Semana passada estava numa palestra no SESC Pinheiros falando sobre racismo, homofobia e machismo no futebol e não tive boas impressões do público que estava lá argumentando. Ficavam falando que o racismo é velado, que o motivo do preconceito é a alta adrenalina do momento de êxtase e tivemos até Freud na conversa. Parecia que eles vivem num outro mundo.
O mundo que eu, Jorge, 37 anos e negro vive e que o nosso país é racista ao extremo e quer exterminar quem tem a cor diferente do branco, com a Copa na Rússia, um país extremamente intolerante parece que isso ficou ainda mais evidente.
A notícia da vez foi um youtuber associando à velocidade do jogador francês Mbappe a de um integrante dos tristes “arrastões” que ocorrem no Rio de janeiro. Eu me pergunto que tudo isso ficará por isso mesmo ou se vamos ter alguma mudança significativa no nosso país para combatermos crimes tão insanos, tão desleais.
Enquanto não combatermos com coragem, disposição e vontade, com educação e punições exemplares nada vai mudar, muito pelo contrário só tende a piorar essa situação catastrófica, como integrante do Respeito Futebol Clube e do Jornal Empoderado eu me proponho a auxiliar profissionais, psicólogos, educadores, ativistas e público em geral a criarmos uma cartilha, um manifesto, que eduquem as pessoas às mazelas que o racismo traz na vida das pessoas e o combate a esse ato perturbador.
Não dá mais pra ficarmos calados, assistindo sempre a mesma coisa, os mesmos atos, o mesmo preconceito. Estou cansado disso, vamos todos juntos nos unir contra esse mal.