O Vale do Anhagabaú recebeu, estimativamente, 1,5 mil milhão de pessoas para comemorarem o 1º de maio e também protestarem contra a Reforma da Previdência.
Diversos movimentos sindicais estavam presentes no espaço já conhecido por figurar atuar nos principais manifestos, e atos políticos e sociais dana cidade de São Paulo. Os manifestantes estavame todos unidos em um uníssono coro de não a Reforma da Previdência, que tem como objetivo suprimir direitos trabalhistas, arduamente conquistados ao longo da história da nossa construcao história política.
Sindicalistas e políticos discursaram contra o atual presidente da República, Jair Bolsonaro e convocaram a população para aderirem à greve geral, prevista para o próximo dia 14 de junho, que visa paralisar trens, metrô, ônibus e comércios em todo país.
O vereador Alfredinho ( PT ) foi o primeiro político a discursar no palco sobre a convocatória de paralisação geral: “Está todo mundo preparado? Estou falando em nome da bancada dos vereadores do PT e estamos em luta”, disse o político.
Fernando Haddad, ex-prefeito da capital e candidato à presidente da república nas últimas eleições, classificou como “desgoverno” a atual gestão presidencial e classificou Jair Bolsonaro como Persona Non Grata nas comunidades internacionais.
“São 120 dias de governo, uma parte da população, com razão, nutre esperança, mas os mais pobres já estão praticamente desistindo desse governo, porque ele ( Jair Bolsonaro ) não dialoga com os anseios de quem está querendo trabalhar e estudar.
É a mesma agenda econômica, corte de direito social, trabalhista e previdenciário.
Não tem nada de diferente do que era praticado pelo ex-presidente Michel Temer, com os resultados já conhecidos. (…) Nós queremos que o brasileiro tenha um livro numa mão e uma carteira de trabalho assinada na outra. É um governo antipopular.
Não posso deixar de lembrar de Luiz Inácio Lula da Silva, preso há mais de um ano.
Queremos que Lula esteja entre nós lutando pelos direitos nesse país”, proferiuafirmou Haddad, ovacionado por todos os presentes no ato contra a reforma e defesa dos direitos trabalhistas.
O também ex-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, fez duras críticas ao atual governo e afirmou que Bolsnoraro foi aos Estados Unidos lamber as botas de Donald Trump para aprovar projetos que são contra a população brasileira.
“Com muita unidade, nós vamos barrar essa reforma previdenciaria”, disse Boulos. Que também lamentou a ausência de Ciro Gomes, que após confirmar participação no ato, cancelou presença no evento.
As apresentações musicais no ato foram abrilhantadas com as participações de artistas e grupos de renome como Ludmilla, Mistura Popular, Toninho Geraes e Leci Brandão.
A Reforma da Previdência e o impacto sobre a população negra
Histórica e estruturalmente, a população negra no Brasil, sempre foi quem mais sofreu exclusões nos processos econômicos e sociais. Para alguns estudiosos e militantes dos movimentos negros a reforma da previdência assemelha-se a revogaçãorevogacão da Lei Áurea.
A já existente na qual a disparidade salarial entre negros e brancos no nosso país será ainda mais acirrada e evidenciará ainda mais essa desigualdade de direitos trabalhistas, as perdas das massas mais populares e periféricas, e beneficiando as grandes instituições financeiras.
“Sobre a reforma da previdência, nós precisamos fazer um pequeno adendo, tem uma escala de remuneração onde o homem branco é quem recebe mais, a mulher branca vem em segundo plano, o homem negro vem em terceiro plano e em quarto plano vem a mulher negra, toda e qualquer reforma estourará no colo do mais necessitado, e aí, você vendo essa escala, aonde vai estourar essa reforma ?! Em qual colo ?!
Vai ser das mulheres e homens negros quem são os mais necessitados. Uma sociedade carente de educação, saúde, alimentação, saneamento básico não tem que tirar os direitos do povo e enriquecer os bancos, ela tem que cuidar do povo.
( … ) E se o povo pobre e negro que precisa de assistência social não tiver o básico e mínimo, tendo seus direitos retirados, isso só pode ser a revogaçcão da lei áurea ” – Afirmou Lucas Claro Vinicius da Silva, 32 anos, Advogado e presidente do movimento negro do PDT de São Paulo, capital.
“Em tTodas as reformas que prejudicam a população, na verdade os primeiros atingidos são a população negra., Pporque a maioria dos negros no país estão em funções e serviços informais, a maioria dos negros entram mais tarde no mercado de trabalho e que recebem menos salários menores.
Então a reforma da previdência sem dúuvidas atingirá a nossa população negra. Eentão é por isso que a Novos Rumos está presente nessa manifestação contra a reforma previdenciária. Qe quando se reduz-se a atividade do SUS, prejudica-se a comunidade negra, pois majoritariamente somos usuários.
Quando se diminuiu-se os investimentos no projeto “Minha Casa, Minha Vida”, também prejudica-se a população negra., Em quaisquer reformas e movimentações contra a população, somos os primeiros. Se reduz o dinheiro das Universidades Federais, quem serão os principais prejudicados ?!
Será a população negra., Por issoentão a Novos Rumos estará presente em todas essas manifestações., Ssomos uma entidade contra o racismo e preconceito e não temos somente negros no nosso movimento, temos brancos, japoneses, indígenas e todos aqueles que comungam da luta anti-racista.
Além disso, e não temos ligações partidárias e estaremos presentes na greve geral do próximo dia 14 de Junho”, declarou – Declara Éneas Santos, 58 anos, Jornalista, professor, cineasta e coordenador Nacional do Movimento Novos Rumos.
Crédito / Foto : Neta Lavor e Hora do Povo