Há quem diga que a vida é um sopro. Outros, que é uma passagem. Mas ela pode ser uma escada que te leva ao infinito. Assim foi a passagem do Marcos por essa vida. Alguém que lutou pela vida e por uma vida melhor para quem o conheceu.
Foi nos acordes, batuques e canto que ele respondeu ao mundo e encantou quem o conheceu.
Conheci o Bubba quando ainda sonhava com um futuro musical. Lá estava ele indo jogar basquete, falando do Wu-Tang Clan (banda de rap norte americana) e das fitas VHS que ele e seus irmãos gravavam da antiga MTV. Mas uma imagem que nunca esquecerei era ele aprendendo as primeiras notas do seu cavaquinho, sentado na escada da entrada da sua casa.
Assim como Xangô, Bubba, sempre esteve do lado da justiça e dedilhava seu cavaco/violão da mesma forma que mantinha sua fé e sua vida: com brilho, gentileza e um largo sorriso.
“Por nós tu não terias ido agora
É doloroso…
Todo o samba chora.
Tão cedo por que nos deixou?
Tu foste…Em passos firmes, linha reta”
“Silêncio, o sambista está dormindo
Ele foi, mas foi sorrindo”
Filho mais novo da Dona Nilza, foi e sempre será lembrado pela aura do amor e da bondade. Em um mundo de ambições e maldades, Marcos foi luz e bondade. Hoje descansa ao lado de seu outro irmão, o Eduardo.
A música perde um músico incrível. A família, um garoto maravilhoso. O mundo perde um ser humano sem igual. E eu perco um amigo. Obrigado por existir Bubba, meu parceiro.
Revisão: Décio trujilo
Arte de capa: @felipehqm