Neste 25 de Julho de 2022, comemora-se o “Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha“. Um dia para o mundo parar e discutir demandas e políticas públicas para mulheres pretas, e seu bem-viver. No Brasil, celebra-se há 30 anos, o “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra“, uma liderança do século 18 que lutou e resistiu à escravidão.
São problemas seculares como abandono parental, salários menores, violência doméstica, e para as mulheres brasileiras, ainda há o atual ocupante do Palácio do Planalto que disse tempos atrás: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.
Pretas Colombianas
A correspondente do Empoderado, Jacqueline Jaceguai, está na Colômbia, em Bogotá, como parte do seu doutorado, e com ajuda da entidade “Processo de Comunidades Negras (PCN)”. E aproveitou e esteve na cerimônia ao “Dia Distrital de las Mujeres Negras Afro Colombianas“, direto de Bogotá (Colômbia).
O que é o PCN?
Na Colômbia, o Processo de Comunidades Negras (PCN), formado em 1993, é uma rede que congrega 120 organizações. O movimento, estruturado na costa meridional do Pacífico, foi propiciado notadamente a partir da articulação das comunidades locais em torno da Lei 70 de 1993, que concedeu o direito à terra aos afro-colombianos da costa do Pacífico, o registro de títulos de propriedade e a inclusão de planos de desenvolvimento nas áreas afetadas. Seu surgimento representou a coroação de demandas apresentadas em três Assembleias Nacionais das Comunidades Negras (ANCN), ocorridas em 1992 e 1993. (texto do site http://latinoamericana.wiki.br/).
Ou seja, é uma linha de ajuda humanitária, na Colômbia, que já formou mulheres potentes como Francia Marques, a vice-presidente da Colômbia. O PCN atualmente trabalha com formações políticas e trabalhos nas comunidades vulnerabilizadas pela espoliação histórica.
A luta da mulher preta é a luta de todas as pessoas. Não se fará um mundo melhor sem as mulheres negras.
A luta da população negra é universal e enquanto um preta tiver fome, sofrer com solidão e injustiça, o mundo não será democrático e realmente humanizado.
Texto: Anderson Moraes e Jacqueline Jaceguai
Fotos: Jacqueline Jaceguai
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