“Publicação apresenta os impactos e análises da atuação de lideranças e coletivos em diferentes áreas periféricas do Rio de Janeiro.”
Por Gabriel Gontijo
Rio de Janeiro – A 14ª Edição do Mapa Social do Corona elaborado pelo Observatório de Favelas reforça a importância do trabalho voluntário e social realizado por organizações e lideranças comunitárias. O estudo apresenta o impacto de ações de apoio, solidariedade e mobilização para enfrentamento da Covid 19 em favelas e áreas periféricas, que se mostrou durante as fases mais delicadas da pandemia. Os territórios analisados foram principalmente das Zonas Sul, Norte e Oeste do Rio de Janeiro.
O relatório Mapa Social do Corona #14:Fortalecimento de Agentes de Solidariedade na Pandemia: Acesso a recursos, desenvolvimento institucional e efetividade das ações contra o novo coronavírus nas favelas, o primeiro de 2023, analisa exemplos de atuação na Rocinha (Zona Sul), na Penha (Zona Norte) e em Guaratiba (Zona Oeste). Embora estejam em localidades muito distantes, na cidade do Rio de Janeiro, as ações se assemelham. Em todos os locais foi possível observar a mobilização dos agentes de solidariedade em favelas e suas redes de parcerias no sentido de coletar informações, disseminar e ajustar as dinâmicas e práticas de trabalho.
Outro ponto em comum foi a ampliação dessas práticas de solidariedade, que passaram a contar com parcerias com órgãos públicos, iniciativa privada e também com universidades. Entre as ações realizadas, as mais comuns são as de combate à fome e promoção da segurança alimentar, concretizadas através de arrecadação e/ou distribuição de cestas básicas, produção e distribuição de refeições prontas – quentinhas – por exemplo – e ações em diálogo com serviços básicos para garantir assistência ao cidadão. Outra área de atuação entre as organizações que mereceu destaque no estudo foi a Comunicação. Muitos projetos desenvolveram iniciativas de difusão de informação, para o combate à fake news.
Para o coordenador do Eixo de Políticas Urbanas do Observatório de Favelas, Aruan Braga, o atual momento pandêmico, de situação sob controle, possibilita o surgimento de outras medidas menos urgentes e que permitem o planejamento de outras ações pensadas de médio a longo prazo.
“Atualmente estes agentes de solidariedade de favelas e periferias continuam com as ações humanitárias, mas já estão modificando suas estratégias para ações mais estruturantes. Ações que não são pensadas apenas na urgência, mas constroem soluções perenes para os desafios locais, alguns exemplos são as hortas comunitárias, o mapeamento atualizado das demandas do território e até o fortalecimento destas próprias organizações, ampliando o impacto de suas ações para os próximos anos” – detalha Braga.
Tais ações são exemplos concretos de grupos beneficiados pela chamada pública para Ações Emergenciais de Enfrentamento à Covid-19 em Favelas do Rio de Janeiro. A chamada contemplou 54 organizações distribuídas entre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e o Sul Fluminense.
O estudo indica que a chamada pública liderada pela Fiocruz pode ser analisada como uma política pública inovadora que reconhece o protagonismo das representações locais. E o coordenador reforça que é importante ter um trabalho de comunicação atuante neste contexto como ferramenta de combate à desinformação em regiões periféricas.
“Muitos projetos e organizações em favelas trabalham com comunicação. Em nossos levantamentos este é o terceiro tipo mais recorrente de projetos no enfrentamento à pandemia em favelas e periferias. Todos os que foram analisados por nós combateram com efetividade as fake news acerca da pandemia, ressaltando a importância dos cuidados pessoais e coletivos bem como estimularam a vacinação, por exemplo”, conclui.
O novo ciclo de publicações do Mapa Social do Corona faz parte do projeto “Estratégias de pesquisa, comunicação e incidência: Campanha ‘Como se proteger do coronavírus’ e Mapa Social do Corona” é uma realização do Observatório de Favelas, com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, contemplado na Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à COVID19 nas Favelas do Rio de Janeiro.
Serviço:
Mapa Social do Corona #14 – Fortalecimento de Agentes de Solidariedade na Pandemia: Acesso a recursos, desenvolvimento institucional e efetividade das ações contra o novo coronavírus nas favelas está disponível no site do Observatório de Favelas para download gratuitamente através do Link: Mapa Social do Corona #14
Contato:
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Gabriel Gontijo – Tel (21) 98328-9682
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Imagem da capa: Ação conjunta entre os três projetos contemplados na Rocinha Tamojunto Rocinha, Instituto Dom e Museu SankofaCECIP. Crédito: Divulgação!
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