O Nagulha bateu um papo com mais um Dj, da cena Hiphop. falamos de família, projetos, títulos como DJ e muita musica, não percam.
Nagulha- Como e quando começou a tocar profissionalmente ?
Dj Bydu- Em 1993 conheci os toca discos devido ao grande número de familiares que é amigos que me cercavam.
Nagulha- O incentivo dos pais, no seu ponto de vista, é importante para o crescimento profissional?
Dj Bydu- Com certeza! Minha mãe é e sempre será minha maior apoiadora.
Nagulha- Como foi ser campeão no soco na gangrena?
Dj Bydu- Indescritível sensação de conquista! Sentimento de dever cumprido, meta cumprida.
Nagulha- Me fale de seu Studio e quem você já gravou.
Dj Bydu- BFL Studio, Xunior Xaco, Musthafa, Ed o gladiador, Pretologia, Filosofia de rua, entre outros artistas e parcerias em outros projetos.
Nagulha- Quais são seus projetos pra 2018?
Dj Bydu- Dar continuidade ao projeto sócio cultural hip hop na quadra, finalizar meu disco, uma coletânea com alguns artistas regionais e alguns coligados djs e mcs.
Nagulha- Qual é o intuito do HIP HOP NA QUADRA?
Dj Bydu- Em 2009, a partir da inciativa do Disc Jockey Bydu (Carlos Eduardo Tobias) com o objetivo de proporcionar momento de entretenimento através da música para pessoas que utilizavam a quadra poliesportiva na região Leste de São Paulo, bairro do Jardim Castelo, local de elevado grau de vulnerabilidade social e violência. Seu propósito foi de apresentar o Hip Hop de forma interativa prezando a qualidade de atuação, que acabou mobilizando outros artistas, voluntários e simpatizantes do movimento que visualizaram a possibilidade de fazer um evento de grande porte para a comunidade atendida poder conhecer, se inspirar e se apaixonar por esta forma de expressão de cultura urbana. Ela é sensorial e praticamente uma luta para as causas sociais, em favor do desenvolvimento humano através da educação, arte, esporte, expressa através do som, poesia, nas cores e na diversidade cultural que se reúnem para um só propósito: Levar a mensagem da Paz!
A inspiração para este projeto, foi tomada como exemplo os encontros nas ruas e nas praças no início do Movimento Hip Hop ocorrido no final da década de 70 realizado por Clive Campbel (DJ Kool Herc), jamaicano residente de um dos bairros mais violentos de Nova Iorque U.S.A. Ele é considerado “pai da Cultura Hip Hop”, que usava a música com acompanhamentos sincopados e com rimas faladas (Rap), é creditado como inventor dos termos b-boy e b-girl para os dançarinos de break dance, estilo que serviu de inspiração para grandes artistas como Afrika Bambaata e Grand Master Flash, que utilizavam destes encontros e com a música, arma silenciosa para estimular a expressão e conscientização para luta contra o preconceito em todas as suas abrangências, consciência de cidadania, denúncia contra violência em todos os aspectos e promoção da paz.
Este evento é intergeracional, com a responsabilidade de utilizar uma linguagem que atinja de forma inclusiva e objetiva todas as gerações, utilizando experiências sensoriais como tato, audição e visão para viabilizar a transmissão da informação sobre os princípios da cultura Hip Hop. A Cultura Hip Hop em suas diversas formas de expressões, não vêm somente para trazer o desenvolvimento do intelecto humano, mas também para promover a transformação social a partir de uma nova visão de vida, quando as pessoas pensam sobre as necessidades sociais onde estão inseridas, são estimuladas a mudar seus rumos e abrem espaços em sua mente para novas experiências, despertam o desejo de transformar sua comunidade, denunciam e reivindicam seus diretos através da linguagem verbal e não verbal, não projetam somente estes problemas a partir de outros, mas compreendem que a unidade e o conhecimento gera força para mudança. Utilizando como exemplo do impacto positivo que o evento Hip Hop na quadra tem trazido para região, foi à mobilização para a revitalização dos muros de quadras e casas com grafites feitos pelos artistas da região levando cor e alegria, além de fazer uma exposição aberta para contemplação coletiva na região atendida.
Nagulha- Como você se vê daqui 30 anos em sua profissão?
Dj Bydu- Um profissional realizado e feliz por ter contribuído com minha parcela para com a música e o hip hop brasileiro
Nagulha- Está tocando para uma banda ou grupo?
Dj Bydu- Atualmente trabalhando com o grupo Filosofia de rua entre outros trabalhos de free lancer, discotecagem e produções
Nagulha- Deixe uma mensagem para quem está afim de seguir carreira com Dj:
Dj Bydu- Dedicação, respeito ao próximo, disciplina, muito treinamento e o principal, o amor em tudo que faz. E obrigado pelo convite jornal Empoderado pelo espaço.
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