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8 de março: não é o dia das mulheres, mas sim o das multitarefas!

Leio e ouço falar muito do empoderamento feminino e sobre as situações das mulheres no mercado de trabalho.

Dos diversos avanços que algumas conquistaram e do quanto ainda falta para se igualarem ao patamar masculino.

Porém, dificilmente vejo algo remetendo o quanto é difícil conciliar tudo isso ao papel de mãe.

Sim, como uma mulher que desempenha diversos papeis, entre eles o de filha, irmã, amiga, colega, profissional e mãe, sinto esse peso diariamente.

E o pior é que isso quase não é reconhecido.

Juntamente a esses “cargos” eu já somei o de esposa e estudante, porém, hoje sou divorciada e finalizei a pós-graduação.

E posso afirmar que o dia precisaria ter 100 horas para darmos conta, de maneira rápida, para tudo o que fazemos.

Confesso que não sou a favor dessa data de “Dia Internacional da Mulher”. A disparidade com os homens já começa quando precisamos ter um dia para sermos reconhecidas.

Não, não precisamos disso!

Todo dia é nosso dia, assim como é dia dos homens, dos transexuais, dos homossexuais e assim por diante. Cada dia é dia de todo mundo!

Ser mãe é trabalhar 24 horas por dia

Voltando ao assunto de ser mãe, escrevo por mim e por todas que se identificarem com a situação desse texto.

Meu sonho sempre foi o de ser mãe e nunca escondi isso.

Meu filho nasceu quando eu estava noiva e, diferentemente do que muitos podem pensar, não dei o “golpe da barriga”.

Muito pelo contrário: sempre trabalhei, não preciso ser sustentada por ninguém e, caso só quisesse isso do meu ex-marido, eu não teria casado. Teria sumido no mundo com a criança.

Mas hoje, divorciada, trabalhando praticamente 24 horas por dia, muitas vezes me pego pensando se devo ou não reclamar que estou cansada.

Pois é normal escutar: “Ué, mas você não queria tanto ter um filho?”. Sim, e amo ser mãe. Mas uma “ajudinha” às vezes cai bem!

E isso não sai somente da boca de homens, mas em grande parte de outras mulheres.

Cuidar de si mesma? Tarefa quase impossível!

O que é revoltante, já que a desunião feminina nesse sentido é gritante.

Fazer as unhas é algo raro, tomar banho sem contar os minutos também. Comer? Uma vez por dia, só para não morrer de fome.

E por quê?

Pois quando conciliamos a vida profissional a de mãe, ainda mais quando optamos pelo home office para cuidarmos dos pequenos, nos deixamos sempre em último plano.

Priorizo o almoço do meu filho, muitas vezes dando as garfadas para ele e escrevendo enquanto meu pequeno mastiga.

Quando me dou conta, já tenho clientes me chamando com algo urgente.

As oportunidades de trabalho estão em lugares em que menos esperamos, por isso, deixar de atender a um chamado de um desconhecido no Whatsapp pode ser um negócio perdido.

E a refeição, assim como ir ao banheiro, ficam para depois.

Como conciliar a vida de mãe e a profissional?

Sinceramente, não sei responder a essa pergunta. Ao olhar no relógio, já se foi o dia.

A casa está limpa (mas bagunçada, com brinquedos por todos os cantos), a comida feita (mas eu só senti o cheiro), os afazeres profissionais resolvidos ou encaminhados, a criança alimentada, mas está na hora do banho.

Tudo pronto e a criança dormiu?

Pois bem, então é hora de voltar ao trabalho, para fazer no momento de silêncio aquilo que não deu para ser produzido enquanto o pequerrucho estava acordado.

E esparramava a água da vasilha do cachorro na lavanderia, além de tentar pintar as paredes com a lápis de cor que veio juntamente à revista da Peppa.

Ou pelo tempo que eu fiquei (com todo amor) o ajudando a pintar essa mesma revista.

Dar pensão não é dar amor!

“Ah, mas você tem pensão!”, Não, não existe mais isso.

