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O SAMBA NÃO TEM FRONTEIRAS: Casquinha da Portela

A chuva cai

A chuva cai lá fora

Você vai se molhar

Já lhe pedi não vá embora

Espere o tempo melhorar

Até a própria  natureza

Está pedindo pra você ficar”.

Pois é este lindo samba, sucesso na voz de Beth Carvalho, muita gente não sabe que é de autoria de dois portelenses da Velha Guarda Show da Portela.

Argemiro e Casquinha cujo nome de batismo é Otto Enrique Trepte.

Já em 1957 a Portela desfilou e foi campeã do carnaval carioca com o enredo Brasil Pantheon de Gloria. Casquinha foi um dos autores do samba que ainda teve Candeias como um dos autores.

Este grande sambista ingressou na ala de compositores da Portela pelas mãos de seu amigo e parceiro Candeias.

Mas teve que fazer um teste como era de costume com o compositor Ventura, que pediu que ele mostrasse dois sambas de sua autoria.

Foi aprovado com sobras passando assim a ser reconhecido como compositor da Portela.

No início dos anos de 1970 passou a integrar a Velha Guarda Show da Portela.

Casquinha tem vários sambas gravados por artistas como:

Candeia (seu mais fiel parceiro), Beth Carvalho, João Nogueira, Clara Nunes e Zeca Pagodinho.

 Em parceria com Paulinho da Viola compôs o samba Recado, sucesso na voz do parceiro.

As diversas rodas de samba do lindo passado da Portela com seus sambistas organizando-as em vários quintais do Bairro de Oswaldo Cruz, não deixava de ter a presença de Casquinha, ora cantando com sua boa voz, ora tocando.

A convivência que teve com grandes compositores da escola lhe serviu de conhecimento e lhe deu base para também se transformar num grande compositor.

Manacéa, Miginha, Aniceto, Ventura, Alcides, Alvaiade, Chatin, Armando Santos, Chico Santana, Monarco, Candeias, Zé Ketti, são compositores do seu tempo.

Em sua trajetória como componente da Velha Guarda da Portela fez muitos shows tendo como destaque:

Casa da Mãe Joana em São Cristóvão na década de 1990. Candongueiro em Pendotiba, Niterói, também na década de 1990.   

No Ballron, casa de show em Humaitá, zona sul do rio de Janeiro em 1996, dividindo o palco com Zé Ketti e Marisa Monte.

No Metropolitam na Barra da Tijuca, desta vez dividindo o palco com Marisa Monte e Milton Nascimento ( década de 1990).

Várias vezes,  na mais  badalada casa de shows do Rio de janeiro, o Canecão( que já fechou suas portas), lá estava Casquinha com a Velha Guarda de sua escola.

E mais uma vez lá estava Casquinha com a Velha Guarda da Portela no Canecão, participando do show de entrega do Prêmio Shell ao compositor portelense Zé Ketti pelo conjunto da obra.

Neste bom tempo, além dele, faziam parte da Velha Guarda da Portela; Monarco, Argemiro, Cabelinho, Casemiro, Jair do Cavaquinho, Osmar do Cavaco, Guaracy Sete Cordas, David do Pandeiro, Tia Eunice, Tia Doca, Tia Surica e Aurea Maria.  

O Trem do Samba em homenagem ao Dia Nacional do Samba parte da Estação Central do Brasil a Estação de Oswaldo Cruz no bairro em que nasceu a Portela, sempre com um vagão a disposição desses sambistas que viajam cantando sambas até o destino e lá chegando se dirigem para o local onde há um palco instalado para sua apresentação.  

Há pouco mais de três anos, o Projeto Portela de Asas Abertas promovido pelo departamento cultural da escola, lhe prestou uma grande homenagem com direito a um pouco de sua história e uma roda de samba em que foram cantadas várias obras de sua autoria.

Hoje com 96 anos de idade, o mais antigo portelense vivo, Casquinha, aos cuidados de sua filha Monica Trepte, teve que se afastar da Velha Guarda, pois a sua saúde não lhe dá mais condições para participar de shows ou eventos, até na própria escola que escreveu sua bela história.

Um cavalheiro, bom cantor e ótimo compositor e um grande portelense. Um Mestre!

Pena que a mídia não tomou conhecimento desta história.

A Portela no dia 11 deste mês de abril completou 95 anos de glória, então falar de Casquinha o mais antigo portelense é homenagear sua escola que nos últimos  anos, tem apresentado excelentes carnavais e hoje tem um presidente amado por seus componentes e que sempre viveu intensamente a cultura do samba com grande conhecimento sobre a matéria.

 

“Hino da Portela”

(Chico Santana)

Portela suas cores tem

Na bandeira do Brasil

E no céu também

Avante portelense para a vitória

Não vê que o teu passado é cheio de gloria

Eu tenho saudades

Desperta Ó/ grande mocidade

As suas cores são lindas

Seus valores não tem fim

Portela querida,

És tudo na vida pra mim.

E para comemorar o 95º aniversário da Majestade do Samba, bora SAMBAR 

 

 

https://samba.catracalivre.com.br/sp/samba-sp/gratis/portela-comemora-seus-95-anos-em-sao-paulo/

 

NOTA

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