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Sindicato dos Bancários exibe novo episódio da série “Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta” nessa sexta (12)

Evento, com realização do Instituto Tebas, terá caminhada e encontro na sede do Sindicato dos Bancários, região central da cidade. 

Com narrativas antirracistas sobre a história social da cidade de São Paulo, a web série “Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta”, projeto realizado pelo Instituto Tebas de Educação e Cultura, lançará nessa sexta-feira (12), o segundo episódio com o título Marcha Noturna pela Democracia, de Alexandre Kishimoto. 

A programação terá início às 18h, com concentração na Praça Antônio Prado (Centro) com caminhada até a sede do Sindicato dos Bancários (Rua São Bento, 413 – Edifício Martinelli), onde às 19 horas haverá leitura de crônicas, fruição do ensaio fotográfico, seguidos de exibição do documentário e debate sobre o tema. Entrada 1 kg de alimento não perecível.

O episódio narra a 26ª Edição da marcha, um dos marcos do protesto negro no Brasil contemporâneo, realizada anualmente na cidade de São Paulo, desde 1997. Em meio ao percurso da Marcha Noturna pela Democracia, permeado por falas do escritor e coordenador do Instituto Tebas,  Abílio Ferreira e por canções puxadas pelo Jongo dos Guainás, Abou N’Gazy Sidibé, Júlio Cézar e Cinthia Gomes, brotam significados deste evento histórico por meio de depoimentos de protagonistas da marcha como Padre Enes de Jesus, Gilson Negão e do saudoso Flávio Jorge.

As narrativas – visuais, fotográficas e textuais – desta edição retratam o movimento que nasceu em  13 de maio de 1997, quando pessoas saiam às ruas em silêncio, vestidas de preto com tarjas brancas, segurando velas acesas, protestando contra a celebração do 13 de maio e reivindicando o 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, como o feriado da Consciência Negra.

A web série Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta é composta por sete episódios e foi lançado no mês passado, dia 21 de junho, data de nascimento do abolicionista negro, Luiz Gama, com o episódio Caminhada Luiz Gama Imortal.  Os próximos títulos serão: Cerco Indígena a Piratininga; Cortejo em Memória de Chaguinhas; Marcha das Mulheres Negras; Marcha do Dia da Consciência Negra e Movimento Mobiliza Saracura Vai-Vai.

Todos os vídeos estarão disponíveis no site: www.institutotebas.org.br

Liberdade ou Morte: histórias que a história não conta

Cada um dos episódios é constituído de duas obras artísticas, isto é, duas abordagens diferentes do mesmo tema: um ensaio de imagens do fotógrafo João Leoci, combinado com uma crônica de autoria do escritor Abilio Ferreira; e um audiovisual de Alexandre Kishimoto. A direção musical é do cantor e compositor Aloysio Letra e a identidade visual foi criada pelo designer Danilo de Paulo.

“Lançamos mãos dessas três linguagens – vídeo, foto e texto, para narrar de que maneira a agenda do movimento negro-indígena paulistano dialoga com o processo histórico de interpretação do Brasil, tendo como marco referencial o slogan do grito do Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. As peculiaridades das três linguagens se articularão mediadas por um conteúdo comum que é a agenda mencionada. Entretanto, caberá à narrativa textual explicar as relações existentes entre essa agenda e os acontecimentos ocorridos ao longo de dois séculos de fundação do projeto brasileiro de nação”, disse Abílio Ferreira.

A expressão “Liberdade ou Morte” remete ao lema da Revolução do Haiti (1791-1804), numa interpretação crítica do projeto de nação veiculado pelo grito do Ipiranga (Independência ou Morte), cujo bicentenário foi comemorado em 2022, em plena retomada das mobilizações coletivas pós-pandemia. Já o subtítulo “histórias que a História não conta” lembra um dos versos do emblemático samba-enredo da Mangueira História para ninar gente grande, campeã do carnaval carioca de 2019.

O projeto foi financiado por uma emenda parlamentar da vereadora Luana Alves (PSOL/SP), executada pelo Farol Antirracista, política pública da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI) de São Paulo.

Autores de “Liberdade ou Morte: Histórias que a História não conta”

Abilio Ferreira

Autor de Fogo do olhar (Quilombhoje/Mazza, 1989) e Antes do carnaval (Selinunte, 1995), está entre os escritores cuja produção é estudada na antologia crítica Literatura e afro-descendência no Brasil (UFMG, 2011). É coautor e organizador de Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata (2018) e coordenador de Relações Institucionais do Instituto Tebas.

Alexandre Kishimoto

Antropólogo e documentarista, autor do livro Cinema japonês na Liberdade (Estação Liberdade, 2013), doutorando do Programa de Planejamento e Gestão Territorial da UFABC e coordenador de Documentação Fotográfica e Audiovisual do Instituto Tebas

João Leoci

Trabalha com fotografia comercial e editorial há 15 anos. Fotografa há seis anos no território da Cracolândia, a partir de onde tem colocado o seu olhar a serviço da manutenção da memória coletiva e individual, assim como do ideal dos direitos humanos. É associado do instituto Tebas desde a sua fundação.

Texto: Claudia Alexandre e Camila Gonçalves

Revisão e edição: Tatiana Oliveira Botosso

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