Em coletiva na Sala de Imprensa do Estádio Vail Chaves, o presidente do Mogi Mirim, Luiz Henrique de Oliveira, disse que o clube entra em uma “nova fase”, na qual o maior objetivo é conquistar o acesso para o Campeonato Paulista da Série A3, em 2021.
“Agora, temos segurança jurídica e política para avançarmos com o clube. Passamos por um verdadeiro caos nos últimos cinco anos, além de assumir um clube quebrado financeiramente, tivemos que defender o time de alguns grupos que pretendiam controlar a administração da instituição sem legitimidade, com o claro propósito de continuar a dilapidação do patrimônio da instituição, como não havia mais nada a ser roubado”, afirmou o presidente do Sapão, Luiz Henrique.
Segundo o mandatário, o objetivo do grupo era o maior patrimônio do Mogi Mirim, trata-se do Estádio Vail Chaves.
“A discussão nunca foi sobre o fato desses grupos serem sócios ou não, o que realmente eles queriam era alcançar os cargos diretivos da associação. Mas a Justiça foi feita e vamos trabalhar com o foco no renascimento do Mogi”, acrescentou o presidente do clube.
Justiça
No dia 22 de julho, o desembargador e Corregedor Geral de Justiça, Ricardo Anafe, decidiu que a assembleia realizada no dia 09 de setembro de 2019 não teve validade, por não provar que 20% dos participantes eram realmente sócios do Mogi Mirim Esporte Clube.
A assembleia foi realizada porque “os interesseiros” queriam mandar no clube, mas foram barrados pelo poder judiciário.
Objetivos
Por conta da decisão de Ricardo Anafe, que colocou fim em batalhas políticas e jurídicas que começaram há cinco anos, a coletiva foi realizada. O objetivo foi avisar a imprensa, torcedores e população em geral que o Mogi Mirim, a partir de agora, tem estabilidade para formar equipes de futebol, atrair novos investidores, patrocinadores e lutar para chegar à elite do futebol paulista.
“Desde o começo dessa chicana, sempre argumentei que esse pessoal que atrapalhava o clube era uma carroça vazia e agora são um corpo sem alma, com a nova decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça) de São Paulo. Importante salientar que, caso algum aventureiro decida criar problemas que não existem no judiciário, tomaremos as medidas necessárias, como processo de difamação, danos morais e reparação pelos prejuízos causados contra a instituição, além de estarmos estudando uma ação indenizatória contra autores”, explicou o advogado do Mogi Mirim, Dr. André Lopes.
Planos para o futuro
Em agosto, está prevista a realização de um Conselho Técnico na FPF (Federação Paulista de Futebol) em que será definido as novas regras da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. O torneio deverá começar em setembro e o objetivo é conquistar o título, ou uma das duas vagas para a Série A3, segundo o presidente.
Luiz Henrique revelou que aproximadamente 60% do elenco está definido e que a prioridade será valorizar jogadores amadores de Mogi Mirim. “Vamos em busca do novo Carrossel Caipira”, disse.
A nova Comissão Técnica também está “praticamente” definida e deverá ser anunciada em breve. Por conta da pandemia, o início da Segundona, que deveria ser em abril, foi cancelado.
Amistosos com time da capital, como Corinthians e Palmeiras estão sendo planejados para serem realizados no Estádio Vail Chaves.
Trabalho
Para receber os novos jogadores, o refeitório, dormitórios e vestiários passaram por reformas. O campo está sendo cuidado regularmente, com a manutenção do gramado. O AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) teve sua validade prorrogada até o final deste mês e será renovada.
Toda a documentação relacionada às autorizações dos órgãos públicos, vistorias e renovação de laudos foram obtidas pelo Diretor do Mogi Mirim Esporte Clube, Diego Oliveira. A diretoria relatou que o clube está pronto para receber jogos oficiais. “Uma página triste foi virada e estamos trabalhando para que a casa continue em ordem e, principalmente, para termos muitas alegrias”, afirmou.