata a respeito deste tema.” – Larissa da Silva Fontana.

“Discutir a importância da Cultura negra é resgatar a auto estima e criar novas perspectivas na forma da juventude e de toda a comunidade enxergar-se como realmente é em termos de igualdade e resgatar por meio da ancestralidade sua real historia, combater o racismo e enxergar a sua importância de fato em todo o processo de desenvolvimento, esta é a importância de se fazer este curso.”Fernando Leonel Henrique Simões de Paula é Coordenador Pedagógico (Unegro)

Inscrições

Para se inscrever, basta acessar a plataforma https://www.cemj.org.br/juventude-e-cultura-periferica/

As disciplinas são optativas e para certificação o cursista deverá concluir no mínimo 40
horas.

1. Raça, juventude e brasilidade;
2. Movimentos Sociais e Participação Política das Juventudes Brasileiras;
3. Necropolítica, Brutalismo e Genocídio da Juventude Negra: Exercícios (Re)existência a
partir das Periferias;
4. Juventudes e Trabalho Digno: Portas de Entrada e Portas de Saída;
5. Juventude agricultora e o Associativismo;
6. Captação e gestão financeira de recursos para projetos;
7. Interseccionalidade, juventude e trabalho;
8. Gingas, rimas e traços: história e atualidade das juventudes negras e periféricas no
Estado de São Paulo;
9. Africanidades na Cultura Brasileira;
10. Juventude periférica: Arte e Cultura como prática de ReExistência

Sobre o CEMJ

O Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) é uma entidade voltada para a juventude. A entidade aglutina historiadores, cientistas sociais, jornalistas e outros profissionais para trabalhar o tema na sua abrangência.

O CEMJ tem atuado principalmente no registro da participação da juventude brasileira e na produção de estudos e cursos, buscando subsidiar tanto os movimentos juvenis quanto os gestores públicos em nível executivo e legislativo. Trata-se de uma iniciativa ímpar no país, que busca com base nos esforços dos próprios jovens entender os fatores que condicionam a relação da juventude com o restante da sociedade. Saiba mais: www.cemj.org.br

Nota: Matéria em colboração com a jornalista Patricia Larsen e o ativista Fernando Leonel.

 

Conheça os (as) professores (as):

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NOTA

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