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RACISMO: MAIS UM DURO GOLPE NA DIGNIDADE HUMANA.

Arte: Blog do Mauro Alves da Silva (www.wordpress.com)

ELES NÃO DÃO TRÉGUA: ATO RACISTA E VIOLENTO NA CIDADE DE CHAPECÓ

A pouco mais de um ano, o mundo abraçou a cidade Catarinense de Chapecó, que foi destroçada por uma tragédia aérea na Colômbia, que ceifou as vidas de praticamente todos os atletas, diretores e funcionários do Clube da cidade, a Associação Chapecoense de Futebol; além de muitos profissionais da imprensa. O que se viu naqueles dias, que se seguiram ao fatídico 29/11/2016, é história de domínio público, o mundo todo acompanhou aquele exemplo de fraternidade entre os povos;  prova de que todos somos irmãos e iguais.                                                                                                                                                                                                                                                                                   Porém, o exemplo que veio de Chapecó, nesta 3ª feira, (5), não vem confirma este sentimento, pois um cidadão chapecoense, foi capaz de cometer um terrível ato de discriminação e injuria racial, seguida de graves agressão e lesões corporais. 

O agressor, como de costume, se escondeu no anonimato, porém a vítima, um jovem haitiano de 30 anos de idade, Malko J. Joseph, natural da cidade de Cabo Haitiano, e radicado em Porto Príncipe, a capital do Haiti, até desembarcar no Brasil, a 7 anos atrás, vítima do devastador terremoto de 2010, ainda carrega na pele  as marcas da violência sofrida.

No jornalismo, não ético usar a pseudo técnica de copiar e colar, mas neste caso é aceitável, em favor do realismo da situação que viveu Malko, só ele, que postou na sua rede social, todo a indignação, a revolta e a perplexidade, que sentiu; mesmo com as dificuldades de quem ainda aprende o idioma e é movido pela emoção do momento; pode transmitir o verdadeiro trauma e todo o seu constrangimento.

Neste depoimento, o jovem haitiano, que cursa faculdade, trabalha como estagiário e milita no meio artístico, na cidade de Chapecó, expõe as cicatrizes deixadas por seguidas ofensas e agressões, que vem sofrendo e se revolta contra a impunidade vigente. Pasmem; essa não foi a primeira, nem mesmo a segunda agressão sofrida por ele; foi a quinta vez, sendo 2 em Porto Alegre e 3 em Chapecó.


Mas abram-se aspas para Malko J. Joseph:

“Eu não sou de fazer publicações no face, mas muitas coisas comigo vem acontecendo nesse meio tempo, ai então foi ultimo caso de hoje que encheu o copo. O homen chego chegando de bike me xingando de filha de uma puta, preto sujo, aqui não é sua terra, preto fedido, macaco perdido, roubando emprego dos brasileiros. (EU) “sem fala nada nada nada, só observando”, depois ele puxo uma corrente grosso com cadeado me xingo de novo e me agrediu fisicamente com a corrente, absurdo gente que ate agora eu não conseguir entender o (PORQUE). como que eu já fui agredido fisicamente, verbalmente varias vezes por branco aqui no Brasil, 2 vezes em porto alegre, 3 vezes em Chapecó que no caso a ultima foi agora pouco na avenida na frente do mercado que não precisa fala o nome. assim então digo brancos de porto alegre me agrediu fiz boletim de ocorrência não adianta nada, policia em Chapecó me agrediu fiz boletim não adianta Frigeri me agrediu fiz boletim não adianta nada, em frente ao lado da praça indivíduo me agrediu fiz boleto não adianta nada nada, agora nesse dia 05/12/2017 acabei de ser agredido fisicamente e verbalmente certeza fazer o boletim não vai adianta nada. então AVISO aos todos meu irmão pretos Haitianos, Africanos, Brasileiros eu não aguento mais porra, eu não aguento mais vendo o cara bota mão na minha cara sem ter feito nada, eu não aguento mais vendo o cara pode me chama de macaco sem ter feito nada, eu não aguento mais vendo o cara me agrediu verbalmente, fisicamente sem ter feito nada, eu não aguento vendo o cara falando preto tem que morrer mesmo, sem ter feito nada. no caso (EU) Malko J. to pronto pra ir na cadeia, to pronto pra morre porque a próxima agressão vai ser porrada “JÁ mais” deixaria alguém bota mão na minha cara sem ter feito nada, Chega.” 

(Retirado do original publicado no Facebook de Malko J. Joseph).                                                                 (https://www.facebook.com/malkojj)


Como responder as dolorosas perguntas, que faz Malko, na sua perplexidade; PORQUE? na sua revolta; PORQUE? pelas suas cicatrizes: PORQUE? Como aceitar as agressões gratuitas, como admitir as ofensas injuriosas, como tolerar as ameaças de morte impunes, até quando a sociedade vai passar por cima dos crimes pavorosos de preconceito e de discriminação sem tomar um posição de repúdio e dizer um retumbante “NÃO” aos racistas e preconceituosos; sem alma e sem dignidade.


O Jornal Empoderado, entrou em contato com Malko, na cidade de Chapecó, para checar os fatos e coletar melhores informações e Malco no final da entrevista, revelou ter um sonho de trazer pra junto dele, sua mãe a sra. Modeline Saintilien, e a irmã e deixou uma mensagem no Idioma Crioulo, língua falada no Haiti; “manman mwen sonjew anpil kile wap vinn wem” traduzido como “mãezinha tenho saudades de você”.

A alma não tem cor; o Racista e o preconceituoso não tem alma.

NOTA

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