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Mulheres Negras em Marcha: Dia de Tereza de Benguela e das mulheres negras brasileiras, latinoamericanas e caribenhas

Hoje (25) é dia de festa, de luta e de marcha, de celebrar a diversidade das mulheres, as suas batalhas e suas glórias. É o Dia da Mulher Afro-latinoamericana e Afro-caribenha na região, e no Brasil é o dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Durante mais de uma década, os Encontros Feministas da América Latina e Caribe (EFALC), foram marcados pela falta de protagonismo das mulheres não brancas. Um episódio marcante dessa dissonância aconteceu em 1985, no III EFALC, na cidade brasileira de Bertioga, quando um ônibus lotado de mulheres negras vindo do Rio de Janeiro chegou ao evento sem que nenhuma delas tivessem pago a taxa de inscrição.

Como a direção do evento não permitiu a participação dessas mulheres, elas acabaram ocupando a praia que ficava em frente ao hotel onde ocorria a atividade e fizeram um encontro paralelo. Esse acontecimento aumentou a dissonância entre as mulheres brancas e não-brancas dos movimentos feministas da região.

A cada novo EFALC, as mulheres negras aumentavam a sua mobilização e assim, organizaram o I Encontro de Mulheres Negras na Latino Americanas e Caribenhas, que foi realizado na República Dominicana de 19 à 25 de julho de 1992. Durante o encontro foi formada a Rede de Mulheres Afro-latinoamericanas, Afrocaribenhas e da Diáspora (Rede Afro). E foi criado o dia da Dia da Mulher Afro-latinoamericana e Afro-caribenha, celebrado a cada 25 de julho.

No Brasil, a Lei 12.987/2014 estabeleceu o dia 25 de julho como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Por isso essa data tem tanto significado para as mulheres negras, pois contempla a interseccionalidade de opressões que atravessa nossos corpos, nossa existência e resistência.

Em 2015 foi realizada a Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, o Machismo e pelo Bem-viver, evento que reuniu cerca de 50 mil mulheres em Brasília. Essa Marcha foi um marco do protagonismo das mulheres negras brasileiras, que já estão na luta há décadas, promovendo uma agenda política de reivindicações nacionais, no Estado Brasileiro e intenacionacionais, na Organização Nações Unidas (ONU) e na Organização dos Estados Americanos (OEA) .

Após a realização da Marcha em 2015, o Núcleo Impulsor do estado de São Paulo (SP) se tornou a articulação da Marcha das Mulheres Negras de SP e têm realizado sua marcha a cada 25 de julho. No próximo ano (2025), voltaremos à Brasília para realizar a próxima edição da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, o Machismo e pelo Bem-viver, 10 anos depois.

Esse ano (2024) será realizada a 9.ª Marcha das Mulheres Negras de SP (MMNSP), a concentração será hoje (25) às 17h na praça da República. Confira as dicas de segurança:

Para femenagear as mulheres negras que se destacaram na luta contra o machismo e o racismo, a MMNSP publicou a foto e a história de 20 mulheres. Veja essa femenagem na galeria de fotos:

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