Paf! Pow!Pow!Plaft!
Batuca meu coração
Tum!Tum! Bate como o de Zumbi
Parou neste refrão
Ou começou aqui…
Foi quando eu tinha 14 anos
Que a minha vida começou a mudar…
Comecei a fazer uns planos
De um dia advogar
Queria defender os pretos
Das injustiças que iam passar
Daqui, lá, no beco, nos guetos
Principalmente as que podiam matar:
A esperança, a criança, a dança,
A emoção, a canção, a educação,
A maré mansa, o que não cansa, favelas de sampa,
A solução, a satisfação, a confraternização.
Eu cresci e como poucos pude estudar
Em meio a tanto privilégio
Terminei graduado em primeiro lugar
Assim, desde o colégio
Minha mãe e meu pai viviam a se orgulhar
Auxiliei a todos por muitos anos
Falei que devemos nos aquilombar
Como fizeram nossos ancestrais africanos
Batuca meu coração
Tum!Tum! Bate como o de Zumbi
Parou neste refrão
Ou começou aqui…
Foi quando eu tinha 14 anos
Que a minha vida começou a mudar…
Paf! Pow!Pow!Plaft!
Primeiro eles arrombaram a porta! Paf!
Depois ouvi os tiros e zunidos! Pow!
Soube que haveria uma pessoa morta! Pow!
Só não sabia que meu nome é que seria lido! Plaft!
Respostas de 3
Mais uma surpresa, é poetisa. Parabéns por expressar suas ideias mas o poema acaba triste por uma história que está sempre se repetindo.
Sigamos em frente resistindo.
Parabéns Beth sucesso nessa caminhada!!!!
Parabéns pelo trabalho. É triste a ossa realidade de sonhos interrompidos. Lutemos!!!
Obrigado, Raquel. E continue nos acompanhando!