O Hip Hop sempre se posicionou a favor da periferia, dos mais pobres, da população negra, por justiça e paz. Está em seu histórico, foi como surgiu. O Coletivo HIP HOP RESISTE vem de encontro ao propósito inicial de sua história, baseado nos 5 elementos que compõem a sua existência: DJ, MC, BREAKING, GRAFFITI e CONHECIMENTO. Nosso propósito é unificar uma articulação nacional do movimento.
O trabalho se inicia com a urgência de, a poucos dias antes do segundo turno das eleições para presidente do Brasil, as pessoas envolvidas com o Hip Hop se posicionem em defesa da democracia e contra o preconceito e a violência. Independente de qualquer partidarismo, a luta agora é contra um candidato que representa a intolerância e defende a ditadura e a tortura. Ele é contra os pretos, as mulheres, os gays e a cultura periférica, entre tantas outras coisas que colocam em risco a nossa própria sobrevivência… Nós somos contra ele!
Entendemos que, apesar de todas as falhas, os governos do PT promoveram políticas públicas que beneficiaram a população mais pobre e defendemos a continuidade, o fortalecimento e o avanço dessas políticas. Em defesa da democracia, da liberdade e do nosso direito de existir, nos manifestamos e escolhemos trabalhar as hashtags #HIPHOPRESISTE #HIPHOPCOMHADDAD e #RAPPELADEMOCRACIA.
A organização das nossas ações se dá a partir da criação de frentes de trabalho: batalhas de rimas, músicas, vídeos, artes gráficas, graffiti, bboys e estudos. Os grupos estão se articulando para a realização de atividades construídas coletivamente e que contemplam todas as camadas do Hip Hop, de artistas de maior destaque aos que permanecem invisíveis ao movimento e ao sistema. Precisamos nos unir para ganhar força!
Que o Coletivo HIP HOP RESISTE consiga estar forte e unido para criar uma rede de proteção e afeto uns com os outros, além de seguir na militância que se baseia nos 5 elementos do Hip Hop.
#HipHopComHaddad
VÍDEOS HIP HOP RESISTE – Edição de vídeos para veiculação nas redes sociais (formatos para feed e stories) com depoimentos de artistas, DJs, produtores e articuladores do movimento Hip Hop se manifestando a favor da luta e do movimento. Os depoimentos trechos de músicas próprias, de outros artistas, e ideias que defendem a nossa posição. Esta frente também atende outras demandas de vídeo que surgem dentro do movimento.
MÚSICAS HIP HOP RESISTE – DJs e Rappers criam coletivamente músicas temáticas ao movimento usando o mesmo bit. Cada artista grava individualmente sua parte das músicas. Posteriormente tudo será compilado e reunido em vídeos/webclipes para compartilhamento no WhatsApp e redes sociais, além de disponibilizados no YouTube.
FRASES HIP HOP RESISTE – Pensamentos e/ou trechos de músicas dos artistas envolvidos no movimento viram arte para divulgação em todos os meios eletrônicos. Pode mandar aqui nesse grupo mesmo.
BATALHAS HIP HOP RESISTE – Organização de células para coordenar batalhas de rimas nas ruas desenvolvendo o freestyle a partir das ideias que acreditamos e defendemos: contra a homofobia, a violência, o sexismo, a repressão e a tortura, entre outros temas. As pequenas batalhas serão travadas simultaneamente em lugares de grande movimentação como universidades e metrôs. A ideia é filmar e reaproveitar o material nas redes. Precisamos de mais pessoas ajudando a articular a ação, que vai acontecer no dia 26.
GRAFFITI HIP HOP RESISTE – Grafiteiros desenvolvem intervenções artísticas com temas e ideias similares às demais frentes do HIP HOP RESISTE. O grupo é fechado para garantir a segurança dos artistas, mas quem quiser entrar ou indicar alguém pode falar aqui nesse grupo mesmo.
BREAKING HIP HOP RESISTE – Grupo de dançarinxs reunidos fortalecendo a cena através da dança com encontros pelas ruas. A intenção é que as intervenções aconteçam no mesmo lugar que as batalhas.
ESTUDOS HIP HOP RESISTE – Esta frente ainda está em processo de desenvolvimento, portanto ainda não foi criado um grupo de trabalho. A Preta Rara tem um projeto que desenvolve em escolas e sescs há vários anos que leva o nome Hip Hop Resiste (não sabíamos) mas foi muito gentil em concordar que o coletivo seja o mesmo. A intenção é criar um grupo de pesquisas e estudos com temas pertinentes ao movimento Hip Hop.
Por Mari Bergel