A mulher precisa trabalhar e, muitas vezes, é ela quem dá a maior parte do montante para sustentar a criança.

A guarda compartilhada, para quem não sabe, é aquela em que o filho mora com um dos pais e vê o outro nos dias estipulados pela lei, mas os gastos são divididos meio a meio entre o pai e a mãe.

Se o pai da criança está desempregado no momento do divórcio, por mais que ele faça trabalhos aleatórios e ganhe até mais do que antes, a mãe precisa entrar com pedido de revisão de pensão.

Se ele some no mundo, a mãe ou abre mão ou corre atrás dele.

E, claro, recai sobre ela os gastos, além do desgaste emocional.

Será que é realmente preciso implorar para um pai querer o melhor para o seu filho? Que ele veja seu filho com mais frequência? Que ele queira proporcionar à criança o que ele teve na sua infância ou até mais?

Esse é um dos pontos que também desejo haver igualdade entre homens e mulheres .

Dizem que Deus deu a maternidade às mulheres por sermos mais preparadas para isso, porém, torço para que a evolução humana chegue a essa mesma proporção de amor aos filhos entre pais e mães.

Para finalizar esse texto sobre as mulheres de hoje

Então, esse meu artigo não é simplesmente para falar do “dia das mulheres”.

É para lembrar que as “mulheres multitarefas” da atualidade precisam pensar além do quesito profissional.

Não adianta brigarmos por cargos maiores se dentro de casa ainda temos praticamente a obrigação de cuidarmos de tudo.

A igualdade não deve estar apenas no salário.

Lavar e passar roupa, fazer a comida, limpar a casa, ir ao mercado, organizar armários, verificar o que está faltando na despensa, além de cuidar dos filhos, para não me prolongar, é uma tarefa de ambos.

E quando divorciados, os pais devem ter a consciência de que por mais que a separação não tenha sido algo “prazeroso”, os filhos não têm nada a ver com isso.

O pai e a mãe são para sempre, a união que se dissolveu foi a de marido e mulher.

Por isso, meus parabéns aqui não são para todas as mulheres.

Porque batom, chapinha e salto alto todas podem usar.

Meu grande aplauso fica para quem se desdobra em 10 diariamente, pega condução lotada, trânsito para ir ao serviço ou trabalha em casa com seu filho pendurado no pescoço.

Para quem está com sorriso no rosto, mas por dentro sabe que precisa cuidar mais de si mesma.

E ainda responde com educação quando dizem “Você tem que retocar essa raiz” ou “Você deu uma engodada, né?”.

Ou para quem, como eu nesse exato momento, é interrompida por um choro inesperado, uma atenção requisitada pelo filho e depois volta ao que estava fazendo sem perder o “fio da meada”.

Assim como quando está fazendo algo no computador e, ao tocar a campainha ou o telefone, não dá tempo de salvar e ao voltar viu que o seu filho apagou tudo.

E refaz aquilo que já estava praticamente pronto, porque sabe das suas responsabilidades profissionais.

Parabéns por não serem apenas mulheres, mas sim super-heroínas!

NOTA

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2 respostas

  1. Exato. Tem gente que é presa antes do julgamento da primeira instância, é julgada na primeira e se culpada continua presa, e assim vai, por questões absolutamente racionais e cabíveis. Tem gente que é presa só porque não paga a pensão, um absurdo, pois muita gente está desempregada e realmente não tem dinheiro. Fica presa sem poder encontrar um trabalho que pagaria a pensão, vejam bem o contrasenso da lei. Mas o criminoso político condenado continua solto. Marcola é burro. Já deveria ter fundado um partido faz horas e prometido salvar os pobres, teria um monte de lambe-botas para defendê-lo. E estaria solto. Agora querem empurrar a prisão de alguns em específico para a lesmeira do STF julgar para acontecer como no caso Collor, foi “absolvido por prescrição. Tinha de ser todos exonerados se algo prescreve sem julgamento. Que paisinho. writers help

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