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Do Galpão da Alba a Marcha das Mulheres Negras

Era uma terça-feira dia de aula no projeto “Respeito é para quem tem”, do Espaço Cultural Galpão da Alba (saiba mais aqui: https://www.facebook.com/espacoculturalgalpaoalba/ ), na zona sul de São Paulo.

Duas vezes na semana recebo moradores da região da Rua Alba, na zona sul, para aulas ou como prefiro, trocas culturais e de experiência profissional.

A aula seria sobre “Como fazer uma Entrevista?”, do curso de “Comunicação Social”. Levaria técnicas de como um jornalista deve se portar em uma entrevista.

Só que no mesmo dia haveria a reunião organizada pelas integrantes da “Marcha das Mulheres Negras/SP” para discutir o “III Encontro Nacional de Mulheres Negras – MMN/SP”, que aconteceu em Goiânia. As ativistas se reuniram no espaço “Rudie Foodie”, da gentil Cinthia Gomes.

Entrei em contato com Ana Paula, da “Marcha das Mulheres Negras” e perguntei se as participantes da reunião topariam nos receber, pois as minhas alunas teriam duas aulas: de jornalismo e luta feminista (empoderamento). De pronto Ana e suas amigas aceitaram, e assim se deu uma noite que marcou a vida tanto das minhas alunas como a minha. Por que?

Fomos recebidos de forma afetuosa por essas mulheres que, dia após dia, constroem, resistem e marcham pelo bem viver das mulheres pretas.

Estive naquela noite com Déborah Alves, de 32 anos, e seu filho Derick Araujo, de 11 anos, Alessandra Silva, de 32 anos e Geraldo.

Aconteceram duas aulas, sendo uma sobre como fazer uma entrevista, pois logo terminou a reunião, entrevistei três mulheres que abrilhantaram nossa “aula”. São elas: Regina Lucia Santos, Daiane de Souza e Jhoweny Soares. Uma aula para mostrar que o mundo precisa e MUITO DAS MULHERES NEGRAS PARA SER MELHOR.

A cada eloquente frase falada por Regina, a mais velha, percebia-se o olhar de orgulho de Alessandra e Debora, minhas alunas. E não foi diferente quando Dayane e Jhoweny pontuavam as necessidades, os desafios e as lutas das mulheres e das travestis.

A noite foi regada de afeto, força e resiliência de Mulheres Negras que quando se movimentam, toda a estrutura se movimenta com elas, como fala Ângela Yvonne Davis.

A aula foi completa. Geraldo e eu ouvimos muito para aprender mais, o filho de Débora teve seu primeiro contato com feministas, e Alessandra e Débora saíram de uma aula teórica de jornalismo social, para uma aula de vida.

Obrigado a todas essas mulheres guerreiras que mais uma vez mostraram em um ambiente fraterno, solidário e feminista que um mundo melhor é possível e que a escolha para última matéria de 2018, do Jornal Empoderado, não poderia ter escolha melhor. Axé, seguimos juntas e juntos!

Vejam, a baixo, entrevista com Regina Lúcia Santos, do Movimento Negro Unificado (MNU), Daiane de Souza, do Coletivo ÈWE e Bloco Afropercurssivo ZUMBIIDO e Jhoweny Soares, do Coletivo ÈWE, integrantes da Marcha das Mulheres Negras. Uma aula!

 

https://www.youtube.com/watch?v=bJDrBWOH3Bw

NOTA

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