O Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo realiza seu primeiro Julho das Negras. O dia 25 de julho é marcado pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americano e Caribenha, sancionado pela ex-presidenta Dilma Roussef, primeira presidente mulher do Brasil a lei 12.987/14 esse dia vêm para reconhecer as mulheres negras como sujeitos políticos social e não objeto do mercado capitalista.
O FEJUNES vêm com a proposta de debater as pautas das mulheres negras, sobretudo as jovens negras e criar espaços de fortalecimento e aprendizado para as mesmas.
Esse mês iremos realizar várias atividades em quatro municípios, municípios esses destacado pelo jornal A TRIBUNA como território do Crime. O FEJUNES acredita no território do Direito para todxs e é por isso que iremos para esses territórios, pois o crime nas periferias só existe pelas faltas de políticas públicas. As atividades esta listado abaixo. Para além do cronograma que realizaremos lançaremos o projeto PERIFERIA SOBREVIVE: “Os Elos criados na periferia ”.
Este projeto visa realizar ações de qualificação e fomento à inovação que contribuam para a formação de mulheres, jovens negras de seis Territórios do Estado do Espírito Santo. De modo a promover o desenvolvimento de relações de consumo mais seguras, inclusivas e sustentáveis tanto para estas mulheres, jovens negras, como para os consumidores. Trabalhando a identidade dessas jovens e a autoafirmação de quem ‘’eu sou ‘‘, incentivando a prática do artesanato, penteado Afro, Turbante e muito mais, com rodas de conversas, troca de experiência, lazer , integração e auto-valorização. Este projeto têm como objetivos:
– Criar um espaço que dialogue com as comunidades periféricas que tenha uma referência comunitária feminina para qualificação, formação, troca de experiência dos seus direitos e deveres políticos e sociais, de modo a facilitar a abertura das portas do mercado para as mulheres participantes e apresentar as potências que as mulheres jovens negras periféricas possuem;
– Qualificar as jovens, mulheres negras enquanto produtoras dos seus artesanato, ou seja, da sua arte periférica nas áreas de direito gestão democrática e justiça de gênero, direitos sociais, e políticas públicas , publicidade afirmativa e marketing de lugar, economia local e educação financeira, economia criativa e qualidade no atendimento visando à formação pessoal e profissional das mulheres;
– Instalar a oficina de artesanato, Penteado Afro e Turbante para a produção de peças e agregar conhecimentos da identidade afro visando fomentar a inovação, a economia solidária a organização produtiva, a geração de trabalho e renda e o fortalecimento das mulheres jovens negras participantes;
– Realizar ações para a formação de mulheres, jovens negras mais conscientes da sua história dos seus direitos, com o fim de potencializar e qualificar as relações de território, economia, periferia e identidade afro.
Segundo a presidenta do Fórum Crislayne Zeferina: “Nós, negros e negras somos a maior população deste Brasil, porém somos minorias em direitos e em espaços de debates políticos.
Sancionar essa data é de suma importância para as mulheres negras, pois neste dia o Brasil afirma que existe um racismo estrutural e que se não rompermos iremos continuar assinando os projetos da desigualdade racial e é isso que causa nossas mortes.
O FEJUNES vêm procurando pensar em projetos que leve conhecimento para os jovens, pois acreditamos que só a informação, o aquilombamento e a luta em conjunto irá fazer com que resumirmos o número de jovens negros mortos”.